Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 288

No carro preto da babá.

"Faz tempo que a gente não se vê."

"Você está grávida?"

"..."

Camila apressou-se em explicar, "Não, não, foi só um grito no calor do momento, nada disso."

Antonio sorriu, "Entendi."

Camila apenas concordou com a cabeça.

Astrid, percebendo o quanto Camila estava encantada com a aparência de Antonio, tocou sua própria testa em desdém, "Temos assuntos sérios para tratar."

"Sim, sim, claro," Camila respondeu, um tanto constrangida, e começou a falar sobre o patrocínio.

Eles pensaram que seria uma discussão longa e complicada, mas após Camila terminar, Antonio respondeu com um sorriso tranquilo, "Tudo bem."

"Tudo bem?" Camila franziu a boca, "Você apenas concordou assim, sem mais nem menos?"

Ela achou a decisão rápida demais.

"Sim." Antonio pegou seu celular e entregou-o a Astrid, "Agora que somos parceiros, não é exagero o chefe querer um contato, certo?"

"..." Astrid pegou o celular dele e digitou seu próprio número.

Antonio, contente, pegou o celular de volta e perguntou casualmente, "Você se divorciou do Orlando?"

A expressão de Astrid mudou, "Isso não tem nada a ver com nossa parceria."

"Eu tinha ouvido falar, agora só queria confirmar, mas pela sua expressão, é verdade."

Astrid fez um gesto vago com a cabeça, "Sim."

Antonio sorriu, "Então, eu tenho outra chance?"

"Para de brincadeira."

"Eu não estou brincando."

"Antonio, eu tenho filhos agora. Sou mãe de dois."

Antonio levantou uma sobrancelha, "Do Orlando?"

"Meus próprios."

...

Saindo do carro de Antonio, Camila não parou de olhar para Astrid, com um sorriso cheio de significado, "Se soubesse que seria tão fácil, teria trazido o contrato direto hoje. Agora que resolvemos o maior problema, estou aliviada."

Orlando escureceu o olhar, emocionado ao olhar para seu mocinho, talvez ele realmente não devesse forçar o filho de Astrid a ficar com ele.

"Então, que tal eu te levar de volta para ela?"

"Sério?" Os olhos de Daniel brilharam, mas seu sorriso diminuiu ao notar a expressão de Orlando.

Se ele e seu irmão voltassem para a mãe, o que seria do pai?

O pai sempre foi bom para ele.

Se todos fossem embora, só sobraria o pai. Será que ele ficaria triste?

Cinco anos.

O pai também viu o irmão crescer, eles tinham uma ligação.

Daniel estendeu a mão e segurou a de Orlando, "Pai, você não quer se separar de mim, né?"

Orlando riu baixinho, "Quem disse que eu não quero?"

"Você não quer, só não admite. Eu posso ver. Se você não quer se separar de mim, por que não faz as pazes com a mamãe? Se vocês fizessem as pazes, poderíamos viver todos juntos."

Orlando baixou os olhos para a pequena mão que repousava na palma da sua, e em seus olhos escuros, não conseguiu conter algumas nuances de resignação. "Mas eu e sua mamãe não podemos voltar ao que éramos antes."

"Por quê?" Daniel não compreendia.