Os pés dela batem no chão e levantam poeira, enquanto eu me coloco de pé e a vejo se distanciando de onde ela havia me jogado, bati a poeira da minha roupa e comecei a correr atrás da moça que conseguia tudo de mim. Eu com meus um e noventa de altura e pernas longas fazia a distância ficar menor a cada passo que eu dou, da baixinha a minha frente, os canaviais eram testemunhas vivas da nossa peraltice.
Alcançá-la foi mais fácil que roubar doce de criança, a cada passo eu me aproximava mais da moça. Entre tantos pés de cana de açúcar uma grande árvore foi preservada, o grandioso ipê florido, é conhecido como a árvore do fogo, pois suas flores vermelhas traziam a ponta amarela, deixando-a como fogo no fim da tarde quando o sol batia em suas folhas, embaixo dela foi plantada uma grama verdinha e feito alguns bancos branquinhos para que as crianças e idosos que conseguissem se locomover, pudessem ir até lá para se distrair num dia de domingo ensolarado. Alguns trabalhadores da usina também freqüentavam ali para ouvirem música depois de um dia de trabalho ou até mesmo alguns casais apaixonados pudessem andar de mãos dadas, algumas vezes tiveram até mesmo quermesse, me lembro quando éramos mais jovens e participávamos de todas, musica, barraquinhas com comidas, maça do amor, pipoca, algodão doce, tudo isso era tão diferente para nós e da cultura de Shariff.
Então, segurei-a pela cintura e quando a alcancei caímos na grama verde que era banhada pela sombra da arvore de fogo, a nossa risada poderia ser ouvida, e fiquei feliz por minha prima, depois de tantas lágrimas pude ver em seu rosto o grande sorriso de quem realmente é feliz e amada. Cai em cima dela e então comecei a fazer cócegas, enquanto ela ria e não conseguia se segurar. Desde crianças nós dois sempre fomos unha e carne, claro que ela e Nádia eram amigas confidente, mas nossa amizade era diferente.
- Peguei você sua sapeca – eu disse fazendo cócegas.
- Para Emhre, eu odeio quando fazem cócegas em mim – Não Emhre, pare isso não é justo, olhe seu tamanho e o meu.
- Você me jogou na terra, me sujou todo merece um castigo.
E em meio ás cócegas, os olhos dela param nos meus, nossas almas parecem se reconhecer e então o grande sorriso que habitava seu rosto se fecha vagarosamente quase em câmera lenta, deixando seus lábios semi-abertos, e a deixando sexy pra caralho. Nunca a enxerguei como uma mulher linda e sexy como estou vendo agora, sempre a vi como minha pequena prima inocente. Ela estava usando botas e um vestido leve de alças, e uma jaqueta jeans que depois de brincar com as Crianças se encontrava amarrada na cintura por conta do calor. Mas a cena que eu vi da mulher sexy, deitada embaixo de mim e com uma das alcinhas do vestido caída e mostrando parte do seu seio, me fez ficar duro, e não era a intenção, eu juro. Os meus olhos foram direto para a pele branca despida, afinal meus olhos de galinha nato, não me deixaram não olhar.
- Emhre eu quero te fazer um pedido – ela respirou fundo – É! - exclamou - Não quero não como resposta.
- Pode fazer a pergunta que quiser – balancei a cabeça tentando sair do transe que eu me encontrava.
- Eu quero que você tire minha virgindade – eu ouvi, mas meu cérebro não processou a informação corretamente então tentei me levantar – Não, já que estamos aqui – ela corou - Faça sexo comigo.
- Porra Nathi se fosse qualquer outra mulher eu já estaria dentro de você – eu falo indignado - Mas é você porra eu acho que não conseguiria.
- Eu sou mulher como qualquer outra que você sai por ai – ela franzio o cenho – Ou eu não sou tão gostosa como as beldades que você sai?
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