Capítulo 02
Isabela Abrantes
Domingo de manhã eu acordo mais cedo que o normal. Estou me sentindo extremamente ansiosa pela chegada dele. Meus avós são os primeiros a chegar no apartamento do meu pai, minha avó fica emocionada, pois já tem um ano que não nos vemos. Eu também fico feliz com a chegada deles, amo quando a casa está cheia e estamos todos reunidos em família.
A mesa já estava arrumada e a comida preparada por dona Ana que cuida de tudo aqui em casa. Ela vem pelo menos três vezes na semana. É claro que a gente pediu para ela fazer uma feijoada com uma farofa de manteiga e coca colar. Maravilha! Fiz questão de fazer pudim de leite que é a sobremesa preferida do meu tio.
As 11:30 a campainha tocou. Eu olhei para a porta ansiosa, meu coração batendo acelerado contra o peito, dentro da minha barriga parecia ter milhões de borboletas. Depois de quatro anos eu iria revê-lo novamente.
Assim que meu pai abriu a porta e abraçou meu tio, eu virei o rosto para vê-lo e poderia congelar aquele momento. O meu sorriso de orelha a orelha olhando-o por completo, seu rosto marcante do jeito que me lembrava em meus sonhos, a barba perfeita com alguns fios brancos, o cabelo estava maior e um pouco mais grisalho, o que só aumentava o seu charme.
Eu juro que sentir uma pressão no ventre ao secá-lo daquele jeito e também me sentia um pouco emocionada. Deve ser a TPM!
- Cadê a sobrinha mais linda do mundo! - Falou abrindo os braços para me receber. Eu aproveitei cada segundo daquele abraço.
- Meus Deus! Você já está uma verdadeira mulher. - Elogiou-me.
- Sim, tio! Não sou mais aquela garotinha que o senhor dançou quando tinha quinze anos. - Falo e dou uma voltinha para ele conferir o meu visual.
- Você sempre será a nossa garotinha - Meu avô falou fazendo eu me sentir um pouco infantil.
Após deixar as malas onde seria seu quarto pelos próximos meses, tio Guilherme sentou-se com a gente na mesa e contou como foi a sua experiência nesses anos que trabalhou em Portugal.
- Vocês não sossegam no Brasil, quando um filho meu chega, o outro se vai. - Minha avó murmurou se referindo a ida do meu Pai para o Canadá.
- Vou sentir muitas saudades papai. - Falo e pego em sua mão carinhosamente.
- Quero que vá ficar comigo nas suas férias Bela, e vamos nos falar todos os dias - Falou e beijou minha mão carinhosamente.
- Eu estou pensando em abrir uma clínica particular aqui no Brasil, mas quero diminuir a minha carga de trabalho e aproveitar um pouco. - Guilherme falou.
- Sim, irmão. Você merece! Todos esses anos apenas pensando em trabalho, acho inclusive que você pode tirar um ano sabático. - Meu pai falou.
- Sim, na verdade, estou pensando em trazer a Pamela para conhecer o Rio de Janeiro e aproveitar um pouco com ela. Também estava pensando em pedir a mão dela. - Meu tio Guilherme murmurou e acabei derrubando o meu refrigerante na mesa fazendo uma verdadeira bagunça.
- Você vai se casar? A primeira pessoa a questionar sou eu, mas ninguém percebeu o desespero na minha voz.
- Até que fim - Meu pai fala e minha avó para terminar de me matar diz.
- Já está na hora de eu ter outra neta ou neto nesta família.
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