Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1450

Paloma viu o homem descer do carro especialmente para comprar um remédio para suas contusões, e sentiu-se imediatamente comovida. "Você não gosta de mim, então por que está sendo tão gentil?"

O homem colocou o cinto de segurança e respondeu: "Isso é apenas uma coisa normal de se fazer, não tem a ver com gostar ou não. Você se machucou por minha causa, comprar um remédio não pode ser considerado uma gentileza."

Paloma apertou os lábios, "Eu acho gentil."

O homem riu brevemente, "Como seus pais te deixaram sair sozinha?"

"O que você quer dizer?"

Paloma não entendeu de imediato.

"Tão fácil de agradar, uma simples garrafa de remédio já é considerada uma bondade. E se algum outro homem te enganar? Seus pais não ficam preocupados com você?"

Paloma deu uma risadinha, "Talvez você devesse me enganar também, quem sabe eu vá com você. Você é uma boa pessoa, se me enganar, não seria uma perda para mim, o que acha?"

O homem balançou a cabeça, "Paloma, eu não me lembro do meu passado agora, mas pode ser que eu tenha esposa e filhos esperando por mim em casa. Então, Paloma, não faça piadas desse tipo."

Vendo a expressão séria no rosto do homem, Paloma perguntou: "Então você não quer estar comigo porque acha que tem esposa e filhos, é isso?"

"Essa é a principal razão, além disso, nós não somos compatíveis."

"Como você sabe que não somos compatíveis se nunca tentamos? Você acha que eu não sou bonita o suficiente, ou meu caráter não é bom, ou minha família não é suficiente para você?" Paloma não deixou a questão de lado e continuou pressionando-o.

"Incompatível é incompatível, sem muitas razões. Você é ótima, mas eu não gosto de você."

O homem não queria dizer algo tão duro para uma jovem como ela, mas com sua insistência, ele, que não era uma pessoa muito paciente, decidiu ser direto.

Paloma apertou a garrafa de remédio em sua mão, "Se é assim, por que não me deixou sofrer? Por que comprou o remédio?"

Dizendo isso, Paloma ficou subitamente muito chateada, abriu a janela e jogou a garrafa de remédio para fora.

Ela tinha esse temperamento, uma palavra errada e ela perdia a calma, às vezes nem ela conseguia controlar sua raiva.

Depois de jogar o remédio, ainda não estava satisfeita, abriu a porta do carro e saiu, dirigindo-se para a rua. Ela caminhava rapidamente por entre os carros que iam e vinham, e como estava prestes a chover, todos dirigiam rapidamente para casa, tornando sua travessia muito perigosa.

"Paloma!" o homem chamou seu nome.

Ao perceber que o homem estava realmente aborrecido, Paloma rapidamente se conteve, perguntando hesitante, "Você está realmente bravo?"

"Não estou, apenas acho que os motoristas são injustiçados. Se um deles te atropelasse, a sua Família Barros não o perdoaria, e você acabaria prejudicando a si mesma e aos outros."

Paloma ficou em silêncio instantaneamente, sem saber como responder.

"Eu só estava..."

"Está bem, não diga mais nada. Vou te levar para casa."

"Não quero." Paloma agarrou sua mão nervosamente, "Eu não vou mais fazer isso, também não quero voltar para casa. Por favor, não fique bravo, eu prometo que não vou mais te incomodar."

O homem olhou para ela um pouco frustrado.

Na estrada ao lado, um carro parou, aguardando o sinal vermelho.

Astrid e Camila estavam dentro do carro, aproveitando um passeio. Astrid, distraída, olhava pela janela com muitos pensamentos na cabeça, enquanto Camila perguntou, "Você brigou com o Orlando hoje?"