Oops! O Ex é o Pai dos Quatrigêmeos! romance Capítulo 2550

Carolina não acreditou!

"Impossível! O avô Zélio está bem, como poderia estar deitado em uma cova? Mentiroso!"

"Carolina..."

"Não fale nada! Enganador!"

Carolina franziu o nariz e, virando-se para a mata, gritou:

"Avô Zélio, sai logo daí! Se não sair eu vou ficar brava, de verdade, eu estou mesmo brava!"

A única resposta que teve foram sons leves das folhas e alguns pequenos animais assustados por ela.

"Avô Zélio, sai!"

"......"

"Se não sair, eu vou embora, não vou te dar doce de festa!"

"......"

"Avô Zélio!"

Os olhos de Carolina se encheram de lágrimas e, aflita, ela bateu o pé.

"Avô Zélio, sai logo, eu não gosto desse tipo de brincadeira!"

"Avô Zélio! Sai logo, senão eu... eu vou chorar, de verdade! Você não era quem mais tinha medo de me ver chorando? Sempre que eu chorava, você ficava nervoso..."

"Avô Zélio, não me assusta, por favor? Eu sou medrosa, tenho medo, buá buá..."

Ela passou da ameaça ao súplica, da incredulidade ao desespero.

Carlos a abraçou, com mil palavras presas no peito, mas ao abrir a boca, só conseguiu dizer duas:

"Estou aqui!"

Carolina, impaciente, disse:

"Carlos, diz logo que está mentindo, diz que o avô Zélio não está aqui, fala! Fala! Buá buá buá..."

"Fala logo, se não eu vou me sentir mal, meu coração vai doer! Você tem coragem de me ver sofrer? Se falar, eu paro de doer! Fala, diz logo, buá buá..."

"Me leva para ver o avô Zélio, eu quero ir atrás do Sr. Morgan, eu... eu..."

A realidade era mesmo cruel, mas Carlos continuou, duro:

"Você viveu mais de cinco anos com o avô Zélio, deve saber como estava a saúde dele, havia toxinas no corpo."

"Durante anos, a vovó conseguiu conter, mas com o tempo, a imunidade do avô Zélio foi enfraquecendo, nem as agulhas e remédios da vovó adiantavam mais."

"No outubro passado, o Ledo veio e, por coincidência, conseguiu ver o avô Zélio pela última vez. Foi o Laín e o Ledo que o acompanharam em seus últimos momentos."

"Com medo de te deixar triste, todos nós escondemos isso de você..."

"Ontem, depois que entramos na mata, as crianças ficaram diferentes justamente por causa do avô Zélio. Elas estavam preocupadas com você e sentindo falta dele ao mesmo tempo."

"Carolina, ninguém brincaria com uma coisa dessas, o avô Zélio realmente partiu."

Abalada, Carolina chorava e se debatia no abraço dele, tentando se soltar.

Sem conseguir, ela começou a bater e até morder Carlos de raiva!

Carlos continuou segurando-a, imóvel, deixando que ela descontasse sua dor.

Depois de muito tempo, talvez cansada, ela parou de lutar, parou de resistir e chorou baixinho, debruçada no peito dele.