Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 205

Astrid, sob o olhar penetrante de Orlando, não conseguiu evitar engolir em seco.

Melhor não irritar Orlando.

"Querendo sustentar um bonitão, hein?" Orlando soltou uma risada fria, parecendo calmo, mas na verdade estava rangendo os dentes.

Essa mulher só pensa em outros homens.

Sustentar um bonitão,

Que grande feito, Astrid.

"Mamãe, o que é um bonitão?" Daniel perguntou, curioso, parado ao lado deles.

Astrid forçou um sorriso, lamentando ter falado sem pensar só para provocar Orlando.

"Não é nada, filho, é só uma expressão para alguém com o rosto muito bonito, um 'bonitão'." Astrid mal sabia de onde tinha tirado essa desculpa.

Astrid decidiu mudar de assunto, pegou no seu kit de primeiros socorros, dando a entender que Orlando deveria se deitar...

Após o tratamento, a expressão de Orlando continuava fechada.

Astrid não se importava, ela estava ali para o tratar, não para cuidar dos seus sentimentos.

Astrid arrumou suas coisas e se levantou.

Daniel olhou relutante para Astrid: "Mamãe, você já vai?"

Astrid acariciou a cabeça de Daniel: "Sim, já é tarde, a mamãe precisa de ir, na próxima vez eu fico durante mais tempo."

Astrid também estava triste, apesar de ser seu filho, não podiam passar todos os dias juntos.

Daniel mordeu o lábio: "Mamãe, não é seguro você voltar sozinha à noite, papai, você pode levar a mamãe?"

"Não é necessário." Astrid recusou de imediato.

Ela não queria que Orlando a levasse, e se ele insistisse em entrar em sua casa?

Astrid mostrou claramente sua recusa, percebendo que havia reagido de forma muito intensa, rapidamente tentou amenizar com um sorriso: "Eu vim de carro."

Orlando observou sua expressão de resistência, e a sua insatisfação aumentou ainda mais.

Astrid não ousou demorar mais, pegou nas suas coisas e preparou-se para sair.

Sua pressa em ir embora não passou despercebida por Orlando, como se ela mal pudesse esperar para se afastar dele.

Astrid chegou à porta, segurou a maçaneta com força, abriu a porta, e a luz de fora invadiu o ambiente. Ela estava prestes a sair quando alguém agarrou no seu pulso, puxando-a com tanta força que ela não conseguia se mover.

Ao voltar a si, Astrid, confusa, levantou a cabeça e se deparou com o rosto de Orlando, claramente irritado.

Astrid, querendo voltar para casa em paz, não quis discutir, apenas assentiu: "Pois é, afinal você é meu paciente, não é? Se você ficar doente, vai atrapalhar o tratamento."

Orlando finalmente virou sua nobre cabeça para olhá-la, os seus olhos cheios de sarcasmo e frieza.

No fim, ele fechou a janela.

Nesse momento, o celular de Astrid tocou.

Ela pegou o telefone e olhou, os seus olhos se estreitando levemente.

Era Ricardo, de novo!

Quando isso vai acabar?

Astrid atendeu a chamada: "Você ligou-me três vezes hoje, o que você quer? Se deseja a empresa, melhor ir dormir cedo, nos sonhos você pode ter tudo."

"Plact" sem dar a Ricardo a chance de falar, Astrid desligou o telefone com força.

Orlando franziu a testa ao olhar para ela.

Não demorou muito até que o telefone de Astrid começasse a tocar novamente. Astrid estava prestes a desligar o celular, mas percebeu que não era Ricardo quem estava a ligar. Ela olhou para Orlando e, sem fazer alarido, abaixou o volume do toque e atendeu o telefone: "Alô."

"Astrid, o seu pai e a sua irmã enlouqueceram, eles estão agora à porta da sua casa."