O Vício de Amor romance Capítulo 84

Resumo de Capítulo 84 A Mulher da Gravação: O Vício de Amor

Resumo do capítulo Capítulo 84 A Mulher da Gravação de O Vício de Amor

Neste capítulo de destaque do romance Romance O Vício de Amor, Débora Rodrigues apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

- Então, o que você está tentando dizer?

As pupilas de Jorge, tão pretas como a tinta, se contraíram com força, e seu olhar ficou cada vez mais sombrio.

A mão de Joana não deixou de segurar a foto com mais força.

- Se você, você já fez alguma vez... Será que é filho ilegítimo...

- Não - negou Jorge, antes que Joana pudesse terminar suas palavras.

Ele só tinha tocado uma mulher.

Era impossível que as outras mulheres tivessem um filho seu.

Filho ilegítimo? Como é possível?

- Joana, não vamos comer hoje à noite? - Jorge olhou para a cozinha vazia e a mesa de jantar que estava tão limpa que parecia um espelho com reflexos.

Normalmente, Joana devia estar preparando o jantar na cozinha ou já o tinha preparado, mas algo não estava bem naquele dia.

Comer?

O canto da boca de Joana se torceu:

- Ainda tem vontade de comer?

Jorge ficou confuso.

- Está contente com este drama todo? - Dito isso, Joana colocou a foto de volta, mas em vez de deixar de lado o assunto, decidiu descobrir qual era a verdade.

Jorge franziu a testa. Que se passa com ela hoje?

- Olhe para esta casa, nem parece o lugar onde moram pessoas. A casa é grande sim, mas há alguém dentro? Há apenas uma dona velha e um solteirão de trinta e tal anos, para que serve tanto dinheiro? - Joana fechou a gaveta e sentiu tanta raiva que nem queria cozinhar para ele.

No entanto, ela não podia fazer isso.

Então, foi a cozinha preparar o jantar.

Olhando para as costas relutantes de Joana, Jorge abriu a gaveta e tirou a foto. Como ele não gostava muito de tirar fotos, ele nem tinha visto muito aquela foto e, quando Joana a mostrou hoje, ele nem se lembrava disso.

Pegando a foto, ele começou a observar com cuidado, os olhos, o rosto...

Em certo momento, parecia que ele lembrou uma cara que se assemelhava à da foto, mas o celular em seu bolso tocou e sua mente foi interrompida pela chamada.

Ele largou a foto, fechou a gaveta e tirou seu celular para atender a chamada. Era Lucas que tinha ligado para falar com ele sobre algo no trabalho.

Enquanto falava com Lucas, ele desabotoava sua camisa e caminhava em direção ao quarto.

Porto Dourado.

Fernanda fez o jantar e quando estava prestes a chamar Matheus para ir jantar, Natália a deteve:

- Deixe-o trancado no quarto para refletir sobre seu erro, não o deixe comer até reconhecer seu erro.

- Ele é apenas uma criança, já basta assustá-lo com palavras, não tem que o proibir de comer - discordou Fernanda. Era a altura para o menino crescer e não fazia bem não deixá-lo comer.

- Ele só pode comer quando admitir seu erro. - Natália não tentou explicar nada, mas estava com a atitude firme.

Ela podia não se preocupar com muita coisa, mas neste assunto, ela não podia deixar ficar assim.

Ele é apenas uma criança, mas está lendo essas bobagens, o que acontecerá quando ele crescer?

- Natália... - Fernanda tentou persuadi-la.

No entanto, Natália estava firme e não aceitou nenhuma persuasão. Ela acreditava que se não estabelecesse as regras para ele agora, só poderia ser mais difícil de discipliná-lo mais tarde.

Ela abraçou Mariana:

- Vamos lá, vamos jantar.

Fernanda ficou parada, pensando nas palavras de Natália, tentando descobrir se havia alguma forma para acalmar a situação.

Natália se virou, olhou para Fernanda e deu sua resposta:

- Desta vez estou séria, você não precisa pensar em apelar por ele.

Fernanda veio e perguntou baixinho:

- Matheus cometeu que erro para te deixar assim tão zangada?

Fernanda acreditava que Matheus não faria nada muito grave, já que era um menino tão inteligente e bem comportado.

Ela ficou bastante surpresa por Natália ter ficado tão furiosa desta vez.

Ao pensar no que o filho tinha visto e feito, Natália nem sabia como explicar:

- Mãe, não pergunte mais, vamos comer.

Natália se sentou à mesa e começou a alimentar a filha no seu abraço.

Era óbvio que Natália não queria dizer nada, então, Fernanda não insistiu em perguntar.

Depois do jantar, Fernanda arrumou os pratos, enquanto Natália levou a filha para caminhar na vizinhança.

Eles acabaram de se mudar para este bairro, então, era melhor conhecer um pouco sobre o lugar.

Abraçando suas pernas, Matheus baixou a cabeça:

- Não fiz nada errado.

- Tudo bem, não fez nada errado, certo? Vou ver quanto tempo demora até você admitir seu erro. - Natália fechou a porta com fúria e levou a filha nos braços para dormir no outro quarto.

Mariana tinha o hábito de, enquanto dormia, tocar o seio de Natália, senão, não conseguiria dormir bem.

Este era o hábito da filha e Natália também ficou acostumada àquilo.

Como tinha gêmeos, o leite materno de Natália não era suficiente para alimentar os dois filhos e só podia alimentar um. Mariana nasceu mais tarde e era tão pequena e magra, portanto, a alimentou com o leite materno. Quando ela era criança, gostava de tocar o seio de Natália enquanto estava sendo alimentada.

Com o tempo, veio formando este hábito.

Natália deu umas tapinhas nas costas da filha, mas ela própria não conseguia adormecer. Normalmente, Matheus também dormia com ela.

Quem sabe o porquê deste menino estar sendo tão teimoso desta vez e nem se sabe donde vem essa personalidade.

No dia seguinte, Natália saiu de casa muito tarde, porque a manutenção da loja ainda não havia acabado e ela não tinha nada para fazer.

Ela queria aproveitar o tempo para ficar em casa com seus filhos, mas Renata ligou e disse que alguém estava procurando por ela, portanto tinha que sair.

Depois de conhecer melhor o bairro, ela sabia que podia apanhar o metrô para a loja, então, foi à bilheteria comprar o bilhete.

- Sra. Natália. - Divino a viu e correu até ela, passando pela multidão.

Noutro dia, ele ouviu Lucas chamá-la Sra. Natália, portanto, também a chamou dessa maneira.

Ele tinha vindo de manhã cedo para esperar por ela, para falar com ela, mas quem saberia que ela só sairia agora.

Depois de sair, ela veio apanhar o metrô em vez de um táxi.

Ainda bem que ele agiu rápido, senão perderia a oportunidade para falar com ela.

Ouvindo sua voz, Natália se virou e viu que era Divino, então, franziu a testa, sem saber por que ele a tinha seguido.

Quando Divino correu até Natália, estava tão exausto, quase sem fôlego. Ele segurou a cintura e se inclinou:

- Posso falar com você?

- Não - recusou Natália, pois não queria pensar mais nas coisas do passado.

No entanto, Divino insistiu:

- Depois de ver isto, você vai querer falar comigo.

Dito isso, ele tirou algo de seu bolso e o entregou a Natália.

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