Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1317

"Pai, tio."

Maíra entrou a passos largos, primeiro olhou ao redor para todos presentes, percebendo que as expressões eram de desagrado, especialmente a de Orlando, cujo olhar sobre ela era assustadoramente intimidador, algo que ela nunca havia experimentado antes.

Com o coração tremendo, Maíra falou, "Pai, tio, o que está acontecendo aqui?"

"Maíra, sabemos que você foi injustiçada," disse Guilherme com uma expressão séria.

Maíra entendeu que eles estavam se referindo ao incidente da noite anterior, mas ela não queria que a situação escalasse.

Ela sabia que tinha agido errado em relação a Orlando, o companheiro de Astrid, e temia as consequências se o assunto fosse levado adiante.

Ela não esperava que Arthur e Guilherme tivessem tomado conhecimento e viessem em sua defesa.

Maíra mordeu os lábios com força e disse, "Pai, tio, a situação de ontem à noite não foi culpa da minha prima, eu que fiz uma boa ação da maneira errada. Minha prima estava chateada e achou que me punir seria justo. Eu entendo a posição dela, por favor, não vamos prolongar isso. Vamos embora."

Maíra tentou levar Arthur e Guilherme para fora.

"Espere." Orlando percebeu o subtexto em suas palavras; suas boas intenções mal interpretadas, e ela não iria protestar, significando que Astrid estava errada, que Astrid lhe devia desculpas?

"Explique melhor o que você quis dizer agora," a voz de Orlando carregava um frio ameaçador.

Cleiton também insistiu, "Parece que a culpa ainda é da Astrid, né?"

Maíra olhou para Astrid, que permaneceu em silêncio, até mesmo seu olhar era distante, após um breve encontro de olhares, Maíra desviou o olhar, "Não, o erro foi meu, minha prima não teve culpa."

"Qual foi o erro? Detalhe," Orlando não estava disposto a deixar Maíra em paz.

"Orlando, não exagere."

"Isso é exagerar? Parece que vocês não sabem o que é realmente exagerar," a calma na voz de Orlando de alguma forma tornou o momento ainda mais tenso.

Maíra sentiu seus dedos apertando a palma da mão, levou um tempo até que ela finalmente disse, "Eu não deveria ter me intrometido para servir bebida à minha prima."

Cleiton escureceu o olhar, "Eu sou seu pai, é meu dever, não precisa agradecer."

Astrid não contestou, mas também não disse mais nada, voltando ao seu quarto.

"Venha comigo," Cleiton disse a Orlando.

Orlando não recusou e seguiu Cleiton até um lugar isolado onde estavam apenas os dois.

Orlando, observando o semblante cansado e abatido de Cleiton, entendeu que ele provavelmente estava buscando por Rafaela há várias noites sem descanso.

"Você não contou para Astrid?" Cleiton acendeu um cigarro, fumando enquanto se apoiava no corrimão, sua voz rouca e áspera.

"Não." Orlando se distanciou um pouco de Cleiton, para evitar que o cheiro do cigarro se impregnasse em suas roupas, já que Astrid gostava de se aconchegar nele e ela não gostava do cheiro de fumaça.

"Astrid está grávida."