Oops! O Ex é o Pai dos Quatrigêmeos! romance Capítulo 2551

Ela chorava tanto que seu corpo inteiro tremia, causando profunda compaixão em quem a via.

"Eu não quero que o avô Zélio vá embora, eu sinto falta dele, quero que ele viva muitos anos, buá buá buá..."

A voz de Carlos ficou embargada. "Eu sei."

"Carlos, eu estou sofrendo, meu coração dói, está doendo tanto que parece que vai parar de bater, buá buá buá..."

Carolina chorava, virou-se novamente para olhar o túmulo e a lápide, depois se aninhou no peito de Carlos, tornando-se uma verdadeira imagem de dor.

"Eu estou sofrendo, Carlos, eu estou sofrendo, buá buá..."

Carlos também deixou as lágrimas rolarem.

"Eu sei, eu sei, eu entendo. Se está doendo, pode chorar. Eu estou aqui. Você ainda tem a mim, os outros avós, as crianças, seus pais..."

"Você sabe, nascer, envelhecer, adoecer e morrer faz parte da vida. No fim, todo mundo vai embora, ninguém vive para sempre, Carolina. Precisamos aceitar a realidade..."

Carlos a abraçou com força, como se quisesse fundi-la aos próprios ossos.

Queria aquecê-la, mas temia que, ao soltá-la, ela pudesse fazer alguma besteira.

Carolina chorou por muito tempo, das primeiras luzes da manhã até o sol estar bem no alto. Só quando as lágrimas quase secaram, recuperou um pouco da razão.

Ela se desvencilhou do abraço de Carlos, virou-se e ajoelhou-se diante do túmulo do velho Zélio. "Avô Zélio..."

Assim que abriu a boca, as lágrimas voltaram a escorrer.

Carlos ajoelhou-se ao lado dela, enxugando silenciosamente suas lágrimas, permanecendo ao seu lado em silêncio.

Carolina chorou apoiada no ombro de Carlos. Ela ainda se recusava a aceitar a realidade, mas a realidade estava ali, diante dela.

O sol começou a descer no céu, e Carolina finalmente parou de chorar.

Ela pegou um presente e doces de festa da mochila. Escolheu o maior pé-de-moleque da caixa de doces, abriu o embrulho e colocou sobre o túmulo.

"Avô Zélio, esse é o doce do meu casamento com o Carlos, é o seu sabor favorito, de amendoim."

"Também trouxe sabor de milho, e de leite, e de chocolate."

"E aquelas balas de fruta recheadas, de todos os tipos, tudo o que você gosta. Trouxe em dobro só para você, eu..."

Enquanto falava, Carolina voltou a se engasgar. Enxugou as lágrimas e continuou conversando com o velho Zélio.

Carlos enxugou as lágrimas dela.

"Você sempre ensinou às crianças que a vida segue em frente. O avô Zélio partiu, mas nossos dias continuam. Se ele estiver olhando por nós lá de cima, com certeza não quer te ver triste."

"E você também precisa pensar nas crianças, nesse estado você vai assustá-las, principalmente o Lucas e a Querida, que são medrosos."

Carolina respirou fundo e disse ao velho Zélio:

"Avô Zélio, amanhã eu volto para te ver."

Ela se levantou e voltou para casa com Carlos.

O velho, que nunca foi de muitas palavras, não soube como consolá-la e não ficou para ser um incômodo, despedindo-se e indo embora primeiro.

Carlos e Carolina caminhavam juntos de volta quando, de repente, Carolina perguntou:

"Descobriram quem envenenou o avô Zélio naquela época?"

Carlos virou-se para ela, surpreso por um momento.

Ela franziu as sobrancelhas, com uma expressão sombria, bem diferente da sua habitual doçura e gentileza.