Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1510

Ele era inteligente e propôs-lhe um plano; ela, ingênua, não percebeu as intenções por trás de suas palavras.

Ela estava errada, ela era a assassina de seu pai, mas Valentino era ainda mais culpado.

Se não fosse pelas intrigas e manipulações de Valentino, por mais que odiasse Astrid, ela apenas usaria algumas pequenas artimanhas para incomodá-la, nunca pensaria em matá-la.

Portanto, além dela, Valentino era responsável pelo resultado atual.

Maíra não conseguia guardar essas palavras em seu coração. Nos últimos dias, ela não conseguia dormir, pois, ao fechar os olhos, lembrava-se da cena trágica, e a dor do arrependimento a consumia de tal forma que preferia morrer.

Mas ela sabia que não podia fazer isso; precisava viver bem, pois só vivendo poderia se vingar.

Guilherme sentiu um arrepio na espinha. Após ouvir as palavras de Maíra, suas costas já estavam encharcadas de suor.

Ele esforçou-se para manter a calma. "Maíra, tio não entende o que você está dizendo. Você está tão triste que talvez esteja confusa. Como Valentino poderia querer a morte de toda a sua família?"

"Não entende, é?"

Maíra avançou, olhos arregalados. "Então vou esclarecer: seu filho matou meu pai. Foi seu filho quem me incitou a matar Astrid, quem me aconselhou, quem me indicou aqueles assassinos. Foi ele, foi ele! Se não fosse por ele, meu pai ainda estaria vivo. Se não fosse por ele, meu pai não teria morrido.

Foi ele também quem espalhou o que fiz na festa pela empresa. Ele queria que eu odiasse Astrid profundamente. Ele planejou tudo passo a passo, e eu, cega pela raiva, segui seus planos, levando ao resultado de hoje. Você entende agora? Você entende que seu filho matou meu pai?"

Maíra empurrou Xuxa e avançou, agarrando Guilherme com olhos cheios de rancor. "Você sabe do que estou falando. Não finja ser tolo aqui. Não acredito que você não percebeu nada do que seu filho fez. Pare de fingir! Você acha que está sendo justo com meu pai? Nós confiamos em vocês sem reservas. Meu pai o considerava a pessoa mais confiável; eu também o considerava. Nunca pensamos que vocês nos trairiam. E o resultado? Vocês nos traíram impiedosamente. Como você pode encarar meu pai? Quando descer ao túmulo, terá coragem de encará-lo? Eu pergunto, você terá coragem de encará-lo?"

Guilherme estava emocionalmente devastado.

Ele não conseguia rebater nenhuma das palavras de Maíra. Embora já estivesse preparado psicologicamente antes de vir, ao ver Maíra e seu olhar, ele não conseguiu evitar o colapso.

Maíra, olhando para ele, continuava a gritar em agonia. Seus olhos ardiam, mas as lágrimas se recusavam a cair.

"Meu pai ainda está no necrotério do hospital. Você tem coragem de ir lá e olhar para ele, dizer a ele que não sabia o que seu filho fez, que seu filho não nos prejudicou ou traiu?"