Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1513

“Quem é você? Ela está doente e precisamos levá-la para tratamento.”

Francisco, com sua estatura imponente, bloqueou o caminho deles. “Tratamento? Para onde? Aqui já é um hospital, para onde mais vocês precisam levá-la?”

“A saúde mental dela está comprometida, e ficar aqui só prejudicaria outros pacientes. Precisamos levá-la para uma clínica psiquiátrica especializada.”

Essas palavras pareciam razoáveis, mas uma vez em um hospital psiquiátrico, Maíra realmente conseguiria sair de lá?

Astrid havia instruído claramente: ninguém poderia levar Maíra embora.

“Como vocês podem ter certeza de que ela tem problemas mentais?”

Os dois médicos trocaram olhares e depois olharam para Maíra, que estava sendo segurada, e responderam a Francisco: “Você já viu. Ela parece estar em sã consciência? E, aliás, quem é você? A família dela já concordou em nos deixar levá-la para tratamento. Com que autoridade você nos impede?”

Nesse momento, Xuxa surgiu rapidamente, puxando Maíra para trás de si. “Ninguém vai levar minha filha embora.”

Guilherme e Valentino também saíram imediatamente. Valentino, ao observar a cena, comentou: “A senhora não quer que a Maíra melhore? Ela já está assim, e se não tratarmos, só vai piorar.”

“Você não é quem decide se ela está doente ou não,” Francisco respondeu.

Valentino estreitou os olhos, reconhecendo Francisco.

Francisco era alguém que Rafaela havia adotado na Família Barros e que agora estava ao lado de Astrid, ou seja, alguém de confiança de Astrid.

Valentino franziu a testa. “Isso não diz respeito a você, certo? E ela está agindo de forma incoerente, você acha que isso não é doença? O que seria então?”

Maíra falou com firmeza: “Eu não estou doente, não estou falando coisas sem nexo. Valentino, você foi responsável pela morte do meu pai e agora quer me fazer parecer louca para provar que estou mentindo? Não vai conseguir!”

Ela não tinha dúvidas sobre as intenções de Valentino.

Ele tinha medo de que o que ela dizia chegasse aos ouvidos de outras pessoas, por isso a pressa em rotulá-la como louca, já que as palavras de uma pessoa considerada louca não têm credibilidade.

Se ela fosse levada por eles hoje, o resultado seria claro: mesmo que ela não estivesse louca, eles a fariam parecer.

"Embora seja uma situação lamentável, não podemos comprometer a segurança dos outros pacientes, certo? Vocês, familiares, também deveriam considerar isso. Ela está mentalmente instável e ainda permanece internada no hospital sem cuidados especializados. Se ela sair e machucar alguém, vocês assumiriam a responsabilidade?"

"Exatamente, nesta ala há muitos idosos e crianças. Levem-na, levem-na para um hospital especializado. Ela é jovem, certamente há possibilidade de tratamento."

As pessoas ao redor discutiam animadamente, e Valentino prontamente declarou: "Podem ficar tranquilos, porque já percebemos a situação a tempo e decidimos levá-la para um hospital psiquiátrico especializado. Não haverá ameaça à segurança de ninguém, podem ficar sossegados."

Ao ouvir Valentino, as pessoas ao redor se sentiram um pouco mais aliviadas.

"Assim está melhor. Cada doença deve ser tratada no hospital adequado. Pacientes psiquiátricos devem estar em hospitais especializados, onde os médicos têm a formação necessária para cuidar deles."

Maíra, ouvindo essas palavras ao seu redor, sentiu-se ainda mais perturbada emocionalmente.

Ela tapou os ouvidos, não querendo ouvir uma palavra sequer.

"Cale-se, cale-se, eu mandei vocês se calarem! Eu não estou doente, não sou louca, não estou fora de mim. É você que está louco, você matou meu pai, foi você, você fez isso de propósito. Eu não estou louca."