Nathalia
O elevador desceu até o térreo, e eu segura as sandálias nas mãos e a máscara, pelas minhas contas já deveria estar dando os trinta minutos. Olhei para ver se tinha algum porteiro no prédio e ele estava lá, um senhorzinho de cabelo branco sentado olhando no celular. Se não estava me esperando na porta do elevador sinal que o Enzo não tinha ligado lá embaixo para ele me segurar.
- Oi tudo bem? O senhor pode abrir o portão para mim, por favor.
- Oi minha filha posso sim – o interfone começou a tocar – Vou abrir para você – ele foi atender e eu bati as sandálias na mesa chamando a atenção para mim, e ele olhou para mim e não atendeu.
- Eu estou com pressa, o senhor pode abrir.
- Os jovens estão sempre apressados.
- Sim eu preciso ir – parei e pensei – trabalhar, isso trabalhar.
- Oh minha querida, bom trabalho para você – e abriu o portão – Cuidado viu, tem muita gente má por ai.
- Obrigada.
E então cheguei na calçada em frente do prédio e respirei aliviada, e agora esse tal carro que nunca chegava, eu corria o risco do Enzo descer e me levar para dentro, mas eu não podia sair dali de perto do prédio. E não sabia qual o carro viria me buscar. O tempo corria e o Enzo também. Mas o carro preto virou a esquina, e meu coração parecia que iria sair pela boca. E outro que saiu gritando foi o Enzo. O carro parou e o homem saiu para abrir a porta, e eu entrei correndo.
- Vamos moço, vamos – ele me olhou com estranheza.
- Sim senhora.
- Eu estou com pressa - ele entrou no carro e saímos em disparada, pelo menos do Enzo eu tinha me livrado, eu ri vitoriosa – Você achou que ia me prender, Esam.
- A senhora disse alguma coisa?
- Não, não disse nada.
- A senhora pode colocar a mascara por gentileza.
- Claro, até me esqueci da mascara – e calcei as sandálias também.
Ele rodou a cidade, como se bagunçasse a mente da gente, por fim entrou em um local escuro e era estranho, mas eu realmente não tinha noção de onde eu estava, pois só víamos o escuro em nossa frente. O barulho de porta batendo, me assustou e eu dei um pulinho. A porta do carro foi aberta, e o motorista me ajudou a sair e uma moça já me aguardava, ela usava um vestido preto e longo, a máscara também negra e o cabelo loiro. Ela sorrio, dava para ver somente uma parte da boca dela e a máscara dela cobria quase o rosto todo.
O corredor tinha uma meia luz e se no SEX as pessoas queriam privacidade, realmente tinham. Segui com a moça até uma porta negra com um leão desenhado em dourado, ela abriu a porta e cheguei na recepção onde uma moça que também usava uma mascara bem parecida com a que tinha me acompanhado. Tudo ali era muito luxuoso, parecia o palácio de tio Rajj, e parecia mesmo ouro.
- Seja bem vinda ao SEX – a moça me tirou dos pensamentos.
- Obrigada - A moça que tinha me acompanhado me mostrou uma porta dourada que também tinha um leão desenhado – Acho que as pessoas aqui gostam de mostrar quem é o rei da selva.
- É o símbolo do dono do clube.
- E você conhece o dono do clube? – eu fiquei curiosa – Ele fica entre as pessoas.
- Não temos informações senhorita.
Eu percebi que ela não queria dar muitas informações, mas eu não iria ficar pensando no Esam nessa hora, eu quero saber como tudo isso funciona, sempre tive curiosidade, e hoje vou matá-la. Fui levada em todas as alas do clube, a que eu acho que não iria seria na da comida, achei meio nojento na verdade, mas cada doido com sua mania como dia vovó Paula.
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