Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 216

Os olhos de Astrid refletiram um vislumbre de pânico.

"Eu só tenho um filho, e esse filho está contigo."

"É mesmo?" Ele sorriu baixinho, sem dar pistas se acreditava ou não. Astrid observou enquanto um frio gradualmente se acumulava em seus olhos, um frio que, inexplicavelmente, a fazia sentir medo.

"Mas, no final das contas, ele não é meu filho, não é mesmo? Astrid, por que você foi tão estupida naquele ano? Por que bebeu a cachaça da Luna? Por que entrou no quarto de outro homem? Por que teve um filho com outro homem? Por que o Helios não é meu filho?"

Astrid deu um sorriso amargo, pensando consigo mesma que aquele era, sim, o filho dele.

Orlando a encarava, de repente esboçando um sorriso, "Mas não importa, você terá um filho que seja nosso."

O coração de Astrid tremeu, as palavras de Orlando eram sérias demais para serem uma brincadeira.

Mas então ela se lembrou dele abraçado a Luna, e agora o pressionando para terem um filho.

Um sorriso irônico surgiu nos lábios de Astrid,ela olhou para ele, "O quê? Luna não pode ter seus filhos?"

A testa de Orlando se contraiu com força.

"Se você realmente quer um filho, vá procurar a Luna, ela é sua noiva, ou então procure outras mulheres. Com a sua posição, há muitas mulheres dispostas a ter filhos para você, mas eu, Astrid, não estou disposta."

Foi ele mesmo que lhe deu a pílula abortiva naquela ano.

Não importava se era apenas para puni-la ou se ele realmente queria se livrar do bebê.

Ele fez isso.

Astrid não queria correr o risco de algo acontecer novamente, de passar por aquilo outra vez.

Aquela noite foi demasiadamente dolorosa e desesperadora para ela.

A figura imponente de Orlando ficou rígida.

Ele a encarava intensamente, seus olhos impregnados de desejo agora cobertos por uma camada de frieza, "O que você disse? Repita o que acabou de dizer!"

Astrid apertou a mão, encarando os olhos de Orlando sem mostrar nenhum sinal de recuo, "Orlando, eu disse que não quero ter filhos para você. Se quer um filho, procure a Luna ou outra mulher disposta a ter."

Orlando, controlando sua fúria, levantou a mão até a nuca de Astrid, sussurrando friamente em seu ouvido, "Astrid, muito bem, se eu, Orlando, procurar você novamente, eu sou um cachorro."

Astrid forçou um sorriso, "Lembre-se o que você disse."

Orlando a soltou, sem dizer mais nada, e saiu batendo a porta.

O corpo tenso de Astrid relaxou com a saída de Orlando, deslizando lentamente até ela se sentar no chão.

Do lado de fora, ouviu-se o som de uma taça de vidro quebrando. Camila olhou para Orlando, furioso, saindo do banheiro, quase não acreditando que não estava sonhando.

"Você, você, você... Porque está aqui?"

Orlando nem respondeu, deixando o local com raiva.

Camila, sem se preocupar com a taça quebrada, correu para o banheiro e viu Astrid desabada no chão, abraçando os joelhos, segurando-se firmemente.

"Astrid?" Camila se agachou ao lado dela, franzindo a testa com preocupação, "Orlando estava aqui? Você... você e Orlando? Ele fez algo para você... caramba..."