Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 137

Orlando franziu levemente o cenho, lançando um olhar para Astrid antes de dizer com um tom levemente irônico: "Você acha que pode realmente ameaçar meu casamento com Luna?"

"Se você realmente quer se casar com ela, porquê me deixar aqui? " a voz de Astrid elevou-se um pouco.

Ela não havia esquecido a determinação dele quando a fez assinar o acordo de divórcio.

Se ele queria tanto estar com Luna, por que a manter por perto?

Isso era algo que Astrid simplesmente não conseguia entender.

Não era apenas Astrid que não entendia, o Orlando não sabia por que não queria que ela fosse embora.

A ideia de vê-la com outro homem o irritava, e essa irritação só diminuiria ao tê-la de volta ao seu lado.

Por isso, Orlando não a deixaria ir, de jeito nenhum.

Observando a expressão questionadora da mulher, Orlando não queria explicar. Ele riu friamente e disse: "Eu tenho de te explicar? Você só precisa saber que não vai escapar do meu controle. Seria melhor se comportar e poupar suas energias."

Astrid olhou para ele, os seus punhos cerrados embranquecendo. Ela fechou os olhos, optando por permanecer em silêncio.

Ela conhecia muito bem o temperamento dele após tantos anos.

Ela só podia esperar que ele pudesse dizer algo decente para ela como um ser humano.

Logo o barco atracou, e Orlando arrastou Astrid para o carro.

Astrid sentou-se quietamente no carro, sem fazer escândalos ou resistir. Afinal, resistir seria inútil.

Ela preferia poupar as suas energias.

No carro, quatro pessoas, mas nenhum som.

O motorista e Marcelo não ousavam falar, Orlando estava calado, e Astrid não queria falar, tornando tudo especialmente quieto.

Sentindo a mulher ao seu lado estranhamente dócil, Orlando deu-lhe um olhar. Astrid, ainda vestindo a sua camisa e calças longas, sentou-se firmemente ao lado da janela, virando-se para olhar para fora, sem dar a ele um único olhar.

Orlando retirou o olhar e de repente perguntou: "Está frio?"

Astrid olhou para ele rapidamente e respondeu casualmente: "Não."

Orlando, com elegância, recostou-se no encosto do assento e ordenou ao motorista: "Abaixe o vidro."

A janela do carro desceu, e uma corrente de ar frio do final do outono soprou impiedosamente no rosto de Astrid. Com a velocidade do carro, Astrid não pôde evitar virar o rosto de volta para frente.

Orlando a observava, estudando cuidadosamente sua expressão. Em pouco tempo, ele soltou uma risada quase impercetível: "Dormir?"

Para Orlando, era uma pergunta, mas para Astrid soou como uma afirmação, como se ele quisesse que ela dormisse com ele.

O olhar de Astrid endureceu, e ela rapidamente levantou a mão, segurando firmemente uma faca de frutas afiada contra o pescoço de Orlando.

Orlando a olhava como se visse um maníaco.

Os dois na frente, vendo os dois atrás pegando em armas novamente, estavam quase a chorar...

Não se sabe quanto tempo essa atmosfera estranha durou, até que Orlando lentamente moveu seu olhar da Astrid para a mão dela.

“Hmm, a ferida de anteontem ainda não sarou, e hoje você quer fazer-me outra? Astrid, será que fui bom demais com você, para que você ouse me atacar repetidamente?”

Astrid agiu por instinto diante do perigo, procurando a arma mais conveniente para se proteger.

Isso mostra que, no fundo, ela teme Orlando.

“Orlando, você pode ser ainda mais repulsivo?”

Orlando soltou uma risada fria pelo nariz: “Quem é o repulsivo aqui? Eu apenas fiz uma pergunta. Eu te trouxe aqui para me curar, e você é quem está a pensar em coisas repulsivas. Tudo o que ouve parece-te repulsivo.”