Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1058

"Elvis, como você veio?" Nina perguntou com um brilho suave em seus olhos ao olhar para Elvis Cabral.

"Você disse ontem que queria comer um bolo que já tinha acabado, então fiz questão de comprar um para você." Elvis Cabral, com um sorriso, entregou a Nina uma caixa de bolo elegantemente embalada.

Um sorriso se iluminou no rosto de Nina, radiante de felicidade. "Elvis, não acredito que você se lembrou. Eu só mencionei isso de passagem."

"Tudo o que você diz, eu me lembro."

Nina olhou para Elvis Cabral, sua felicidade era evidente.

"Mas eu cheguei em um momento interessante, parece bem movimentado por aqui."

O olhar de Elvis Cabral passou brevemente por Camila, que ainda tentava se recompor.

Nina lançou um olhar para Camila e, agarrou o braço de Elvis Cabral, dizendo de maneira coquete: "É assim, Elvis, você sabe da minha condição de saúde, por causa de uma lesão eu nunca poderei ter filhos, mas eu queria ter um filho seu."

"E daí?"

Elvis Cabral olhou para ela com atenção.

"Então o pai da Srta. Miranda disse que estava disposto a permitir que a Srta. Miranda doasse seu útero para mim. Claro, nós da Família Campos somos muito gratos à Srta. Miranda, e para retribuir ao pai dela, pagamos um bilhão, não é, Tio Cruz?"

Adilson acenou com a cabeça repetidamente, "Sim, sim, é uma honra para Camila doar seu útero para a Srta. Nina, e estamos muito agradecidos pela ajuda da Família Campos."

Os olhos escuros de Elvis Cabral escureceram ainda mais, algo que ninguém percebeu, e ele perguntou em tom baixo, "Ela concordou com isso voluntariamente?"

Nina arqueou as sobrancelhas levemente, olhando para Camila e Adilson.

"Eu não concordo..."

Adilson pressionou Camila sem hesitar, respondendo rapidamente em voz alta, "Claro que Camila concordou voluntariamente, com certeza foi voluntário."

Elvis Cabral franzir o cenho.

"Elvis, se eu e a Srta. Miranda realmente formos compatíveis, então eu poderei ter seus filhos no futuro, você está feliz?" Nina olhou para Elvis Cabral cheia de expectativa.

Nesse momento, ela captou um vislumbre de frieza nos olhos de Elvis Cabral, mas foi tão rápido que pensou ter se enganado. Num piscar de olhos, o sorriso voltou ao rosto de Elvis Cabral.

"Vocês não entendem o que as pessoas dizem? Eu não vou doar meu útero, e o dinheiro não tem nada a ver comigo, não me envolvo nisso, entenderam? Entenderam? Como vocês têm coragem de discutir sobre uma parte do meu corpo sem considerar meus sentimentos? Como? Por quê?"

Camila gritou com eles, sua voz cheia de dor.

Elvis Cabral olhou para a mulher emocionalmente descontrolada com uma expressão franzida.

Ouvindo isso, Adilson apontou para o nariz de Camila e gritou: "Eu sou seu pai, sua vida me pertence, eu concordei com a doação, e daí? A Família Campos já pagou essa dívida, você tem que doar querendo ou não."

"Cala a boca, você é meu pai? Você é o pai da Noemia Cruz, do Ulisses Cruz, não o meu. Você só trata eles como seus filhos, você os deixaria pagar suas dívidas, iria embora, você teria coragem? Você não tem, não ousa, por quê? Porque você os ama, porque a Tereza é impetuosa, você não tem coragem de enfrentá-la, então fica me importunando. Você fica em cima de mim como um sanguessuga, sugando meu sangue, você não se sente envergonhado, não se sente repugnante? Oito anos, por oito longos anos, se eu não te ajudasse, você se fazia de vítima, usava minha mãe para me pressionar, dizia que ia morrer, que não conseguia mais viver. Se não consegue viver, então morra, por que você ainda não morreu? Por que alguém que só faz peso morto para os outros não vai logo morrer?”

A voz de Camila estava rouca e quebrada.

Essa saraivada de palavras deixou Adilson e todos ao redor paralisados.

Astrid apressou-se em ir consolar Camila, que estava grávida. A emoção intensa poderia facilmente levar a um aborto espontâneo.

Adilson, recuperando-se do choque, percebeu que tinha sido humilhado na frente de todos pela sua filha. Sem lugar para sua dignidade, levantou a mão, querendo avançar sobre ela, “Sua ingrata, desejando a morte do seu pai, toda a minha má sorte é culpa sua, se não fosse por isso, eu não teria perdido tão feio, tudo culpa sua, eu vou te matar...”