O Vício de Amor romance Capítulo 85

Natália olhou para sua mão e viu um cartão de memória, perguntou sua dúvida:

- O que é isso?

O rosto de Divino se tornou solene:

- Meu irmão não cometeu suicídio, ele foi assassinado.

Novamente essa palavra. Natália não estava interessada.

- Com licença, eu tenho coisas para fazer, tenho que ir. - Ela caminhou para a estação de metrô.

Divino correu e puxou o braço dela, desesperado:

- Meu irmão recebeu um pagamento para que atropelasse uma outra mulher seis anos atrás.

Natália ficou pasma.

Alguém tentou feri-la seis anos atrás?

- Você é a mulher que Diogo tinha que atropelar, mas por sorte você não morreu, não foi? - Divino manifestou suas suspeitas.

Foi depois de descobrir sobre essa gravação que Divino descobriu de onde vinha a repulsa de Natália ao olhar para ele.

Natália pegou o cartão de memória em sua mão e, ao observá-lo cuidadosamente, percebeu que era um cartão de memória para celular, usado apenas em celulares antigos. Hoje em dia, os smartphones já possuem memória o suficiente para não precisar deles, ela o devolveu para ele, dizendo:

- Há uma evidência neste cartão?

- Se você tiver tempo, nós podemos encontrar um lugar para conversar. - Divino sabia que Natália diria sim.

Como esperado, Natália concordou, ela também queria saber quem tentou machucar ela naquela época.

Afinal, esse acidente de carro quase lhe custou a vida dos bebês.

- Eu conheço um café por aqui, vamos lá. - Natália foi na frente, pois sabia o caminho.

Divino a seguiu.

O café ficava ali perto na vizinhança, era o que ela tinha visto na última noite.

Logo que chegaram ao café, Natália encontrou um canto tranquilo e se sentaram.

- Você quer beber alguma coisa? - Embora Natália tivesse pressa para saber a verdade, Divino parecia estar com sede.

- Quero uma água.

Natália fez o pedido para o garçom:

- Traga duas águas sem gás e eu te chamo se eu precisar de mais alguma coisa.

- Pode deixar.

Trouxeram a água e então Divino serviu um copo quando o garçom se retirou, Natália disse:

- Diga, o que está acontecendo?

- Escuta isso primeiro. - Divino pegou um celular, abriu a expansão de memória e inseriu o cartão. Em seguida ligou o celular, abriu e tocou o arquivo.

Havia apenas um parágrafo gravado no meio de uma conversa.

- Se eu tivesse feito o que você disse e atropelado aquela mulher, será que eu teria sido preso?

- Não se preocupe, não vou deixar você sofrer um processo, muito menos deixar que seja preso. Vamos sabotar os freios do carro antes disso e, quando for a hora, vamos fazer parecer um acidente por causa da falha dos freios, você não será responsabilizado. Se acontecer algo com você, lembre-se de que vou te ajudar além de te dar muito dinheiro quando completar o serviço, muito mais dinheiro do que ganharia na vida, é um ótimo negócio. Não se preocupe, mesmo se você for preso, eu vou te tirar de lá. - A mulher parecia ansiosa para convencê-lo.

Aline queria mais do que causar dor, ela queria mesmo era matar Natália.

A ideia era apagar Natália da face da terra após o divórcio com Jorge para que ninguém entrasse mais no caminho deles dois.

Ela simplesmente não esperava que alguém fosse salvá-la.

E que fosse levada para Belo Mato durante seis anos, permitindo que Natália desse à luz a dois filhos.

- Com base nesta gravação, acho que era essa a mulher que sabia que Diogo precisava de dinheiro e sabia que ele era um motorista de caminhão, então ela se aproximou dele e planejou o acidente. - Divino disse, enquanto guardava o celular.

Natália se apoiava em sua bochecha enquanto se lembrava da voz feminina da gravação, era claro que ela a conhecia, reconheceu quase instantaneamente de quem era a voz.

A antiga Ester, agora Aline.

Ela fez Fernanda ter problemas mentais, os quais Anderson tratou, algo que agora estava resolvido já que Fernanda havia voltado ao seu normal.

Resolveu deixar para lá pois agora ela era a irmã de Anderson.

Agora...

Ela sempre achou que era apenas uma falha nos freios, mas não imaginava o que realmente tinha acontecido...

- Você sabe quem é a mulher na gravação, não sabe? - Divino perguntou timidamente.

Natália olhou para ele, seus dedos girando seu copo de água de qualquer maneira, e ao invés de responder, ela perguntou:

- Estou curiosa para saber como você conseguiu essa gravação.

Divino não sabia como disfarçar.

- Não quer falar sobre isso? - Natália resolveu deixar pra lá, dizendo:

- Muito obrigada por me dizer isso.

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