OS FILHOS DO SHEIK (completo) romance Capítulo 52

Nathalia

Enquanto andava com medo do que poderia acontecer comigo nos corredores do clube depois de ter presenciado o crime com o cara de sapatos pretos que está atrás de mim neste momento. Se eu disser que sou parente do Esam alivia minha barra. Alias o Esam nunca iria estar envolvido com essas coisas de assassinato. Será que era ele que estava lá embaixo, o clube foi invadido. Tantas coisas passavam na minha cabeça que pensa demais.

Chegamos próximo a gaiola de vidro ele chegou atrás de mim, grudado em meu corpo e pude sentir o corpo dele junto ao meu e a voz abafada do homem sussurrou em meu ouvido.

- Eu preciso deixar você aqui um minuto, e quero que você aqui – a mão dele passou na minha cintura fazendo meu corpo responder com um arrepio – Se você sair, as coisas não vão ficar boas para você.

Eu amava Esam com todo meu coração, mas que esse homem me deixou de perna bamba me deixou. Muitas pessoas iriam me recriminar, por ter dormido com Esam e estar apaixonada por ele ter sentido algo por esse desconhecido. Como o corpo humano é traidor. Uma mulher esbarra comigo, me tirando dos meus pensamentos e quando olho para ela, vejo os olhos idênticos aos meus, nos olhamos por um bom tempo e ficamos nos encarando. Até que ela sai e me deixa lá parada como uma estatua que viu sua gêmea.

Depois de uns minutos eu quis ir atrás dela, e saber de onde ela era? Senti algo estranho ao vê-la, como se já nos conhecêssemos, sabe quando você conhece alguém e parece que aquela pessoa já foi vista por você outras vezes, mas na realidade nunca nos vimos. E assim eu fiz fui atrás dela, não conseguia vê-la subi em um sofá onde dois casais estão conversando, eles me observaram curiosos, mas não disseram nada. E lá estava ela, saindo por uma das portas com o desenho de leão. Desci e fui para lá esbarrando em algumas pessoas pelo caminho. Eu como uma órfã que nunca soube de onde vim ou de quem era filha, nunca tive interesse de saber sobre quem havia me abandonado, mas ao olhar essa moça eu, não sei o que dizer, balançou comigo e me deixou curiosa.

Com muito esforço passando pelas pessoas e casais que estavam no clube, consegui chegar na porta com o desenho de leão e a abri, estava ansiosa e eu iria encurralar a moça e saber dela de onde ela vinha. Mas ao abrir a porta e entrar, bati em algo duro que quase me fez cair para trás.

- Estava indo a algum lugar? - E lá estava ele, o homem dos sapatos italianos pretos.

- Eu preciso ver uma pessoa que foi por ali – e apontei tentando sair e olhar por onde a moça tinha ido.

- Onde você pensa que vai? – ele pegou no meu braço e saio me puxando de volta para a ala do swing – Eu pensei ter dito a você que era para esperar onde eu tinha te deixado.

- Olha aqui cara, primeiro solta o meu braço – e puxei meu braço que não foi solto – Eu não estou na ala de BDSM, para que você me segure ou me prenda, aqui só fazemos o que queremos e no momento eu não quero ficar com você.

- A sua proposta de diversão caiu por terra, dama de vermelho.

- Sim, caiu – eu disse com minha voz que também era abafada pela mascara.

- Mas agora a dama de vermelho vem comigo para a gaiola de vidro, você queria diversão, eu vou te dar.

Eu fui arrastada pelo cara, não que eu não tivesse ficado balançada por ele, mas me arrastar isso já é demais, eu me soltei dele e sai no meio das pessoas correndo, e consegui chegar a porta e tudo que consegui ver foi o borrão. Ele me pegou como um saco de batatas e me jogou nas costas, indo direto para a gaiola de vidro, entrou comigo lá dentro e fechou.

- Isso é contra as regras e você sabe – a mulher que se parecia comigo disse, ela estava ali novamente.

O que é que esse maluco estava fazendo? Ele ia o que fazer um show e tirar a roupa ali pra todos verem. Eu estava com medo dele fazer algo por eu ter visto o assassinato, queria saber da mulher que agora nos observava do lado de fora, queria conversar com ela e ele querendo fazer show. Eu estava longe dele lá dentro, fui para o lado oposto. Ele entrou e ligou uma luz vermelha e eu fechei os olhos. E me observou. Uma poltrona transparente e uma chaise branca. Um tapete branco no chão. E virou-se fechando um cadeado nos deixando trancado ali.

Os olhos de caçador fixaram em mim. Eu era a caça que estava encurralada e ele o caçador que estava prestes a me devorar. O primeiro passo dele para frente. O primeiro passo meu para trás. E no segundo passo dele e me vi contra a parede de vidro. Para onde eu correria? O que ele faria comigo? Minhas costas estavam grudadas no vidro, e ele cada vez mais perto. Ele chegou perto, eu não podia ver a expressão dele por causa da máscara, mas os olhos estavam escuros me trazendo medo.

Ele passou a ponta dos dedos no meu rosto, e eu o encarei ele estava tão próximo. A máscara escondia o rosto dele e não sabia quem se escondia por trás daquela máscara. A mão que antes estava no meu rosto agora estava na minha nuca. Não haveria beijo, pois a máscara cobria a boca dele. Ele me virou de costas para ele, tão rápido que nem percebi. Fui prensada no vidro pelo corpo grande e másculo dele, senti o membro dele duro roçar no meu bumbum.

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