Resumo de Capítulo 4 – OS FILHOS DO SHEIK (completo) por JL Oliveira
Em Capítulo 4, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance OS FILHOS DO SHEIK (completo), escrito por JL Oliveira, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de OS FILHOS DO SHEIK (completo).
Minha avó Paula se encontrava na cozinha fazendo o café da manhã depois da noite tensa que tivemos em Brasília.
- Bom dia para a avó mais linda do mundo.
- Bom dia meu amor, estou preparando aquele cafezinho que você gosta - ela apontou para o coador de pano - Sua tia me disse ontem da confusão que você arrumou na tal entrega do prêmio.
- Vó eu não tive culpa a moça que era uma doida e me agarrou no banheiro.
- Meu filho só um conselho, segura seu peru dentro das calças ou vai se dar mal menino.
- Vê se escuta o que sua vovó diz garoto – Nathi diz entrando na cozinha – Esse aqui vai acabar se metendo em confusão logo, logo e não vai conseguir sair dela.
- Se continuar falando assim e me rogando pragas, vai deixar de ser minha prima preferida – ela gargalhou.
- Eu não sou sua preferida você só não tem opção – ela tomou um gole do meu café – Vamos meu preferido o trabalho nos espera.
- Emhre espere – então eu e Nathi, paramos e prestamos atenção em vovó - Sua mãe ligou ontem – ela fez uma pausa - Me disse que teremos que ir para o palácio daqui a alguns dias, o casamento do seu irmão foi marcado.
- Te espero lá fora – então Nathi saiu como um foguete.
- Então ele vai mesmo se casar?
- É o que se esperava não é mesmo meu filho – então vovó fez uma pausa e suspirou – Não podemos fazer nada – sai e encontrei Nathi encostada na caminhonete pensativa.
- Achei que não sair dessa cozinha nunca mais.
- Já estou aqui ao seu dispor senhorita – fiz uma reverencia e ela entrou na caminhonete.
Então eu e Nathi rumamos para um lugar onde eu amava estar. Lógico que não se tratava mesmo de trabalho, mais sim de caridade. A usina tinha um mar de terras para plantação, então mamãe teve a brilhante idéia de usar um pouco dessas terras para fazer o bem, e construiu O LAR DAS ESTRELINHAS. Lá as nossas estrelinhas eram bem cuidadas e tentávamos ao máximo trazer o amor e o carinho a todos, e eu amava muito estar ali, cuidar e dar atenção a cada um deles.
Nathalia foi encontrada no canavial da usina por tio Pedro, ele viu o pequeno embrulho se mexer e desceu do carro para ver do que se tratava, até então ele achava que era cachorrinhos que alguém tinha deixado ali jogado na beira da estrada, mais ao abrir o paninho que a embrulhava se deparou com o pequeno bebê de olhos verdes e pele branquinha. A situação de Nathi não era nada boa, pois formigas andavam sobre ela e algumas já tinham mordido seu pequenino corpinho, então tio Pedro a levou para casa. Tia Sophie se apaixonou pelo bebezinho de cabelos negros e a adotou, e Nathi sempre foi nosso milagre.
Muitas crianças são abandonadas pelos seus genitores na mesma situação, e ai que o Lar Das Estrelinhas entra, com todo amor e carinho que todos nós podemos oferecer. A principio, o orfanato foi criado para receber crianças carentes da região, mamãe e tia Sophie usaram o dinheiro da nossa família e da própria usina para construir e cuidar das crianças o asilo, os velinhos abandonados pela família também começaram a chegar, e é incrível como a cada dia que passava um idoso era abandonado, deixado como um móvel velho que já não serve mais e foi substituído. Então o Lar Das Estrelinhas também se tornou uma casa de acolhimento para os idosos.
As crianças que chegam ainda bebês são acolhidas, as que estão em idade escolar estudam na própria instituição e os adolescentes fazem cursos e se qualificam, e a maioria deles que cursam faculdade e voltam para o Lar e se tornam funcionários, temos médicos, advogados, enfermeiros, professores que ficam ali para cuidar da família, porque somos uma família. E eu amo estar junto com essa família, mesmo quando não estou no Brasil fico sempre em contato com eles em vídeos chamadas, principalmente da minha querida Bianca, ela chegou aqui ainda bebê quando eu tinha apenas quinze anos hoje, foi o bebê mais lindo que eu já vi na vida, e hoje ela com seus dez anos continua a linda e encantadora menina. Eu penso muito em adotá-la definitivamente, e quando eu fizer meus trinta anos à pequena Bianca virá morar comigo em algum lugar do mundo.
Nossa visita começou pelo berçário e infelizmente novos bebezinhos chegaram, acho que todas as crianças deveriam ser criadas em seus lares com amor de pai e mãe, só que muitas vezes a realidade é outra, mais somos sortudos por tê-los e poder vê-los crescer e se tornarem adultos diferentes de seus genitores. Fomos á escola e criamos um grande tumulto entre as crianças que correram para nos abraçar, a minha pequena Bianca se aproxima e como sempre tímida sorri e eu abro os meus braços para que ela venha até mim, e ela corre e o abraço que ganho é maravilhoso. Sei que não deveria me apegar a ela, mais ela é meu ponto fraco aqui no Lar.
- Tio Emhre, que saudades de você.
- Eu também minha pequena, muitas saudades.
- Não sabia que estava aqui – ela aperta mais o abraço.
- Eu vim receber um premio e ver você e as crianças.
- Um prêmio, que legal – ela saiu do abraço e me olha curiosa – O que você fez de bom para receber um prêmio? Aqui no lar no fim do ano as crianças que se comportaram bem também ganham um prêmio. Você se comportou bem também, tio Emhre?
- Tio Emhre nunca se comporta bem minha querida, quem ganhou o prêmio foi a Usina e ele foi só o cara que subiu lá pra pegar o troféu – diz Nathi.
- Nossa Nathi não precisa ofender né.
Então eu e Nathi fomos para a usina ver o seu funcionamento, decidimos ir caminhando até a sede, as ruas de chão batido e os canaviais que lotavam nossas terras, o céu azul e sol queimava nossas peles. Hoje com a modernização temos maquinas ao invés de trabalhadores no corte da cana de açúcar, era muito desumano ver aquelas pessoas no sol quente e cortando ruas de cana para ganhar um misero salário. Hoje podemos dar melhor condições de trabalho aos nossos funcionários.
- Você vai mesmo adotar a Bianca? – Nathi me pergunta.
- Eu quero muito isso, poder tirá-la do Lar e levá-la para ter uma casa, um lar como ela sempre sonhou – eu olho para o chão cabisbaixo – Gostaria de poder ajudar todas aquelas crianças, fazer mais por elas.
- Emhre – eu a olhei – Todos os dias da minha vida, e quando digo todos, são realmente todos – nós rimos – Eu penso se eu teria sobrevivido, se meu pai não tivesse me achado naquele dia, a pessoa que me colocou no mundo me deixou lá, jogada no meio de um canavial, não se preocupou com minha integridade física, se algum animal pudesse me encontrar lá, se eu fosse morrer lá de sede e de fome ou qual mal poderia me acontecer ali – os olhos dela se enchem de lágrimas.
- Vem cá minha menina – e então a abraço e ela desaba no choro – Eu amo você.
- Sabe Emhre eu sempre quis dizer isso, como eu realmente me sinto em relação a isso e nunca consegui me abrir com ninguém, nem mesmo com Nádia – ela fungou – E olha que somos melhores amigas – ela me abraça forte.
- Eu sei meu amor, sempre estive do seu lado e sempre estarei, eu posso estar com quem for ou em qualquer lugar que sempre estarei aqui por você.
- Eu sei disso, mais dói, muitas vezes pensei o que eu fiz de errado por ter sido deixada lá – ela aponta para os pés de cana que nos cercam – Ser deixada aqui, não saber da minha história e nem quem deu á luz a criança que foi abandonada, eu poderia ter morrido, meu corpo frágil foi mordido por formigas, por quê?
- Nathi se um dia você quiser respostas para suas perguntas eu a ajudarei, nós temos dinheiro poderemos contratar os melhores investigadores e descobrir o aconteceu – chego perto dela e coloco uma mecha de seus cabelos negros atrás da orelha – Só depende da sua vontade minha menina, e eu farei tudo que for possível.
- Vou pensar se realmente quero sofrer mais com essa história – ela enxuga as suas lágrimas – Isso me deixa muito mal e por isso que as vezes sumo no mundo e não quero trazer minhas tristezas a mamãe e ao papai, nem mesmo para meus avós que tanto amo.
- Conte sempre comigo minha menina, o seu desejo será uma ordem, se quiser ir atrás de sua história nós iremos mais se você quiser enterrar tudo isso bem fundo e trancar e só saber da felicidade que é ser parte de nossa família eu também vou ajudá-la.
- Obrigada Emhre, eu também amo você e obrigada por tudo que você faz por mim – ela limpou as lágrimas sorriu – Quem chegar por último é a mulher do padre – me empurrou e eu cai sentado, enquanto aquela sapeca saiu correndo me deixando para trás comendo poeira.
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