OS FILHOS DO SHEIK (completo) romance Capítulo 60

Mia

Ao sair do escritório, procurei um lugar calmo para que pudesse digerir tudo que estava acontecendo comigo. Qual seria a minha relação com a moça? Somos parecidas sim, mas não quero criar ilusões. Vou esperar o resultado, mas tenho quase certeza de que eu e a Nathalia não temos nada em incomum.

Sigo caminhando pelo palácio, só quero um local calmo e quieto sentar e beber minha garrafa de vodka, sei que aqui posso ficar tranqüila, pois ninguém ousaria me perturbar aqui na casa dos pais do REI. Os grandes corredores, muitas portas, imagino como tenha sido a infância do REI aqui e dos irmãos. São tantos primos amigos, foram crianças de sorte nesse lugar e com pais que sempre deram amor e carinho para eles.

Depois de subir as escadas, segui com curiosidade em um outro lance de escadas, e lá a porta estava fechada, fiquei em duvida se abria ou não para saber o que tinha ali escondido, entre um gole e outro da minha garrafa eu resolvi abrir.

- Vamos ver o que essa grande porta esconde.

E abri devagar, pois tive medo de ter alguém ali. Um solar lindo com plantas, cadeiras, espreguiçadeiras e uma Jacuzzi ao ar livre, e eu fiquei de boca aberta com o luxo do lugar, mais ao mesmo tempo trazia uma paz tão grande. Fui até uma chaise, ali seria o local ideal para eu degustar minha vodka sem me preocupar com ninguém. E ali eu fiquei, um tempo bebendo e olhando para o lindo céu do deserto cheio de estrelas, não sou muito ligada a essas coisas, mais hoje eu vou me dar o luxo de ficar divagando minha vida. Mas minha paz foi quebrada por passos e uma cadeira sendo arrastada, e eu continuei quieta, não sabia quem estava ali, imaginei que o visitante fosse embora rapidamente, porém não foi.

- Quem está ai? – eu me levantei.

- Nathalia é você? – a voz do homem era grossa.

- Não, eu não sou a Nathalia.

- Me desculpe, e que vocês se parecem muito – ele parecia cansado – Você é a moça que esta com o primo da Nathi, não fomos apresentados ainda João Gilberto – Ele estendeu a mão, mas não disse o meu -Estou incomodando você vou procurar um outro lugar para beber.

- Ei não precisa sair, na verdade me desculpe – estendi a mão para cumprimentá-lo – Eu sou Mia – eu não estou no SEX para não ser educada, lá eu não dou ousadias a ninguém, para que não haja confusão.

- Prazer Mia, como já disse sou o João Gilberto, você é brasileira?

- Sim, mas moro em Nova York .

- Quer se juntar a mim? – Eu pensei em dizer não, mas por que não?

- Vamos nos sentar ali onde eu estava é mais confortável – e andamos até lá – Eu estou tomando vodka e você?

- Eu encontrei whisky – ele levantou algo – E um copo.

Nos sentamos ali e meio acanhados, começamos a falar de trabalho, ele me disse que era Deputado e eu disse que trabalhava em uma boate, depois sobre família o que me deixou um pouco desconfortável, ele contou sobre o pai que era fazendeiro e era muito rico, e a mãe também tinha herdado uma herança e que vivam muito confortáveis, mesmo o pai sendo um homem difícil de se lidar.

- Eu cresci num orfanato, não sei muito bem o que é ter família, quando chagava a época do natal ou ano novo, nós íamos dormir, mas de lá ouviamos os fogos de arteificio, muitas vezes iamos até a janela e ficávamos olhando e pensando como era ter um lugar, pessoas que nos abraçassem e ficassem com a gente, mas nunca soubemos.

´´ Algumas vezes, casais iam até lá para escolher os filhos, eu sempre ficava na lista deles, por ter olhos verdes, mas era descartada porque eles diziam que eu tinha cara de brava e que quando eu crescesse iria um problema para eles, então preferiam crianças que fossem mais agradáveis. Alguns casais chegavam a nos levar para a casa deles, nos mostravam o quarto cheio de brinquedos, e criavam uma expectativa nas nossas cabeças, mas no fim outra criança ia para a casa deles. A primeira vez foi tão decepcionante para mim, um casal me levou para a casa deles, e mostrou o quarto lindo todo decorado de princesas, eu pensei que tinha tirado a sorte grande, quando eles me colocaram para dormir, eu fingi que fechei os olhos só para poder olhar tudo pensando que ali seria o meu novo lar, fiquei quase a noite toda agradecendo por ganhar uma nova casa, mas quando amanheceu eu fui acordada e levada de volta para o orfanato. E o mundo maravilhosos que eu imaginei naquela casa de gente rica foi pro ralo, e eu continuei lá. Eles voltaram outra vez e eu achei que eles viriam me buscar fui até a diretoria de ponta de pé, e fiquei lá ouvindo que eles preferiram a outra garota por que ela sorria mais e era mais simpática``.

- Eu sinto muito.

- Eu fiquei três dias escondida no porão do orfanato chorando – bebi mais um gole – Mal sabia eu que isso seria uma decepção tão insignificante, perto das outras que sofri, mas me ensinou a ser forte.

- Meu pai sempre também foi um pouco duro comigo, mas nada comparado ao que você passou.

Ele segurou em minha mão , e olhou nos meus olhos, ficamos nos encarando por um tempo, sem dizer nada até que a mão dele foi para minha nuca e me puxou para um beijo. Fazia tanto tempo que não beijava ninguém, que fiquei parecendo uma múmia, mas depois me soltei e o beijei também. Seus lábios macios, as mãos que passearam no meu corpo e foi diferente de como acontecia com os outros homens que tive depois de tudo que passei naquela maldita boate, eu não tive nojo dele como sempre acontecia. As mãos seguiram para minha cintura e me colocou em seu colo, os beijos iam para o meu pescoço e eu segurava nos cabelos dele enquanto jogava minha cabeça para trás, depois de tanto tempo eu estava tendo prazer, já fazia tanto tempo que eu não ficava com nenhum homem.

Estava em duvida se continuava ou se parava, mas resolvi me dar á chance de fazer o que eu quero uma vez na vida sem me sentir culpada. E parei de pensar e me deixei levar. Fui colocada com carinho deitada no chaise, e ele tirou o terno que estava, vagarosamente, ele parecia um Deus grego de tão lindo, me ajudou a tirar o vestido e beijou cada canto do meu corpo, seguiu pelas minhas pernas e chegou em meu umbigo, foi para os meus seios expostos eu gemia, estava com tanto desejo por ele, minhas mãos seguravam no tecido do sofá segurando fortemente enquanto ele me dava prazer, mas o auge foi quando com beijos ele chegou em meu sexo.

A língua e os dedos dele brincavam ali, meu corpo se erguia de tanto prazer, o meu prazer veio de forma arrebatadora me fazendo tremer e gemer como uma louca e ele mordeu o bico do meu seio enquanto se posicionava em cima de mim. A entrada dele em mim foi lenta, enquanto a boca mordia os meus seio e a estocada firme quando eu gemi de prazer o fez aumentar o ritmo.

Cada vez mais ele estocava forte, indo mais fundo e a sensação daquele homem dentro de mim, eu rebolava e o ajudava a juntar nossos corpos. Fui colocada na ponta do sofá e ele se ajoelhou no chão, e os movimentos se intensificaram e sua mão foi para o meu clitóris fazendo movimentos circulares, me levando ao céu de estrelas daquele deserto e nós dois trememos de prazer.

Nenhum de nós dois dissemos nada, ele simplesmente pegou uma manta que estava ali, nos cobriu e deitou de conchinha comigo, nossos corpos juntos e ainda quentes do sexo intenso que tivemos, e o silêncio reinou até que adormecemos.

O sol do deserto era realmente quente e o calor se fazia presente naquela manhã, sentia-se na pele o mormaço. Ouvi a respiração no meu ouvido, o homem que parecia um polvo atrás de mim com seus braços me segurando parecia ter medo que eu fugisse dele, e era isso que eu iria fazer. Me lembrei da noite, que falei demais sobre minha infância com um desconhecido. E pior o desconhecido era namorado da moça que se parecia comigo.

- Merda.

Tentei me soltar e deixá-lo dormindo, quietinho e fingir que nada tinha acontecido no baile de hoje. Fugir dele. Peguei o braço e tirei de cima de minha cintura, e escorreguei pelo sofá como uma cobra, até que consegui sair. Meu vestido estava embaixo dele, e se eu o pegasse iria acordá-lo. Olhei em volta e uma toalha na mesa era minha única alternativa.

- Por que essas pessoas tem que ser tão organizadas – eu peguei a toalha e enrolei em meu corpo de costas para ele.

- Você fica linda de vermelho – eu gelei quando ouvi a voz dele, estava parecendo uma adolescente idiota.

- Eu tentei pegar meu vestido, mas você estava em cima dele.

- E você iria embora sem falar comigo? – ele resmungou algo sobre me parecer com alguém – Iria me deixar torrando nesse sol – veio até mim nu e como ele era lindo – Você é muito má sabia.

- Você namora, e nós não deveríamos ter feito – balancei as mãos sem saber o que dizer – Isso.

- E se eu disser que não namoro mais? Sou um homem solteiro, mas você talvez esteja acompanhando o primo da Nathalia e não seria apropriado, ontem estávamos alterados e acabo rolando.

- Nós não temos nada.

- Que tal acharmos um quarto? E ficar lá o dia todo? – ele chegou próximo de mim com aquele membro ereto – Ou podemos ficar aqui, mas o calor esta de matar, então um quarto será nossa melhor opção – então o segui, ao menos uma vez na vida eu ia viver e ser livre.

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