Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1515

Francisco ainda não tinha feito uma pergunta quando Maíra imediatamente declarou: "Eu vou com você, eu vou com você."

Maíra não era tola; ela sabia muito bem quem queria ajudá-la e quem queria prejudicá-la naquele momento.

Mesmo que ela não confiasse tanto em Astrid, Astrid era melhor do que Valentino, não tinha a mesma astúcia e crueldade.

Se fosse levada por Valentino, ela enlouqueceria, mas seguir com as pessoas de Astrid era diferente; de qualquer forma, era mais seguro do que ser levada por Valentino.

"Maíra, você esqueceu que Astrid foi a responsável pela morte do seu pai? E agora você ainda está disposta a seguir com as pessoas dela? Você não tem medo?" Valentino perguntou, fixando o olhar em Maíra.

Maíra continuou a gritar para Francisco: "Eu vou com você, eu vou com você, me leve embora logo."

Francisco respondeu: "Sr. Valentino, ouviu isso?"

Valentino não se preocupou: "E daí? Ela não está em seu juízo perfeito agora e não quer tratamento. Devemos deixá-la assim, vendo sua condição piorar dia a dia?"

"Isso é problema dela. Doente ou não, não cabe a você se preocupar. A mãe dela cuidará disso."

Francisco, então, caminhou em direção a Maíra, determinado a resgatá-la das mãos dos dois médicos.

Valentino acrescentou: "Pessoal, realmente lamento, mas este homem está impedindo que minha prima receba tratamento. Ela já está apresentando sinais de descontrole mental. Caso não consiga se controlar e machuque alguém, só posso pedir desculpas."

As pessoas ao redor reagiram alarmadas; a ideia de um paciente mental sem tratamento, representando uma ameaça, era inaceitável.

"Ela acabou de agredir alguém, e você ainda impede que ela receba tratamento? Você quer mesmo causar problemas para todos aqui?"

"Exatamente, nunca vi alguém que não ajuda, mas ainda causa tumulto. Quer que um paciente mental perca o controle e machuque alguém para ficar satisfeito?"

"De qualquer forma, eu não vou dividir o hospital com alguém assim. Se ela insistir em ficar, vamos mudar de hospital. Deixe que eles resolvam."

"Concordo, quem quer passar por isso? Já estamos doentes e não precisamos de mais problemas. Não quero ficar perto de alguém que a qualquer momento pode ter um surto. Já é demais, considerando quantos incidentes com doentes mentais temos visto."

"Claramente, ninguém aqui é normal, exceto este senhor que quer levá-la para tratamento."

As discussões ao redor deixaram Maíra desconfortável, levando-a a cobrir os ouvidos.

De repente, sentiu-se tonta, e aquelas vozes atacaram seus nervos já fragilizados, como se quisessem levá-la à loucura.

"Eu não sou louca... eu não sou... eu não sou louca..." Maíra murmurava baixinho, seus olhos tremendo de pânico. "Eu não sou, eu não sou..."

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