Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 121

“Felipe Mendes! Ele beija melhor do que você, mil vezes melhor.”

Orlando Capelo ouviu a resposta dela, com um incômodo imenso no coração.

“Muito bem, você está ótima.”

Nos olhos de Orlando, uma escuridão profunda, Astrid Freita soltou um murmúrio, e os seus lábios aqueceram com um beijo furioso e cheio de raiva.

Ele a mordia e roía, como se fosse uma punição, determinado a fazê-la sentir dor.

Orlando também não compreendia o que passava pela sua cabeça naquele momento, sabendo que esta mulher o irritava repetidamente, sabendo que há cinco anos, ela usou métodos desprezíveis e cruéis para matar o filho de Luna Teixeira. Ele a odiava.

Mas, mesmo odiando-a, ele não permitiria que outro homem tocasse nesta mulher.

Felipe não! Ninguém! Ela era a sua esposa, para toda a vida, mesmo que só restasse ódio, no seu coração deveria haver espaço apenas para ele.

Orlando não sabia porque tinha um desejo tão intenso por essa mulher louca. Na noite anterior, ao ver Felipe a beijá-la, sentiu até mesmo o ímpeto de a atropelar com o carro.

Mas ele se conteve, e o resultado foi uma noite inteira bebendo, ainda assim, não conseguiu dissipar a sua raiva.

“Sai da frente, porra, não consigo ver nada.”

“Renato, claramente você que está a ocupar o lugar todo, eu não consigo ver nada.”

As duas pessoas na porta se empurravam, até que repentinamente, com um forte empurrão, entraram.

“Caralho! Isso vai dar merda!” Alguém entre eles gritou, chateado.

Ao ouvir o barulho na porta, Astrid empurrou ainda mais forte os ombros de Orlando, mas ele, como se não tivesse ouvido, a segurou mais firmemente, dominando-a de maneira autoritária.

Sua mão larga segurava a nuca dela, aprofundando o beijo sem qualquer pudor.

Ele usou as palavras dela contra ela mesma.

Orlando sorriu levemente, sentou-se no sofá e serviu-se de um copo de vinho, degustando-o, depois e perguntou: “Diga-me, o que você quer?”

Orlando ergueu uma sobrancelha para ela: “Mudou de ideia?”

Astrid limpou a boca, dizendo, claro que falaria, por que não falaria?

Ela colocou a foto na frente de Orlando.

Quando Orlando viu a foto, as suas pupilas se contraíram: “Como você tem uma foto de Helios?”

“Não importa como eu tenho esta foto, Orlando, mesmo que você me odeie, não precisa de descontar no meu filho.” Astrid baixou os olhos para ele, seu tom era muito mais frio.

Orlando apertou a foto, e sua expressão, que tinha se suavizado, tornou-se repentinamente sombria: “Finalmente admitiu que o filho é seu, não vai fingir mais?”