Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 238

"Irmão Capelo, para onde você está indo?" Conrado perguntou.

"Para a delegacia."

Observando Orlando afastar-se com passos largos, os dois trocaram olhares. Será que ele estava indo resolver alguma questão para Astrid?

Astrid abriu os olhos, cercada pelo cheiro de desinfetante.

"Acordou?"

"Renato, Conrado? Onde eu estou?"

Astrid girou os olhos, ainda grogue de ter acabado de acordar, demorando um pouco para se ajustar à luz do ambiente, e então olhou para os dois homens ao seu lado, perguntando.

"No hospital. Você desmaiou por causa da febre," respondeu Renato.

As memórias começaram a se reorganizar lentamente.

Ela se lembrou. Felipe a tinha levado para casa, ela encontrou Orlando, e então sentiu sua cabeça girar, incapaz de evitar desmaiar.

Ela estava se perguntando por que se sentia tão mal, alternando entre frio e calor, e agora percebia que era a febre.

Se Renato e Conrado estavam ali, então quem a trouxe para cá foi Orlando.

"Onde ele está?"

"Irmão Capelo acabou de sair para resolver algo."

"Logo antes de você acordar," Conrado acrescentou propositalmente.

Astrid acenou com a cabeça. "Entendi, obrigada. Não precisam ficar aqui por minha causa, eu consigo ficar sozinha."

"Imagina, estamos à toa e, além disso, gostamos de ajudar."

Astrid sorriu levemente. "Dá para perceber."

Na delegacia.

O lugar estava ecoando com os gritos frenéticos de Neva.

"Eu já disse que não fui eu, não fui, não fui, quantas vezes mais terei que repetir?"

"Eu sou a vítima aqui, vocês sabem disso? Sou a vítima, por que não vão atrás de Astrid em vez de me prender aqui?"

"Me deixem sair!"

"Foi Astrid quem me prejudicou, foram aquelas pessoas que ela chamou, ela fez de propósito para me arruinar..."

Enquanto gritava, Neva começou a chorar amargamente. "Claro que sou a vítima... claro que foi aquela desgraçada da Astrid que me arruinou, eu perdi tudo por causa dela."

As pupilas de Neva tremiam ligeiramente.

"O quê? Por quê?" Luna, do lado de fora, ouvindo que as cinco pessoas foram detidas novamente, ficou chocada.

Ela apertou as mãos ansiosamente, sentindo um mau pressentimento.

Ela contatou Ricardo, pedindo que ele usasse suas conexões para libertá-los.

Caso contrário, temia que esses tolos acabassem falando demais, envolvendo-a.

Mas agora eles foram detidos novamente, e a única explicação possível era que alguém estava impedindo sua liberação.

Quem estaria fazendo isso?

Luna mordeu o dente com força, confusa, quando ouviu passos na entrada.

Ela se virou e viu um homem em um terno elegante, com uma aura fria, entrando rapidamente, acompanhado pelo chefe da delegacia.

O coração de Luna deu um salto.

O olhar do homem encontrou o dela, um olhar sem emoção a varreu, fazendo-a sentir um calafrio subir pela espinha.

Paralisada por cinco segundos, Luna finalmente se recuperou e se adiantou para perguntar, "Orlando, o que você está fazendo aqui?"