Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1506

Paloma ouviu aquilo e sentiu um frio na espinha.

"Adilson, você está bem?"

Elvis levantou a mão, de repente segurando o braço de Paloma, e ergueu os olhos vermelhos como sangue para encará-la. "Aquelas duas mulheres que falaram de manhã, é verdade o que disseram?"

"O que não é verdade? Eu já expliquei para você, tudo isso é mentira! Mentira! Elas simplesmente não se dão bem comigo e querem nos separar. Por que você não acredita em mim? Você mesmo viu como elas me trataram. Eu só derramei café sem querer, e elas logo jogaram água em mim. Isso não é prova suficiente? Ou será que você não acredita em mim e prefere acreditar em duas estranhas?

Ou você acha que eu quero te prejudicar? Se eu quisesse te fazer mal, por que teria te salvado? Sua desconfiança realmente me magoa."

Elvis franziu as sobrancelhas.

João teve que admitir que a habilidade de Paloma em inventar histórias era bastante convincente, ele quase acreditou.

Mas, prestando atenção nos detalhes, ele percebeu que Paloma estava mentindo.

Quem a conhece sabe como ela é; nunca aceitaria ser injustiçada, e se alguém ousasse jogar água nela, ela não deixaria barato.

Ninguém conseguiria intimidá-la assim.

João escutou tudo e balançou a cabeça em silêncio.

Elvis não sabia se acreditava ou não nas palavras dela.

Elvis lembrou-se da cena daquela manhã e sentiu uma dor de cabeça chegando.

Ao ver Elvis franzir o cenho, Paloma imediatamente disse: "Olha só, você está com dor de cabeça de novo. Não pense mais naquelas coisas de manhã. Eu já disse que vou te ajudar a descobrir o que aconteceu antes de você perder a memória, e quando encontrarmos sua família, discutimos isso novamente."

Elvis apertou os lábios, permanecendo em silêncio por um longo tempo. "Quero ver sua prima novamente, e a amiga dela."

O coração de Paloma deu um salto.

Ela imediatamente mudou de expressão.

"Por que você quer vê-las?"

"Há coisas que quero perguntar pessoalmente."

Paloma respirou fundo. "Então, no fundo, você não acredita no que eu digo e acha que estou mentindo para você."

"Eu acredito mais no que eu mesmo vi e ouvi, e na minha intuição."

"E o que você acha? Acha que elas estão dizendo a verdade? Adilson, não seja ridículo. Já disse que elas não se dão bem comigo, e você ainda quer vê-las e acreditar nelas. Você quer que elas riam de mim?" Os olhos de Paloma ficaram marejados.

Elvis franziu o cenho, a expressão não estava boa. "Não foi isso que eu quis dizer."

Dizendo isso, Paloma saiu correndo.

João viu a cena e suspirou, resignado. "Ela é assim, sensível e emocional. Você não devia ter dito que não acredita nela."

Depois, João seguiu na direção em que Paloma saiu.

Elvis não falou nada, perdido em seus pensamentos.

João alcançou Paloma e viu que ela estava sentada sozinha do lado de fora, enfrentando o vento frio. Ele se aproximou e sentou-se ao lado dela. "As mentiras que você contou para ele já levantaram suspeitas. Ele não é nenhum tolo."

"Eu realmente me arrependo. Hoje eu não deveria ter deixado eles se encontrarem," Paloma respondeu, rangendo os dentes.

"Agora que todos já se encontraram, essas palavras são inúteis. Vai ser mais difícil enganá-lo daqui para frente."

Paloma levantou a cabeça e afirmou, "O que eu menos temo é a dificuldade. Quem eu quero ao meu lado deve ser meu, e ninguém deve tentar tirá-lo de mim."

"Isso é um pouco egoísta, não acha? Afinal, ele tem filhos. Você está causando a separação de uma família."

João sabia que essas palavras não agradariam Paloma, mas ele precisava dizê-las.

"Eu sou egoísta?" Paloma soltou uma risada fria, fixando o olhar em João. "Onde estou sendo egoísta? Se não fosse por mim, ele teria morrido no mar. Se ele já estivesse morto, elas teriam o direito de sentar-se à minha frente para discutir essas questões? Elas teriam o direito de vê-lo novamente?"