Emhre
Cada um da equipe tem sua função, estratégias são formuladas para que ninguém se machuque, fazemos o bem a pessoas que não conhecemos e não queremos que eles nos conheça também. Todos nós usamos preto, touca e sua arma. Eu, Esam e Nadia somos a comissão de frente da Cúpula. Mais minha irmãzinha surpreende a todos, a loira de cabelos longos sabe realmente o que esta fazendo. Ela luta melhor que muito homem e tenho pena do cara que a ter como esposa.
A missão dessa vez é em uma estrada movimentada e a informação é que as garotas e garotos estão em caminhões de carne, dentro das câmaras frias, é o primeiro teste para ver se realmente agüentam o trabalho. São três caminhões, muito dificilmente vem todas em um só, ou eles mudam a tática, nunca é a mesma para que dificulte o nosso trabalho. A polícia, boa pergunta. Diz que é como se enxugasse gelo, recuperam algumas moças, mas uma hora depois tem mais três caminhões com as mulheres e algumas vezes homens, que caem no conto do emprego perfeito e que só se dão conta quando estão dentro mesmo caminhão que estamos esperando neste momento.
Nessa hora não tem briga, não tem rancor e nem inimizade. Desde quando éramos jovens e imaturos e que começamos na Cúpula, e que uma das moças morreu ali nos nossos pés enquanto brigávamos por uma idiotice qualquer, o nosso trato é que quando estamos aqui não existem diferenças e somos irmandade ajudando outras pessoas, simples assim.
Estamos nós três sentados no carro que nos escolhemos para hoje cada um suspira longamente. É cansativo a espera, a ansiedade bate a mil no peito esperando que a adrenalina passe por cada pedacinho do corpo e nos faça lutar pelas pessoas que estão ali dentro daqueles caminhão.
- Será que estamos no caminho certo? – Nadia diz entediada.
- Só falta terem mudado a rota – é a vez de Esam dizer, eu ele estamos de olho roxo por causa da briga – Vê se não ferra a vida da garota – não precisa nem dizer que as palavras são para mim – Ela já tem uma vida de merda naquele país de merda que o merda do pai dela governa.
- Eu sei – é somente o que eu digo e o pior de tudo que o senhor certinho tem razão.
São eles – é a vez de Nadia acabar com o silencio que se instaurou no carro – Agora é comigo.
Nós dois saímos do carro pela porta do passageiro e minha irmã saiu do carro ficando com a porta do motorista aberta, homens como esses amam mulheres sozinhas no meio da noite, são as vitimas perfeitas. Ela é perfeita no que faz, ela usa um macacão preto de vinil, ela ama ser o centro das atenções, o cabelão loiro dela está preso em rabo de cavalo, então nossos convidados descem do caminhão para ver a loira perdida na estrada. Eles arriscaram muito dessa vez, pois somente dois homens descem, sem carro de escolta, somente os dois e isso está estranho.
- Está perdida gracinha – o cara alto de barba grande e musculoso diz.
- Oh eu me perdi, Não consigo me localizar, vocês podem me ajudar?
- Claro boneca que vamos ajudá-la – o mais magro, também alto e com várias tatuagens diz – Ela é uma belezinha, daria uma boa grana, podemos até mesmo fazer um teste drive antes, o que acha?
- O que? Ela deve valer uma grana alta – enquanto eles conversam, nós vamos ver se o carregamento que a gente quer é esse mesmo – Mas não seria má idéia se aproveitar dela.
E então um deles parte para cima dela que tenta correr, com as botas de salto fino e então ele a pega pela cintura, e a tira do chão enquanto ela se faz de vitima e finge perfeitamente bem. Nós três fizemos artes marciais e defesa pessoal, desde muito pequenos, sempre com tio Alex nos ajudando e ensinando, treinando. E a que mais era treinada era Nadia, o mundo para as mulheres talvez seja um pouco mais duro do que para nós homens e Nadia sempre precisou ser mais que nós para ter o seu lugar no mundo. Hoje ela é conhecida como a advogada do deserto de gelo, ninguém bate de frente com ela, somente o idiota do Cam, na qual ela ignora.
Ela esta pendurada nos braços do homem, e quando o outro se aproxima ela começa o show, ele tenta agarrá-la mas ela coloca os pés no seu pescoço, e então ela consegue derrubá-lo e ainda se solta do outro homem. Que a ataca, ela o joga no chão como um saco de batatas, ela monta nele e bate a cabeça dele no chão, então ele desmaia. O outro avança sobre ela que se joga no chão e os dois entram em luta corporal.
- Você da conta ai maninha?
- Vai logo salvar as garotas – ela fala segurando o grandão e prendendo a respiração dele com as pernas.
Esam abre a porta do caminhão, mas nossa recepção não foi muito boa, dois homens armados começam a atirar como loucos para o nosso lado de dentro do caminhão, e não podemos revidar porque tem algumas pessoas lá dentro. Mesmo nossa mira sendo perfeita, não podemos arriscar, é como se eles tivessem formado um escudo humano com as garotas que parecem apavoradas e atiram em nós sem nenhuma pena.
- Como vamos fazer, não podemos atirar nessas pessoas eles são pessoas inocentes – estamos abaixados sem ter como reagir.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: OS FILHOS DO SHEIK (completo)