Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1439

Guilherme estava cansado de tentar controlar Paloma, afinal, mesmo que tentasse, ela acabaria saindo de qualquer jeito.

“Se ela quer sair, que vá.”

Ao ouvir isso, o rosto de Paloma imediatamente se iluminou com um sorriso. “Obrigada, papai, você é o melhor. E você também, irmão.”

Dizendo isso, Paloma virou-se e saiu sem hesitar.

Valentino olhou para Paloma, que mudava de humor em questão de minutos, sem saber o que dizer.

Paloma não costumava ser assim; desde que Adilson faleceu, seu temperamento tornou-se imprevisível. Uma palavra mal colocada e ela mudava de humor, mas bastavam algumas palavras gentis para que ela voltasse a ser carinhosa.

Valentino não conseguia mais entender a verdadeira personalidade de Paloma.

Guilherme sentou-se no sofá, sem se preocupar com Paloma, pois ele não tinha energia para lidar com ela naquele momento. Ao ver Guilherme com o rosto preocupado, Valentino deduziu que Arthur não estava bem.

“Como está o tio?” Valentino perguntou enquanto servia uma xícara de chá para Guilherme.

Guilherme balançou a cabeça, com as mãos apoiadas nos joelhos, suspirando. “Os médicos já disseram à Senhora para se preparar para o pior... desta vez é sério...”

Guilherme não conseguiu continuar a frase.

......

Paloma dirigiu até um apartamento, de bom humor, a ponto de brincar com um cachorro que viu na rua. Entrou no elevador e apertou o botão do último andar.

“Ding.” A porta do elevador se abriu e Paloma deu de cara com um homem vestindo uma camisa branca.

Ela parou, surpresa ao vê-lo.

O homem gostava de usar roupas pretas, mas Paloma insistia que ele usasse cores claras, porque era assim que Adilson gostava, e assim ele se pareceria mais com Adilson.

Adilson, não me deixe!

Deixando seus pertences caírem, Paloma lançou-se em seus braços. “Por favor, não vá, Adilson. Não estou sendo boa o suficiente? Você prometeu que se casaria comigo, não me deixe, Adilson.”

A ideia de “ir” era suficiente para deixar Paloma aterrorizada.

Adilson disse que voltaria no dia seguinte para buscá-la, mas aquela partida foi para sempre.

Paloma segurava o homem firmemente, recusando-se a deixá-lo ir.

O homem, que não era bom em interações, tentou instintivamente afastá-la quando ela o abraçou, mas Paloma apertou ainda mais.

“Paloma, solte-me, por favor.” O homem começou a ficar impaciente, segurando seus ombros na tentativa de se desvencilhar.

Mas Paloma segurou-o ainda mais forte. “Adilson, não vá... não vá...”