Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1014

Orlando viu a mulher parada sem se mover e se aproximou, pegando o lenço que Marcelo lhe passou e cuidadosamente começou a limpar as palmas das mãos da mulher.

Astrid levantou a cabeça, seu olhar caiu sobre Orlando.

Orlando viu a dor nos olhos de Astrid, estendeu a mão para abraçá-la, batendo levemente em suas costas para confortá-la, "Está tudo bem, vamos voltar."

"Ele perdeu muito sangue, pode morrer."

As mãos de Astrid estavam firmemente entrelaçadas, ela fechou os olhos vermelhos e mordeu o lábio inferior.

A expressão de Orlando escureceu, ele consolou: “Isso também é culpa dele.”

As pestanas de Astrid ficaram umedecidas, ela fechou os olhos, com a voz embargada, "Eu não quero que eles sejam assim, de jeito nenhum."

Eles, naturalmente, se referiam a Rafaela e Cleiton, ninguém gostaria de ver seus próprios pais cheios de ódio um pelo outro, em uma luta de vida ou morte.

Depois de uma noite agitada, Orlando levou Astrid de volta ao quarto do hospital. Astrid ligou para Rafaela, que não atendeu; Francisco Barros atendeu o telefone.

"Minha mãe está aí?" Astrid perguntou.

"Ela já está descansando, sabia que você ligaria, disse para você não se preocupar com ela."

Astrid apertou os lábios, acenou com a cabeça, "Ok, vou visitá-la amanhã."

Astrid pensou que o humor de Rafaela também deve estar muito abalado, mas já era muito tarde, ela estava muito cansada, um cansaço do coração, sentindo que tinha muito o que fazer, mas não sabia o quê. Astrid também não sabia como confortar Rafaela, só podia pedir a Francisco que cuidasse dela por enquanto.

E Francisco, após desligar o telefone, voltou para o quarto de Rafaela. A mansão tinha sido incendiada, mas Rafaela tinha outras casas; naquele momento, alguns médicos estavam ao redor dela.

Rafaela, com o corpo magro, jazia na cama, a dor no estômago vinha repetidamente, ela se curvava, seus lábios pálidos estavam firmemente pressionados, e ela estava coberta de suor frio.

Francisco, ao lado, olhava ansioso, mas não sabia o que havia de errado com Rafaela.

Quando Rafaela viu Francisco voltar, ela respirou fundo e perguntou com uma voz fraca, "De quem era o telefone?"

"Da sua irmã." Francisco respondeu imediatamente a Rafaela, "Já disse o que você tinha me pedido para dizer."

"Francisco, você promete, se um dia eu partir, que você continuará a proteger Astrid como antes, pode ser?"

Francisco segurando a mão fria de Rafaela, com a voz trêmula, "Não fale assim, você viverá muitos anos."

Rafaela sorriu levemente, "Eu conheço o meu próprio corpo melhor do que ninguém, viver cem anos é só uma maneira de enganar as pessoas. Já cheguei a esse ponto, não peço para viver até os cem, só quero que minha Astrid tenha um futuro tranquilo e próspero. Você pode me prometer isso?"

Francisco baixou a cabeça com força, "A Família Barros me criou, e eu devo minha vida à minha irmã, que pagou com seus próprios olhos por mim. Você não precisa pedir, Francisco vai proteger a irmã por toda a vida."

"Está bem." Rafaela puxou um sorriso fraco, "Não fique aqui comigo, você também está cansado, vá descansar."

"Mas você..."

"Vá, e não se esqueça do que eu pedi. Não conte à sua irmã sobre a minha condição. Ela já está cansada o suficiente, tem preocupações demais, não precisa ficar mais preocupada comigo."

Francisco segurou as lágrimas e assentiu, olhando para o rosto pálido como papel de Rafaela, sentiu como se houvesse um nó de algodão preso em sua garganta, incapaz de dizer qualquer palavra.