Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1173

Tereza chorava enquanto retrucava, "Vocês estão exagerando, mas o que é esse dinheiro para uma moça de família rica como ela?"

"Pare de dizer que ela é uma moça de família rica, mesmo que fosse a mais rica, ela não tem obrigação de pagar as suas dívidas, de onde vocês tiram essa cara de pau?"

Os transeuntes ao redor inicialmente pensaram que se tratava apenas de uma pequena quantia, que poderiam ajudar se fosse possível, salvar uma vida; a maioria das pessoas, acostumadas a sentir compaixão pelos menos afortunados, agiriam assim.

Mas estamos falando de um número na casa dos bilhões, ela está fazendo escândalo para os outros pagarem por ela, ela está brincando?

"Eu disse que era um empréstimo, para nós, nunca dissemos que não a pagaríamos de volta." Tereza respondeu, teimosa.

Astrid assentiu, "Se é um empréstimo, então vocês precisam oferecer algo como garantia, depois venham me pedir, mesmo que você vá ao banco pedir um empréstimo sem garantia, o banco emprestaria para você?"

"Você e Camila são tão próximas, você ainda quer que a gente dê algo como garantia para emprestar dinheiro de você?"

Dessa vez, Astrid não precisou responder, o irmão mais velho que acabara de falar adicionou: "Você está brincando, né? Até entre irmãos a conta é clara, você pede tanto dinheiro emprestado sem oferecer garantia, você salvou a vida dela ou o quê? Acho que você só quer tirar vantagem dela, não tem vergonha?"

Com sua verdadeira intenção revelada, Tereza sentou-se no chão novamente, batendo nas pernas e gritando que não podia mais viver.

Astrid tocou a testa, imaginando o quão difícil deve ser para Camila lidar sozinha com esse tipo de gente no dia a dia.

"Vamos." Astrid disse a Francisco, que a protegia ao seu lado, continuar discutindo aqui era apenas desperdiçar tempo.

Francisco assentiu, protegendo Astrid enquanto saíam.

...

Quando Astrid viu Camila novamente, ela estava sentada no sofá, pálida, com os olhos cheios de veias vermelhas, mas sem uma lágrima sequer, apenas olhando fixamente para um ponto, perdida em pensamentos.

Na verdade, ela não sabia o que deveria sentir naquele momento, Adilson estava morto, agora ela não precisaria mais viver com medo dele jogar novamente, acumulando dívidas, pressionando-a incessantemente para pagar por ele...

Ela deveria estar feliz.

Mas ela não conseguia sorrir.

As memórias inundaram de volta.

Ela se lembrou de quando sua mãe ainda estava viva, eles eram uma família feliz de três pessoas.

Quando ela era pequena, Adilson também a levantava alto acima de sua cabeça, deixava-a sentar em seus ombros, aparecia como um super-herói quando ela era intimidada por outras crianças, e dava-lhe um doce quando ela chorava...