Acompanho Massimo até a enfermaria e encontramos Constança. Ela arregala os olhos com preocupação e fala:
- Meu Deus, pequeno Klaus!!! O que fizeram com você???
- Os idiotas londrinos bateram nele, tia Constança! - Massimo fala revoltado.
- Eu estou bem... - eu falo.
- Eles vão pagar! - Massimo brada.
- Calma, Massimo! Vocês precisam ir até o diretor e denunciar! - Constança aconselha.
- Não precisa, eu tô bem!
- Venha aqui, meu anjo loiro, vamos limpar esse sangue...
Eu me sento em uma cadeira e deixo ela cuidar de meus ferimentos. Após terminar, ela me da alguns comprimidos para dor e eu agradeço:
- Obrigado, Constança. Você também é enfermeira?
- Faço um pouco de tudo, rsrs.
Ela segura delicadamente meu rosto, dá um beijinho e fala:
- Se precisar de mim, é só procurar.
Sinto um verdadeiro carinho por parte dela e dou um sorriso pela primeira vez em muito tempo.
- Ok, tia Constança.
Após sairmos da enfermaria, vou para meu quarto e Massimo vai comigo. Eu abro a porta, ele entra e fala:
- Quarto legal, igual o meu. Só precisa de uma decoração. Me fala, você é filho mesmo do Matteo?
Eu explico tudo a ele que ouve atentamente:
- Biológico não, mas ele me trata como um filho, já que é estéril.
- Entendo, mas de toda forma ele é seu pai. Ninguém mexe com os filhos dos amigos do meu pai. Estou aqui se precisar.
- Valeu, Massimo.
Descubro que o avô de Massimo é um Capo junto com opai dele, ou seja um chefe da mafia italiana e compreendo porque os meninos tem medo dele.
Por meio dele, também descubro que meu padrasto é filho de um Capo, também mafioso.
Isso explica muita coisa, a riqueza dele e os vários seguranças armados.
- Nossa, eu não sabia! - eu falo impressionado.
- Pois é... estamos do mesmo lado. Quem mexer comigo ou meus amigos, está fodido. Quando eu sair daqui, serei um Capo também, meu pai me escolheu e eu vou dar muito orgulho pra ele. Ele está curtindo a vida com a segunda esposa, uma ninfeta de 17 anos, depois que minha mãe morreu. Mas eu sou o filho mais velho, então ele decidiu me colocar aqui e curtir o luto com a esposa interesseira. - meu amigo fala.
- Nossa... O meu pai deixou a nossa família por uma mulher de 16 anos...
- Foda... Mas agora é vida nova, Klaus. Temos que se virar sozinhos e amadurecer antes do tempo.
- Mas, quanto tempo você acha que ficaremos aqui, Massimo?
- Acho que até terminarmos o ensino fundamental, aos 13 anos.
- Queee? 5 anos? - eu pergunto chocado.
- Sim, infelizmente.
- Merda! Que ódio!!!!
- Bom, vou dormir, meu quarto é o número 81, lá na frente. Qualquer coisa pode me chamar. - Massimo fala.
- Ok, valeu.
- De nada, Klaus.
Ele vai embora e eu fecho a porta. Depois de alguns dias, após o término das aulas,Massimo me chama até um jardim com algumas árvores e eu pergunto:
- Pra onde vamos?
- Fazer justiça com as mãos..
Massimo tem uma personalidade muito forte e é muito atrevido, parece que não tem medo de ninguém e eu admiro muito isso nele. Então ele fala:
- Bom, você me disse um dia desse que era descendente de vikings, um povo guerreiro e bárbaro.
- Sim, é verdade.
- Então hoje mostre o seu verdadeiro viking dentro de você.
- Como assim, Massimo?
Ao chegarmos mais a frente, vejo alguns dos garotos que me bateram sendo segurados pelos vários amigos de Massimo.
- Quebra a cara de cada um, Klaus. Não deixe passar o que fizeram com vocês!!! Bota essa raiva pra fora!!!!
Eu olho pra Massimo e crio coragem de fazer o que ele disse. Não posso deixar ninguém me bater, preciso me defender.
Ao chegar na frente dos pentelhos que me agrediram, eu dou muitos socos na cara de cada um e Massimo começa a me ajudar. Despejo toda a minha raiva neles e até faço sangue na cara do que ordenou que me batessem.
Minha brutalidade viking começou de fato neste dia, pois nunca imaginei que fosse tão agressivo.
Quando finalizo a surra, eu olho para eles e falo:
- Nunca mais toquem em mim, seus filhos da puta!!!! Ou eu mato vocês!
Massimo me olha impressionado e corrobora as minhas palavras, ameaçando eles/;
- Se contarem ao diretor, a cova de vocês está pronta la fora, seus londrinos safados! Ninguém mexe com meus amigos e principalmente com esse viking aqui!!!!!
Os garotos choram de raiva, muito machucados e saem correndo. Massimo olha pra mim e fala:
- É isso aí amigo, enquanto eu viver irei te proteger.
Ele me abraça e eu o abraço. Massimo é um grande amigo.
Passado um mês, estou na sala de aula estudando e sou chamado pelo diretor:
- Klaus, pode vir comigo?
- Sim, senhor.
Eu saio da sala com ele em direção à sua sala e tenho uma surpresa. Matteo está lá me esperando e trouxe meus irmãos para me ver. Então eu falo:
- Elijah!!! Robert!!!!!
Eles correm para me abraçar e eu me ajoelho para abraçar eles. Eu fecho os olhos muito emocionado. Matteo vem até nós e fala:
- Klaus, eu não sabia que você estava aqui, me desculpe. Mas sua mãe me explicou que fez isso para o seu bem... você está bem aqui?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O viking bruto
Nossa demora demais para atualizar....