Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1266

"Eu sei que você não está com fome, mas eu estou. Levante-se e venha comer algo comigo." Orlando a levantou.

Astrid esboçou um leve sorriso, sem alternativa, levantou-se para acompanhá-lo.

Pediram que lhes trouxessem o jantar ao quarto, Orlando passou uma tigela de arroz para Astrid, "Coma."

Astrid não sabia se realmente estava com fome, mas ao olhar para aquela tigela de arroz, pegou os talheres e, sem se importar com a aparência, encheu a boca de comida, como se estivesse descontando sua frustração. Suas bochechas estavam abauladas, e ela não se importava com a aparência, já que apenas Orlando estava a observar.

A comida estava deliciosa, mas ela não conseguia apreciar o sabor, apenas queria comer rapidamente, como se estivesse com pressa. Ela engasgou-se e quase cuspiu tudo para fora, cobrindo a boca.

Orlando comeu um pouco, mais por educação, e então colocou os talheres de lado, sentando-se ao lado, observando-a comer em silêncio.

Astrid comia de uma maneira quase frenética, uma forma de comer tão desinibida que era a primeira vez que ele via.

Ele não sabia o que poderia ter causado tal repressão em seus sentimentos.

"Toss..."

Astrid engasgou-se, e lágrimas começaram a brotar de seus olhos, Orlando levantou-se e começou a bater em suas costas, com uma expressão de preocupação constante.

Depois de beber um pouco de água, Astrid forçou-se a engolir a comida em sua boca, limpou as bochechas, mas as lágrimas continuavam a cair.

Orlando, vendo que ela estava quase esfregando a pele de seu rosto ao tentar secar as lágrimas, pegou suas mãos e as segurou, abaixando-se para limpar as lágrimas dela, "O que aconteceu?"

Astrid baixou a cabeça, sem responder. Ela respirou fundo, tentando conter as lágrimas, e então levantou os olhos para encontrar os olhos preocupados de Orlando.

"Minha mãe desapareceu novamente, estou preocupada com ela. Todos estão me escondendo alguma coisa, sinto-me como uma estranha perto dela. Não entendo por que ela não me conta nada. Era assim quando eu era criança, e continua sendo agora. Não sei o que fazer."

Orlando sabia que algo que pudesse deixar Astrid tão abalada só poderia estar relacionado a Rafaela ou a Cleiton.

"Talvez ela tenha seus motivos." Orlando limpava delicadamente as lágrimas do rosto de Astrid, sem saber quanto tempo ela havia chorado, seus olhos estavam vermelhos e as bochechas, avermelhadas pelo atrito.

"Por que ela teria motivos para me esconder algo?" Astrid não conseguia entender.

"Eu vou ajudá-la a encontrá-la. Vou mandar pessoas ao redor do mundo agora mesmo. Assim que a encontrarmos, levarei você até ela, tudo bem?"

Astrid, ouvindo o tom suave de Orlando, sentiu a tristeza crescer novamente. Encontrar Rafaela, mas ainda assim ser mantida no escuro sobre o que estava sendo escondido, e ela estava evitando-os deliberadamente, "É possível encontrá-la?"

Francisco respondeu evasivamente, com um olhar fugidio. Orlando estava ainda menos inclinado a deixá-lo ir.

"O que você sabe sobre o que aconteceu hoje?"

"Eu não sei de nada, eu preciso ir agora." Francisco virou-se para sair, mas foi segurado por Orlando.

"Você viu, ela está muito abalada agora. Se você sabe de alguma coisa, deve dizer. Esconder dela não vai trazer nenhum benefício." Orlando olhou para Francisco seriamente.

Francisco, por sua vez, mantinha a cabeça baixa, sem coragem para encontrar os olhos de Orlando.

No dia em que a mansão pegou fogo na Capital, ele tinha levado Rafaela para casa e viu o estado em que ela se encontrava devido ao câncer de estômago, mas ele tinha prometido a Rafaela que não diria nada para Astrid.

Orlando, vendo sua hesitação, ficou ainda mais convencido de que havia algo errado.

E o fato de todos estarem escondendo algo de Astrid significava que provavelmente não era algo que ela pudesse suportar.

Assim, Orlando decidiu que precisava entender completamente a situação antes de considerar contar para Astrid.