Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 114

Na noite passada, Luna ouviu claramente a conversa ao telefone.

Astrid e Orlando ainda não haviam pego a certidão de divórcio, então, legalmente, eles ainda eram marido e mulher.

Se eles não se divorciassem, ela não poderia se casar com Orlando.

Portanto, Luna precisava fazer com que eles se divorciassem o mais rápido possível e também se livrar da criança, matando dois coelhos com uma cajadada só.

Assim que a criança voltasse para o lado de Astrid, Orlando não a protegeria mais, dando a Luna a oportunidade de agir.

Tanto Astrid quanto Helios eram as maiores ameaças para ela.

Ela não podia permitir que eles vivessem bem neste mundo.

Duas pessoas tão indefesas que ela poderia fazê-las desaparecer com apenas uma palavra.

Astrid olhou para Luna com frieza, sem perceber a malícia nos olhos dela.

Ela não era boba, Luna não podia ter boas intenções ao ajudá-la.

Cooperar com ela? Quem sabe quando seria traída até a morte sem perceber.

"O que me diz? Vai cooperar comigo? Você quer a criança, eu quero me casar com Orlando, ambos conseguimos o que queremos e, a partir de então, nossas disputas ficam resolvidas. Que tal?"

Astrid pegou uma foto e a apertou na palma da mão, seu semblante ficou ainda mais sombrio: "E se eu levar estas fotos para confrontar Orlando, o que aconteceria?"

Luna estava assustada por dentro: “O que aconteceria? Essas são coisas que Orlando fez, mostrando a ele, de que adiantaria?”

A voz de Luna permaneceu normal, mas seus olhos ainda revelavam um pânico que Astrid percebeu com nitidez.

“Então, você vai cooperar ou não?”

“Não." disse Astrid, levantando-se para sair.

Luna não esperava que Astrid recusasse.

Ela não se importava com seu filho?

Ou ela realmente não queria se divorciar de Orlando?

Luna agarrou Astrid enquanto perguntava: "Por quê? Você realmente não quer se divorciar de Orlando, certo?"

"É." Astrid deu uma risada fria: "Enquanto eu não me divorciar de Orlando, você sempre será a amante."

"Você!" Luna mordeu o lábio, tremendo de raiva com essa afirmação. Ela estendeu a mão, tentando pegar o café quente à sua frente para jogar em Astrid.

Mas Astrid percebeu suas intenções num instante, segurando a xícara de café primeiro e, quase no mesmo momento, agarrou o pulso de Luna.

Luna franziu a testa, sentindo como se seu pulso estivesse sendo esmagado por Astrid.

“Me solte, seu desgraçada”.

“Você não machucou meu filho, machucou?”

Luna arregalou os olhos: “O que você quer fazer?”

“Vou cobrar alguns juros primeiro, você queria café, não queria? Deixe-me ajudá-la.”

Dizendo isso, Astrid levantou o braço e derramou o conteúdo da xícara de café sobre a cabeça de Luna.

“Deixe-a ir...”

Suas palavras ficaram presas na garganta, e seu corpo tremeu violentamente, congelado no lugar como um idiota.

A temperatura do café estava em torno de setenta graus, e a sensação pegajosa e quente escorria lentamente por sua cabeça.

A bebida marrom formava trilhas em seu rosto delicado, e seu cabelo meticulosamente arrumado agora caía flácido sobre seus ombros, coberto por um líquido quente e pegajoso.

Mas logo a voz de Renato foi ouvida: “Quem é? Cunhada? Deixa eu atender”.

Renato pegou o telefone e disse a Astrid: "Cunhada, o Irmão Capelo está no Clube de Entretenimento Diteles, na suíte 808."

Astrid franziu a testa: "Certo."

O Diteles é um clube de entretenimento renomado na Capital, um verdadeiro ponto de encontro para a elite.

Astrid dirigiu até lá.

Suíte 808, a mais exclusiva.

Era ali.

Ao chegar à porta, o gerente Rodrigo estava instruindo algumas acompanhantes bonitas: "Nesta suíte estão as personalidades mais influentes da Capital, quero que vocês sejam inteligentes e cuidadosas no atendimento."

Os olhos dos acompanhantes brilhavam de excitação, ouvir que o próprio Sr. Capelo, um dos magnatas da capital, estaria lá era algo que eles não poderiam imaginar.

Eles entraram pela porta e Astrid os seguiu.

A abertura da porta da suíte chamou a atenção de todos lá dentro, e os acompanhantes foram se sentar ao lado dos jovens senhores ricos.

Apenas Astrid permaneceu de pé, seu olhar varrendo a sala em busca de Orlando. Sua presença fria e distinta estava completamente fora de lugar ali.

"Cunhada." Renato foi o primeiro a reconhecê-la, chamando-a diretamente.

Os olhares de sete ou oito pessoas se voltaram para ela de imediato.

"Cunhada? Renato, a cunhada que você chamou é esposa de quem?"

"Caraca, quem? Alguém se casou escondido de todos nós?"

"Como você veio parar aqui?" Da escuridão, uma voz profunda e calma soou.