OS FILHOS DO SHEIK (completo) romance Capítulo 21

Emhre

Depois de deixar Dahra e tio Matt no aeroporto, pego uma moto que aluguei e vou para o hotel onde meus pais ainda estão hospedados, chegando lá vou direto ao quarto deles, já sei que levarei a maior bronca de ter deixado todos eles falando sozinho e por ter me casado escondido sem nenhum deles por perto.

- Como você tem um casamento escondido? E sai debaixo dos nossos olhos e ninguém vê.

- Talvez vocês estavam ocupados discutindo minha vida – eu digo a mamãe.

- Você agora é um homem casado querido irmão – a loira de cabelos longos bebe um de uma vez seu copo de whisky e da um sorriso debochado – Tá ai uma coisa que eu não achei que aconteceria e ainda caiu no golpe da moça virgem.

- Cala boca Nadia, eu não cai em um golpe e sim cai num mal entendido – ela ri.

- Para Nadia isso não é para rir – ela olha de cara feia para a loira – Emhre se casar com a irmã do seu noivo, onde você estava com a cabeça.

- Ah mamãe a cabeça dele deveria estar entre as pernas da moça que pergunta.

- Nadia olha o respeito comigo – mamãe lhe repreende.

- Já chega, filho sabe que fez merda né? – dessa vez meu pai fala – Vamos ter que rever o acordo com o pai dela, já que ela quebrou o contrato.

- Pai eu não quero que nada de mal aconteça a ela.

- Por Alá, meu irmão esta apaixonado, eu vivi pra ver isso – eu olho de cara feia e vou repreendê-la mas papai fala antes de mim.

- Nadia não atrapalhe – ela levanta as mãos em sinal de rendição – onde a moça está?

- Ela foi para o Brasil, pra casa da vovó, achei melhor levá-la para lá.

- Você sabe que aquele delegado ainda esta atrás de você não sabe? – minha mãe diz brava.

- Mas a tia Sophia já foi fofocar?

- Bom, Você já esta casado, não tem como ele querer um casamento com você e a filha,daremos um jeito nele – ele olha no relógio – Emhre e Nadia nos precisamos ir e meu amor você se importa de ir sozinha para o Brasil? – ela fez que não – Sabe que não gosto de deixá-la, mas teremos reunião e é melhor você conversar com a moça e colocar as coisas no lugar.

- Sim meu amor, os aviões já estão preparados – minha irmã diz.

- E lá vamos nós.

A Cúpula, existe á vários anos, desde que éramos crianças. Os Justiceiros do Deserto também como somos conhecidos. Sim os homens da família, tipo a máfia Italiana, la famiglia è famiglia. Família é família, e provavelmente eu serei punido por ter me casado com a Dahra, e como também seria punido se tivesse me casado com a Nathalia. Ao contrario do Esam eu vou assumir minhas punições.

No avião junto com meu pai e Nadia que conversam sobre negócios como sempre, encosto a cabeça na poltrona de couro do avião de papai e lembro-me de Dahra na banheira, do sexo que tivemos ontem a noite e como ela se entrega a mim sem querer me mostrar nada, somente deixa o corpo dela falar, os gemidos e cada curva dela é maravilhosa.

- Já ta sorrindo sozinho quando pensa na esposinha irmão, temos um homem apaixonado aqui.

- Nadia pare de implicar – papai sorri para ela – Minha princesa nos deixe sozinhos, por favor, preciso conversar de homem para homem com seu irmão minha linda – então ela vai para o quarto que do avião – Agora somos nos dois meu querido filho.

- Sim nós dois.

- Qual é a do casamento? E ainda com a noiva do seu irmão – ele deu um sorriso sarcástico – Não vai me dizer que se apaixonou por ela.

- Foi a merda mais merda que já fiz na vida, eu pensei que ela era a – parei na hora, fiquei na duvida em contar e resolvi não dar nome a garota – Eu conheci uma garota incrível, e eu realmente quis namorar com ela e estava até pensando em me casar, fiz um roteiro lindo, um passeio, um iate, comidas, champanhe e o pedido, mas um cara ai levou a moça no meu lugar – ele escutava calado – Eu fiquei muito bravo, muito mesmo e então sentei no bar do hotel e bebi o dia todo, não quis ninguém só queria beber.

- Ficou frustrado? E você no normal já faz merda imagina frustrado

- Eu queria ela pai, de verdade, mas eu acordei no quarto do hotel e fui tomar um banho quando me deitei senti o corpo do meu lado, e então pensei que fosse a moça que eu queria, e sabe, né – fiz um gesto com as mãos falar dessas coisas com o pai não é muito legal – Rolou e quando acordei o pai dela estava querendo me matar, e foi ai que vi que ela não era quem eu pensava e nem eu era quem ela pensava.

- E como foi? – agora ele que fez os gestos – Foi bom?

- Pior que foi diferente de tudo, até mesmo da moça que eu ia pedir em namora.

- Quando vi sua mãe eu a quis naquele momento, sabia que ela seria minha, até a comprei para tê-la em minha cama.

- Me poupe dos detalhes pai.

- É serio filho, comprei e não me arrependo minuto nenhum, sua mãe foi Comprada Pelo Sheik, quando a tive em meus braços pela primeira vez numa festa numa sacada sentir a pele dela me fez querer tê-la de qualquer jeito não importava como, sabe que quando eu quero, eu tenho, então ela é minha desde então, passamos por tantas coisas juntos, e a amo como no primeiro dia.

- Eu não amo a Dahra, ela era noiva do meu irmão, ele tinha que ter se casado com ela, Esam que é o culpado de toda essa confusão.

- Quem dera que fosse sexo, foi porque tenho um filho irresponsável que se casou com a filha de um doente mental e com a noiva do irmão dele, imagine quantas vezes eu ouvi – ele fez uma voz fina – Ele é igualzinho a você – eu ri e levei um tapão na cabeça.

A reunião como sempre é em um dos barracões da Cúpula, cada um chega em seu carro ou moto, ou até mesmo helicóptero. Vou deixar minha chegada triunfal para quando todos estiverem lá. E assim o faço, minha moto de mil cilindradas faz o barulho anunciando minha chegada, todos deixam seus veículos em pontos estratégicos para um caso de fuga ter mais agilidade. Os carros estão todos um perto dos outros, com cada dono em sua frente, e eu tiro meu capacete fitando cada um deles. Já faz um tempo que não apareço e faço meu serviço. Cada um tem sua função aqui dentro como uma empresa. A minha é na linha frente junto com Esam, nos dois podemos não nos dar muito bem, mas família é família e daríamos a vida um pelo outro.

- Olha Emhre deu o ar da graça?

- Quem esta vivo, um dia aparece – eu respondi a Can filho de tio Kalil, e assim sinto o baque em meu rosto, quando saio da moto e respondo Can.

- Oi pra você também irmão – levo três socos dele eu merecia e não revido, mas no quarto soco eu devolvo, ele quase cai mais volta e assim ficamos por um tempo.

- Você comeu minha noiva – ele me dá outro soco.

- Eu não sabia que era ela.

- O que vai fazer com ela jogar fora depois que conseguir o que quer?

- Eu já me casei com ela.

- Já chega – a voz de papai ecoa pelo galpão vazio e então nos dois paramos – Hoje a noite chegará um carregamento de mulheres para tráfico sexual, e nós vamos intervir.

A cúpula, tenta não deixar esses tipos de coisas acontecerem, tráfico humano é nosso principal objetivo, já vimos coisas horríveis nesse nosso trabalho, mulheres vendidas para casas de sexo, para exércitos de homens radicais e muitas vezes quando chegamos já não existe vida nos corpos usados pelos malditos homens.

Papai passa o que cada um de nós vai fazer, meu irmão me olha com ódio nos olhos, não entendo o porque dessa raiva toda comigo nem ele mesmo queria se casar com ela a enrolou por cinco anos, o que será que tanto ele pensa.

- Vocês me ouvirão? – papai briga com nós dois e ele sabe que não ouvimos nem uma palavra.

- Sim pai – nós dois respondemos.

- Prontos para o show pessoal – ele pega a calibre doze dele de estimação e a aponta para cima e engatilha, e quando ele faz isso é porque o show realmente será um show.

- A cúpula – todos gritam e cada um vai para seu carro para ocupar seu lugar na operação de resgate e que Alá nos ajude.