O Vício de Amor romance Capítulo 206

Vendo a cara de Jorge, Matheus ficou aparentemente ansioso. Talvez porque ele fizesse algo mal.

- Por que veio aqui?

Jorge entrou diretamente e se sentou ao lado de Matheus, sem responder à pergunta dele. Quando Matheus pretendeu se desviar, foi abraçado por Jorge.

- Não gosta de mim?

- Não - Matheus negou de imediato.

- Sei exatamente o que fez…

- Não entendo o que você está dizendo!

Antes que Jorge pudesse terminar sua frase, foi interrompido por Matheus com muita agitação.

As mãos pequenas apertaram o lençol limpo com tanta força que ficou amarrotado.

Sua ação era tão discreta. Como é que Jorge sabe?

Jorge tocou na cabeça de Matheus.

- Você usa Luiz para ele concorrer comigo para conquistar mamãe, né?

Os olhos de Matheus se alargaram, seu rosto arranhou e sua expressão facial se tornou ridícula. Como é que ele sabe claramente disso?

- Você é meu filho.

Ouvindo, através de Luiz, que eles estavam divorciados quando Natália deu à luz, Jorge já sabia que isso não foi revelado por Natália.

Ela não ia falar sobre este assunto. Além disso, nem muitas pessoas souberam disso. Talvez até Vanderlei e Marcelo não conhecessem bem os detalhes.

Com a boca bem fechada, Matheus admitiu no silêncio.

Ele conseguia enganar todos, menos Jorge.

Talvez fosse sua linhagem de sangue que conectava os pensamentos deles. Portanto, era fácil para a outra parte adivinhar o que ele queria fazer.

- Está zangado? - Matheus baixou sua cabeça e mexeu seus dedos inquietamente.

Vendo a reação dele, Jorge sorriu e disse:

- Não estou. Na verdade, estou contente por você saber aproveitar outros para atingir suas metas. Isso é bom.

Matheus estava com tanta surpresa. O quê?

Ele olhou para seu pai com confusão.

- A melhor estratégia de atingir o objetivo, é que sucede sem se envolver. Apesar de não ter feito perfeito e ser descoberto por mim, você não é muito estúpido por ter estas ideias.

Jorge falou sério, mas se observasse com cuidado, alegria escondeu no seu olhar.

Matheus tinha apenas cinco anos, contudo, ele já conseguiu pensar nisso e aplicou seu plano em prática. Era realmente algo maravilhoso.

Jorge não o elogiou abertamente para que ele entendesse que isso não era suficiente.

Ele se preocupou de que Matheus se sentisse arrogante por causa de louvor.

Matheus ficou insatisfeito com o comentário de Jorge. Todos que o conhecia, gostavam muito dele, o achando esperto e giro. Mas no ponto de vista de Jorge, ele “não é muito estúpido”?

É o mais inteligente dentro de estúpidos?

Ele nunca reconheceu a avaliação de Jorge.

- Claro que não sou estúpido. Quer uma aposta comigo?

Jorge acenou a cabeça e se interessou na proposta de Matheus, esperando o que ia dizer.

- Qual é a aposta?

- Uma aposta que você não consegue minha mamãe de volta. - Matheus levantou sua cabeça, sendo irritado pelas palavras de Jorge.

Ele jurou que nunca o deixou conquistar facilmente sua mamãe!

Que homem arrogante!

Jorge apertou os lábios, olhou para ele por uns segundos e disse:

- Quer realmente que mamãe namora com aquele aleijado?

Matheus teimou:

- Deficiência mental é pior que deficiência física.

Jorge nem soube o que responder.

Está dizendo que ele tem deficiência mental?

- Filho…

- Estou com sono. - Matheus o mandou sair. Evidentemente, já não se dispôs a ouvir mais.

Para impedir Jorge a falar, ele se cobriu por colcha e fechou os olhos, fingindo que já adormeceu.

Havia um portão no pátio traseiro. Era um trajeto de solo, repleto de ervas selvagens e videiras. Felizmente não era um caminho longo. Demorava por volta de dez minutos e eles chegaram à estrada que não era uma de asfalto muito espaçosa como as da cidade.

Natália estava em confusão. Morando aqui por cerca de dez dias, toda a casa madeira e até seu redor eram muito simples. Ela ficou surpresa ao ver a viatura preta e brilhante, estacionada na rua, era um Rolls-Royce Phantom.

Natália olhou para Sérgio e perguntou:

- É seu carro?

Sérgio sacudiu a cabeça e disse:

- Não. É da minha irmã. Ela está à nossa espera. Vamos entrar.

Natália estava nervosa, mas para descobrir a verdade, ela apanhou o carro.

Logo depois, o carro partiu e circulou ao longo de estrada de asfalto. As árvores eram exuberantes e verdes. Embora o inverno se aproximasse, havia ainda muitas árvores verdes com galhos e folhas abundante que bloqueiam o sol. Quanto mais longe se fosse, mais fresco se sentisse.

Passando meia hora, o carro parou de correr.

Em frente, era uma mansão imponente, de estilo especial, o que fez grande diferença com a casa de madeira.

Natália desceu e olhou para cima em frente da porta.

- Onde estamos?

Sérgio também ficou em pé à porta e olhou para a casa, com mãos colocadas nas costas.

- Casa de Mancini.

- Mancini? - Natália chamava Sr. Sérgio sem saber o sobrenome dele.

- Sim, meu nome é Sérgio Mancini e minha irmã se chama Sonia.

Como se explodisse uma bomba na cabeça de Natália.

Mesmo que já fizesse alguma adivinhação, quando ouviu do nome, ela ainda ficou muito espantada.

Sonia? Sonia Mancini?

Será que é a mesma pessoa?

Se sim, qual é o segredo escondido?

- Vamos entrar. Não a faça esperar mais.

Sérgio Mancini entrou primeiro. Depois de voltar a si, Natália seguiu rapidamente.