O viking bruto romance Capítulo 4

Acompanho Massimo até a enfermaria e encontramos Constança. Ela arregala os olhos com preocupação e fala:

- Meu Deus, pequeno Klaus!!! O que fizeram com você???

- Os idiotas londrinos bateram nele, tia Constança! - Massimo fala revoltado.

- Eu estou bem... - eu falo.

- Eles vão pagar! - Massimo brada.

- Calma, Massimo! Vocês precisam ir até o diretor e denunciar! - Constança aconselha.

- Não precisa, eu tô bem!

- Venha aqui, meu anjo loiro, vamos limpar esse sangue...

Eu me sento em uma cadeira e deixo ela cuidar de meus ferimentos. Após terminar, ela me da alguns comprimidos para dor e eu agradeço:

- Obrigado, Constança. Você também é enfermeira?

- Faço um pouco de tudo, rsrs.

Ela segura delicadamente meu rosto, dá um beijinho e fala:

- Se precisar de mim, é só procurar.

Sinto um verdadeiro carinho por parte dela e dou um sorriso pela primeira vez em muito tempo.

- Ok, tia Constança.

Após sairmos da enfermaria, vou para meu quarto e Massimo vai comigo. Eu abro a porta, ele entra e fala:

- Quarto legal, igual o meu. Só precisa de uma decoração. Me fala, você é filho mesmo do Matteo?

Eu explico tudo a ele que ouve atentamente:

- Biológico não, mas ele me trata como um filho, já que é estéril.

- Entendo, mas de toda forma ele é seu pai. Ninguém mexe com os filhos dos amigos do meu pai. Estou aqui se precisar.

- Valeu, Massimo.

Descubro que o avô de Massimo é um Capo junto com opai dele, ou seja um chefe da mafia italiana e compreendo porque os meninos tem medo dele.

Por meio dele, também descubro que meu padrasto é filho de um Capo, também mafioso.

Isso explica muita coisa, a riqueza dele e os vários seguranças armados.

- Nossa, eu não sabia!  - eu falo impressionado.

- Pois é... estamos do mesmo lado. Quem mexer comigo ou meus amigos, está fodido. Quando eu sair daqui, serei um Capo também, meu pai me escolheu e eu vou dar muito orgulho pra ele. Ele está curtindo a vida com a segunda esposa, uma ninfeta de 17 anos, depois que minha mãe morreu. Mas eu sou o filho mais velho, então ele decidiu me colocar aqui e curtir o luto com a esposa interesseira. - meu amigo fala.

- Nossa... O meu pai deixou a nossa família por uma mulher de 16 anos...

- Foda... Mas agora é vida nova, Klaus. Temos que se virar sozinhos e amadurecer antes do tempo.

- Mas, quanto tempo você acha que ficaremos aqui, Massimo?

- Acho que até terminarmos o ensino fundamental, aos 13 anos.

- Queee? 5 anos? - eu pergunto chocado.

- Sim, infelizmente.

- Merda! Que ódio!!!!

- Bom, vou dormir, meu quarto é o número 81, lá na frente. Qualquer coisa pode me chamar. - Massimo fala.

- Ok, valeu.

- De nada, Klaus.

Ele vai embora e eu fecho a porta. Depois de alguns dias, após o término das aulas,Massimo me chama até um jardim com algumas árvores e eu pergunto:

- Pra onde vamos?

- Fazer justiça com as mãos..

Massimo tem uma personalidade muito forte e é muito atrevido, parece que não tem medo de ninguém e eu admiro muito isso nele. Então ele fala:

- Bom, você me disse um dia desse que era descendente de vikings, um povo guerreiro e bárbaro.

- Sim, é verdade.

- Então hoje mostre o seu verdadeiro viking dentro de você.

- Como assim, Massimo?

Ao chegarmos mais a frente, vejo alguns dos garotos que me bateram sendo segurados pelos vários amigos de Massimo.

- Quebra a cara de cada um, Klaus. Não deixe passar o que fizeram com vocês!!! Bota essa raiva pra fora!!!!

Eu olho pra Massimo e crio coragem de fazer o que ele disse. Não posso deixar ninguém me bater, preciso me defender.

Ao chegar na frente dos pentelhos que me agrediram, eu dou muitos socos na cara de cada um e Massimo começa a me ajudar. Despejo toda a minha raiva neles e até faço sangue na cara do que ordenou que me batessem.

Minha brutalidade viking começou de fato neste dia, pois nunca imaginei que fosse tão agressivo.

Quando finalizo a surra, eu olho para eles e falo:

- Nunca mais toquem em mim, seus filhos da puta!!!! Ou eu mato vocês!

Massimo me olha impressionado e corrobora as minhas palavras, ameaçando eles/;

- Se contarem ao diretor, a cova de vocês está pronta la fora, seus londrinos safados! Ninguém mexe com meus amigos e principalmente com esse viking aqui!!!!!

Os garotos choram de raiva, muito machucados e saem correndo. Massimo olha pra mim e fala:

- É isso aí amigo, enquanto eu viver irei te proteger.

Ele me abraça e eu o abraço. Massimo é um grande amigo.

Passado um mês, estou na sala de aula estudando e sou chamado pelo diretor:

- Klaus, pode vir comigo?

- Sim, senhor.

Eu saio da sala com ele em direção à sua sala e tenho uma surpresa. Matteo está lá me esperando e trouxe meus irmãos para me ver. Então eu falo:

- Elijah!!! Robert!!!!! 

Eles correm para me abraçar e eu me ajoelho para abraçar eles. Eu fecho os olhos muito emocionado. Matteo vem até nós e fala:

- Klaus, eu não sabia que você estava aqui, me desculpe. Mas sua mãe me explicou que fez isso para o seu bem... você está bem aqui?

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