OS FILHOS DO SHEIK (completo) romance Capítulo 59

Esam

Nathalia me deixa tão maluco, que soco a parede depois que saio do quarto dela, eu não sei mais o que fazer, como agir, uma hora a quero e sei que ela também me quer outra hora penso que deveria deixá-la viver sua vida em paz e não incomodá-la mais.

Eu só entrei no quarto dela, porque achei que ela já havia descido para o jantar. Fiquei um tempo no escritório e quando sai fui para meu quarto, conversei com Mia e me aprontei e fui seguir meu plano de pegar o fio de cabelo dela para o DNA e tirar minha dúvida se elas realmente tinham algum vínculo, pois a aparência entre as duas é incrível. Quando as olhamos separadas, uma da outra, não notamos muito o quanto as duas são iguais, mas juntas é incrível a semelhança. E então fui tirar essa dúvida.

Encontrei tio Matt no corredor, ele parecia estar vindo do salão de festas e já estava muito bem alinhado, então foi a pessoa perfeita para que eu perguntasse se Nathália já estava lá embaixo com o Deputado.

- Meu sobrinho elegante está aqui – ele vem e me abraça.

- Oi tio Matt, como vai? Sabe que não precisa abraçar assim mais né.

- Eu abraço você desde quando nem tinha saído das fraldas agora vem querendo me impor regras garoto, se toca.

- Todos já estão lá embaixo? – eu começo a perguntar.

- Eu imagino que sim – ele bate no meu ombro e dói e eu resmungo um ´´ai`` - Quem você quer saber se esta lá embaixo? – ele levantou a mão – Não responda eu sei – ele colocou a mão na frente da boca e riu de mim – Uma mulher com cabelos negros foi vista lá embaixo perambulando pela festa.

- E o tal Deputado estava com ela?

- Deixa eu me lembrar aqui – ele colocou a mão no queixo, tio Matt achava que eu ainda era o garoto que ele brincava – É um bonitão, com cabelos bem cortados e olhos castanhos, que estava de terno, e tem um corpão dos Deuses – ele suspirou.

- Para tio Matt com essas bobagens – revirei os olhos – É esse cara aí mesmo – virei a cara.

- Se for esse acabou de descer as escadas com a Sophie.

- Então tá limpo para mim – eu sussurrei.

- O que foi que disse, meu amor o titio não ouviu – ele colocou a mão em formato de concha no ouvido – Pode dizer novamente? – E sorriu debochado.

- Para Tio Matt de gracinhas, eu vou – apontei para as escadas – Eu vou para o jantar né, afinal foi por isso que estamos aqui.

- E eu vou ali pegar um bofe lindo – ele fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás – Lindo.

- Me poupe dos detalhes, por favor – fiz cara de nojo – Não quero nem imaginar isso.

- Tchau querido – ele veio até mim me beijou na testa e saiu andando pelo corredor – Aproveite meu amor , titio te ama – e fez um coração com as mãos.

- Também te amo – sussurrei, ninguém precisava saber que eu amava alguém.

Esperei tio Matt sumir pelo corredor e entrar no quarto dela, como não tinha ninguém lá eu não tomei cuidado em não fazer barulho, pois eu estava sozinho. Fui procurar escova de cabelo dela, e lá estava ela na penteadeira, foi tudo muito fácil. Agora é só pedir para fazer o exame e em pouco tempo poderemos saber se existe algum parentesco entre as duas.

Mas eu que imaginava estar sozinho, na realidade não estava. A morena de olhos verdes que eu tanto amo saiu do banheiro usando apenas uma toalha e me questionou o que estava fazendo ali, fui pego de surpresa por ela e inventei algo mais idiota que eu já disse. Mas quando a toalha dela caiu, quando tentou pegar a escova da minha mão, eu não resisti a ela e tive a maior certeza do mundo que preciso dela, que ela é meu norte.

Depois de tê-la em cima da penteadeira, ela me mandou embora e fez acusações que eu sou um assassino, tentei conversar e explicar, tentei sem sucesso e fui mandado embora de lá. Segui para o escritório e mandei mensagem para que Enzo pegasse a escova de cabelo, eu consegui pegar a escova sem que ela percebesse quando estava saindo do quarto. Então Enzo veio e disse que mamãe esperava todos os filhos para o jantar, eu estava desalinhado depois do sexo quente que tinha feito com Nathalia no quarto, mas fui ver meus irmãos. Encontrei Nadia quando me dirigia para a sala de jantar, ela estava escapando.

- Tentando fugir do jantar irmãzinha – beijei a sua testa, estava com saudades – Se for assim vou voltar de onde vim, não estou nem um pouco afim de ficar fazendo sala pra esse bando de convidados que mamãe...

- Chega Esam.

- Como assim chega?

- Eu não estou fugindo, estou indo resolver alguma bagunça que você aprontou, como sempre e tive autorização da nossa mãe que aguarda o primogênito que só faz besteira – ela segurou meu braço – Entre lá e vá fazer sala para os convidados do seu irmão que está todo entusiasmado porque conseguiu dar um passo hoje na fisioterapia dele e o parabenize pelos dois filho, que eu sei que você ainda não fez – o ar autoritário saiu e ela deu um belo sorriso – Faça sua parte, primogênito – E me deixou lá parado olhando ela sair andando com um vestido preto colado ao corpo, essa minha irmã.

- Se é assim vamos para a cova dos leões.

Quando entrei no local logo vi Mia num canto conversando com minha tia, e a tia Sophie devia estar se esforçando muito, pois estava fazendo a Mia sorrir. Fiquei feliz por ela, sinal que estava se divertindo, ele é sempre tão séria e calada, já passou por tantas coisas na vida.

- Pensando em que irmão? – Emhre chega perto de mim com a cadeira dele.

- Em que odeio bailes e jantares.

- É por uma boa causa irmão, eu também odiava – sorriu sem graça – Até ficar preso nessa cadeira e saber que minha vidinha enfadonha antes era ótima e que eu reclamava de barriga cheia – coloco minha mão em seu ombro.

- Eu imagino que não deve ser nada fácil, conte comigo, eu sei que ando ausente.

- É eu sei – seus olhos chegaram nos meus.

- Eu preciso ficar distante, para não magoar as pessoas – quem ouvisse nossa conversa iria pensar que falávamos sobre a Dahra, mas eu e ele sabíamos que não era – Ela está confusa, só isso vou tentar ajudá-lo, se lhe conforta.

- Eu acho que a melhor solução seria sumir e deixar ela viver a vida dela.

- Bobagem, lute por ela, é uma garota incrível e merece ser feliz com quem ela ama – meu irmão apontou com a cabeça para o Deputado que conversava com várias pessoas, provavelmente tentando se socializar - Não com ele.

- Vou deixar ela decidir.

- Se você a quer Esam, traga a força se possível – e nós dois rimos.

- Se tornou um homem das cavernas Emhre depois que se casou?

- Casar não é tão ruim assim.

- Eu soube de Bianca e do bebê que esta no forno, parabéns.

- Eu sou foda – eu revirei os olhos.

- Idiota – e sai para ver como Mia estava, mas encontrei com mamãe que queria me apresentar a varias pessoas.

Depois do jantar me reuni com a Mia e o Enzo no escritório. E então pegamos o cabelo de Nathalia que pegamos da escova roubada, e colocamos em um saquinho. E Mia fez a coleta do cabelo dela, e colocamos num outro saquinho e lacramos para que não houvesse erro. Ali estava o futuro da minha sócia. Ela estava um pouco nervosa, ela que nunca deixava transparecer sentimentos. Lembro-me da minha primeira noite com ela, a forma como ela me mostrou o clube sem sorrisos ou qualquer tipo de intimidade. E continua assim, mas hoje a conheço bem para saber quando algo mexe com ela, como agora. Talvez ela e também Nathalia consiga alguma resposta sobre o passado delas.

- Está nervosa?

- Sabe que não sofro dos nervos.

- Mia, somos amigos há quanto tempo?

- Talvez eu esteja um pouco, nunca soube sobre nada de mim, seria interessante pelo menos...

- Ter uma irmã? – perguntei com medo da resposta.

- Sim, mas não vou criar expectativas – lembrei do orfanato e das pessoas que visitavam ali – Eu já fui mais humana, mas a vida me fez não criar expectativas e sobreviver no meio da selva, já passei por muita coisa nessa vida.

- Eu sei, eu estarei aqui por vocês sempre.

- Obrigada REI – e então ela se dirigiu até a porta – Posso pegar isso aqui? – apontou para uma garrafa de vodka.

- É toda sua – ela abriu a porta – Ah Mia, Pode dormir tranquila no meu quarto que eu vou me ajeitar em qualquer lugar, quarto é não falta nesse palácio – um leve sorriso surgiu em seu rosto e ela se foi me encostei na cadeira e suspirei.

- REI, está cansado?

- O que você esta fazendo aqui ainda, Enzo? – Fiz uma bolinha de papel e joguei nele, vai logo levar isso ao laboratório.

- Boa noite senhor – agora sim, sozinho.

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