Nádia
- Gostaria que não me beijasse mais Ramón e que não se repetisse esse seu gesto.
- Por que? Podemos nos divertir enquanto você assume o caso da minha irmã.
- Ramon, eu estou aqui por que você sequestrou uma amiga e está me chantageando, caso contrário não pegaria o caso de sua irmã, por que vocês dois estão mentindo, talvez seja por isso que nenhum advogado queira pegar o seu caso.
- Por que acha que estamos mentindo?
- Por que as histórias de vocês dois não batem – ele me olhou – Acha que sou otária? Que não sei ler meus clientes? Que não sei quando eles mentem?
- Do que você está falando?
- Preciso das fotos e do arquivo para poder defendê-la.
Algo naquela mulher não me trouxe credibilidade. Ela era muito direta e parecia que sua história era muito bem elaborada, sem testemunhas de um crime e todos mortos com ela sendo a única que herdará a maior parte e Ramon também sendo beneficiário. O jardineiro seria a peça que faltava no caso, precisávamos encontrá-lo. Com a cozinheira e o motorista mortos, ele era a única pessoa que podia, mas onde encontrá-lo?
- A casa onde ocorreu o crime? Nós podemos entrar lá?
- Foi fechada pela justiça desde o crime, como a única herdeira estava presa.
- Quero ir lá, as fotos estão anexadas no arquivo do dia do assassinato.
- Sim, o último advogado que deixou o caso, deixou tudo aqui.
- Ótimo, eu preciso de um banho e trocar de roupa e então vamos para a casa onde tudo aconteceu.
- Tudo bem.
- Eu preciso da minha arma , uma lanterna e o meu celular – ele aceitou sem reclamar.
A casa era muito grande afastada do centro de Madri, tudo estava escuro e fechado. Ramon me disse que havia uma entrada no fundo e foi por lá que entramos, pulamos o muro e fomos direto lá para dentro, a piscina estava suja cheia de folhas, uma casa no fundo da propriedade e um gramado, com a lanterna fui observando tudo ali.Tirei foto com o meu celular para depois observar e depois comparar com . A noite estava bem iluminada pela lua.
- Ela foi feliz aqui, pelo menos nos primeiros anos, depois tudo desandou e ninguém sabe o por quê – ele deu de ombros – Ele era um homem bom para ela depois ele começou a espancá-la e cada vez era pior.
- Foi você? – eu fui direta.
- Não – ele abaixou a cabeça – Bem que eu queria já tinha matado tantos homens ele seria somente mais um, mas ela o amava de forma incontrolável e não tive coragem. Aquele dia ele me acertou, mesmo bêbado mas eu o deixei lá caído no chão da sala, levei ela até o quarto e dei um remédio para passar a dor e um calmante ela estava nervosa e a deixei no quarto, saí para pensar e espairecer já que ela não o deixava.
- E você saiu, deixando-o lá caído na sala e ela no quarto.
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