O Vício de Amor romance Capítulo 169

Grupo Maré.

Detrás do balcão da recepção, havia um grande placar imponente com o nome do Grupo Maré na parede.

- Me desculpe, não posso deixá-la entrar, pois não há uma reunião marcada. - disse a recepcionista, num tom profissional.

Renata estava parada na recepção, apesar de nervosa, ela tentava a convencer com paciência:

- Tenho algo muito urgente para discutir com o seu presidente.

Há dois dias que Natália não aparece na loja e o celular dela encontrava-se desligado. Ela se mudou para a mansão de Jorge, mas ela não sabia onde ficava a mansão. Isso a deixava preocupada e por isso ela veio até a empresa dele, para perguntar ao Jorge por que Natália não tinha vindo trabalhar.

A loja acabara de inaugurar e a maioria dos clientes vinham por causa de Natália. Os clientes ficavam decepcionados ao saber que Natália não se encontrava lá.

Natália gostava muito do seu trabalho e era muito comprometida. Ela não deixaria de ir à loja sem dizer nada.

Se ela pudesse pelo menos falar com Natália pelo telefone, explicando o motivo pelo qual ela não tem vindo à loja, isso a deixaria menos preocupada. Mas ela não estava conseguindo lhe contatar.

Ela estava muito preocupada.

- Me desculpe, realmente não posso deixá-la subir sem uma reunião marcada, se eu deixasse qualquer pessoa que aparecesse por aqui subir, sem ter nada marcado, o nosso presidente não conseguiria fazer nada, ele se ocuparia o dia inteiro só com visitas indesejadas -, dizia a recepcionista, ainda com uma postura profissional, mas já perdendo a paciência pela insistência de Renata.

- Será que não podem abrir uma exceção? Ou poderiam pelo menos ligar para a sala do presidente para que eu fale com ele pelo telefone?

- Infelizmente não posso. Se você tiver tempo, pode aguardá-lo na entrada, quando ele descer, poderá falar com ele diretamente. Se ele lhe fizer caso, poderá falar o quanto quiser.

- Precisa falar desta maneira?

- Sinto muito, estou apenas cumprindo o meu dever.

Renata pensava consigo frustrada, essas pessoas de empresa corporativa, nem para ajudar um pouco, ela só queria falar com Jorge.

- Olá Srta. Renata - disse Marcelo, de um jeito malandro, ao entrar pela porta, enquanto girava a chave do seu carro.

Renata não lhe deu ouvidos.

Virou e foi embora.

- Ei - ele a segurou pelo braço, quando ela passava do seu lado, e disse:

- Eu não mordo, por que está me evitando? Afinal, somos amigos, podia pelo menos dizer um oi, não é mesmo? Você não acha que está faltando com educação?

Renata franziu as sobrancelhas, tirou o seu braço e disse:

- Educação só merece quem age como tal, você já vem me segurando pelo braço sem pedir permissão, parece até que estou sendo abordada por um pervertido.

Marcelo sacudiu o próprio terno, fingindo tirar a poeira, ele encarou Renata e disse:

- Posso te processar por difamação por ter dito isso.

Renata fechou a cara e retrucou:

- Que doido, foi você quem me provocou primeiro e agora quer dar uma de vítima, inacreditável.

Marcelo não estava falando sério, ele só queria provocá-la para lhe ver brava, ele sorriu de leve e perguntou:

- Veio procurar o Jorge?

Ele a ouviu falando com a recepcionista quando entrou.

Ele continuou, sem esperar pela resposta:

- Está afim do nosso Jorge?

- Do que você está falando? - envergonhada, Renata começou a corar. Jorge de fato era um homem bonito, charmoso e maduro.

Mas ela sabia muito bem que ele era de Natália.

Isso nunca passou pela sua mente.

Como ele poderia brincar com isso?

Que atrevido!

- Ficou brava? - Marcelo olhou para ela.

Renata queria lhe dar um tapa na cara, mas se esforçou para não fazer isso. Ela o encarou bem feio e foi embora depressa.

Marcelo mexeu os lábios, ainda parado no mesmo lugar, e com uma expressão calculista disse:

- Você veio procurar o Jorge para saber da Sra. Natália, não é mesmo?

Marcelo tinha acabado de voltar do seu encontro com Vanderlei. Os dois haviam discutido sobre processar Aline. Ele ficou sabendo pelo Vanderlei que Natália havia sumido e que Jorge estava de péssimo humor por causa disso. Ele veio para dar apoio ao seu amigo.

Renata parou e pensou, ele sabe da Natália.

Mas ela desdenhava o seu jeito malandro, Renata ficou parada, mas não respondeu de imediato.

- Você que é amiga da Natália não está preocupada por ela? - Marcelo virou, olhando para Renata.

Aconteceu algo com Natália?

O que pode ter acontecido?

Renata não acreditou nele. Se fosse outra pessoa, ela não duvidaria, mas ela não tinha boa impressão dele.

- Pare de me enganar, não há nada de errado com a Sra. Natália, por que está lhe amaldiçoando? O que pretende com isso?

Marcelo sem palavras.

Ela não acredita em mim?

- Está duvidando da minha integridade?

- Você tem alguma integridade? - respondeu Renata o encarando, ela não queria mais falar com ele.

Ele viu que Renata realmente estava ficando aborrecida, então, parou de brincadeira e disse, com seriedade:

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