O Vício de Amor romance Capítulo 188

A reunião anual do Grupo Lemann era muito animada, até o prefeito compareceu. De qualquer modo, era uma empresa que elevou o desenvolvimento da economia desta região e tinha feito muitas contribuições para essa cidade.

O carro parou. Natália viu a enorme bandeira em frente ao hotel. Estacionaram muitos carros ao lado, a maioria dos quais eram dos empregados do Grupo Lemann.

Nesse momento, o assistente de Luiz, Bruno Cardoso, se aproximou, abriu a porta e o empurrou para fora com o motorista:

- O prefeito já chegou.

- Tá bom - Luiz respondeu baixinho. Ele se virou e Natália se aproximou. Bruno recuou para o lado e cedeu a posição aNatália.

Natália segurou os suportesda cadeira de rodas e o empurrou para o hotel.

Na portaria, um grande lustre de cristal estendia-se do teto alto, cintilante e translúcido, iluminando toda a portaria.

Os empregados da posição chave do Grupo estavam conversando com o prefeito. Percebendo que Luiz estava chegando, todos recuaram e abriram caminho. As palavras vieram mais rápido do que a própria pessoa com uma cara de adulação:

- Desculpe, estou atrasado.

Luiz parou um garçom passando e pegou uma taça de vinho de sua bandeja:

- Vou me multar uma taça primeiro.

Depois de alguns goles, o prefeito disse:

- Embora você chegue atrasado, todo o mundo entende.

O seu olhar passou pelas pernas de Luiz com significação específica.

Luiz ficou tranquilo e sorriu:

- Na competição entre a lebre e a tartaruga, porque a tartaruga sempre ganhou? Acho que eu sou aquela tartaruga esforçada..

Uma frase com subentendido. Embora as suas pernas não estivessem em boa condição, ele obtinha sucesso em sua vida.

Pessoas que trabalhavam com todo o esforço, não importa qual fosse a sua identidade, sempre conseguiria o sucesso, ganharia a sua vida.

Por outro lado, mesmo a lebre, que nasceu com condições superiores, se fosse muito orgulhoso das suas próprias condições e não trabalhasse com todo o esforço, o que é que ele conseguiria no final?

Ele terminou taça sem hesitação.

O prefeito estava vestido em um terno preto. O seu rosto se enrugava com o decorrer dos anos. Ele soltou uma gargalhada que dissipou a atmosfera desagradável gerada pelo atraso de Luiz.

Ele admirava a inteligência de Luiz.

O seu olhar caiu de propósito em Natália atrás dele. Ficando surpreso, ele olhou para Luiz:

- Esta é a sua namorada?

Todo o mundo sabia que Luiz era solteiro e nunca existiam moças ao seu redor. Se ele não tinha problemas com as suas pernas, ele também gostaria de deixar a sua filha casar com ele.

Dizendo a verdade, além de ser um aleijado, ele reconhecia a sua aparência e a sua competência.

Agora surgiu uma mulher encantadora ao seu lado, ele pensou, naturalmente, que era sua "namorada".

Hoje era a reunião anual do Grupo Lemann. Ele poderia a apresentar para toda a empresa, o que mostraria a importância dessa mulher no seu coração.

Além disso, Luiz tinha o problema com as pernas, não tinha problema físico. Sendo um homem normal, ele também precisava de uma mulher.

Luiz olhou para ela, sorriu:

- É a minha...

- Amiga.

Natália interrompeu as palavras de Luiz que ainda não tinha terminado de falar.

Ela não queria desenvolver uma relação com ele.

Mas ela também não queria impedir Luiz de proteger sua imagem na frente detodos. Ela tocou no ombro de Luiz, parecendo uma boa amiga:

- Ele disse que não tinhaacompanhante, então me disponibilizei para ajudá-lo. De qualquer modo, como uma boa amiga, tenho que participar.

O prefeito gargalhou de novo:

- Achei que o Presidente Lemann estivesse sempre solteiro, mas agora encontrou o seu amor. Finalmente, tudo isso é um equívoco meu.

Luiz sorriu amigávelmentee olhou para Natália em silêncio.

Natália fingiu que não o percebeu. Embora ela tivesse prometido vir com ele, ela nunca o deixaria controlar a situação totalmente. A iniciativa tinha de ficar nas suas mãos.

Os dois trocaram mais palavras e o prefeito pediu à secretária que entregasse um documento a Luiz.

Era o documento oficial de aprovação do terreno que ele solicitou da última vez. Ele queria construir uma fábrica fora da Cidade Branca, num município, por isso ele entregou o documento de solicitação.

O prefeito espera que ele possa construir a fábrica na sua cidade com certeza, o que não só poderia desenvolver a economia da cidade, mas também conseguiria reter a população migrante. A fábrica precisava dos trabalhadores e o desenvolvimento econômico de uma cidade é impulsionado pelas empresas locais. .

Como um prefeito, considerando o futuro dessa cidade, ele tinha responsabilidade pesada. Então claro que ele não queria perder uma oportunidade.

Fora do hotel.

- Será possível que ela... não está mais aqui?

Ele não poderia confirmar que Natália não estava mais aqui, mas sentia que se ele fosse embora assim, perderia algumas coisas.

Vanderlei não se atreveu a responder.

Com poucas pistas, só contando com aquela chamada que lhe levou até ali. Não teve nenhuma informação naqueles dias. O que ele poderia fazer?

De qualquer forma, se ela pudesse ligar para Matheus de novo, eles poderiam ter uma orientação.

Ruído do celular tocando…

Nesse momento, tocou o celular no bolso de Jorge. Ele pegouo celular e atendeu. Ouviuuma voz ingênua e agradável como um sino de prata:

- Papai, quando você vai voltar?

- Em breve.

- O quão rápido será em breve? - Jorge falou com a sua filha enquanto caminhava:

- Em breve significa que se você piscar, vou aparecer na sua frente.

A menina piscou de verdade, mas porque o seu papai ainda não apareceu?

- Papai…

- Olhe para cá.

O fotógrafo estava levando a câmera para o centro da portaria. Como era a reunião anual do Grupo Lemann, Luiz precisava tirar fotos com os gerentes e os empregados excelentes selecionados.

Natália não queria se juntar, mas Luiz olhou para ela:

- Você me prometeu a acompanhia, mas agora não fica ao meu lado. Isso significa estar me acompanhando?

Natália não conseguia encontrar nada pararefutar, pois ela tinha de ficar ao lado dele mesmoque não quisesse.

Clique…

Com o som da câmera, acertou os olhos de Jorge o flash refletido dos pingentes cristais do lustre. Ele cerrou um pouco os olhos por instinto e continuou com a sua filha:

- Conte um, dois, três e estarei lá...

Ao falar, ele olhou sem querer para baixo...