Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1490

Lágrimas escorreram pelo canto dos olhos de Astrid. Arthur, embora não tenha se posicionado para levar o tiro por ela, acabou morrendo ao fazê-lo, e a culpa em seu coração era insuportável.

Orlando ergueu a mão para apoiar seu braço, com uma expressão severa.

"Senhorita, o Senhor já foi para lá, precisamos ir imediatamente."

Astrid respirou fundo e assentiu. "Entendi."

Everaldo Cecília fez uma reverência. "Vou preparar o carro."

Orlando enxugou as lágrimas nos olhos de Astrid.

Astrid se aconchegou no abraço de Orlando, não conseguindo conter os soluços. "Finalmente chegou esse dia."

"Não se culpe, não foi sua culpa."

"Mas esse tiro foi para me proteger. Mesmo se ele não se dava bem comigo, nunca quis minha morte." Astrid fechou os olhos, mas as lágrimas continuaram a cair.

Orlando a abraçou mais apertado. "Foi Maíra quem causou tudo isso, você já foi muito generosa com ela. Não se culpe."

Durante esses dias, Astrid não tomou nenhuma atitude contra Maíra, já que Arthur levou o tiro por ela. Caso contrário, essa questão já teria sido entregue à polícia, e Maíra não estaria no hospital agora.

Astrid respirou fundo, enxugando as lágrimas. "Falar sobre isso agora não adianta mais, vamos ao hospital."

Astrid e Orlando trocaram de roupa, vestindo-se de preto, e desceram as escadas, sem tempo para almoçar. Everaldo já tinha o carro pronto.

Camila veio rapidamente ao encontro deles. "Já fiquei sabendo. Vocês estão indo para o hospital?"

"Sim." Astrid olhou para os dois meninos ao fundo, com expressões de confusão. "Camila, cuide deles para mim, por favor."

"Claro, deixe-os comigo. Vão logo."

Astrid assentiu e partiu rapidamente com Orlando.

No quarto do hospital, os olhos de Maíra estavam opacos, olhando fixamente adiante. Ela estava parada ali, sem chorar ou demonstrar tristeza.

"Srta. Barros, lamento muito." Disse o médico ao lado, impotente.

Maíra não respondeu, apenas continuou olhando para frente, como se estivesse completamente aturdida.

Na cama à frente, a pessoa já estava coberta por um lençol branco, e os monitores que registravam seus sinais vitais estavam sem nenhuma reação.

O quarto silencioso era preenchido apenas pelo som de soluços de Xuxa, que cobria a boca para não chorar alto.

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