Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 309

Alguns homens dentro da gaiola trocaram olhares e revelaram um sorriso frio e sinistro. "É alguém que vocês não podem provocar."

Orlando os observou friamente, sentou-se sem expressão, segurando um cigarro entre os dedos. "Vamos ver, quem seria?"

"Nós não vamos trair nosso empregador. Podem nos matar ou nos torturar, estaremos à sua disposição." Eles demonstraram uma atitude de quem não teme a morte.

Orlando levantou a mão.

Marcelo entendeu imediatamente, e rapidamente alguns guarda-costas da Família Capelo entraram, portando diferentes instrumentos de tortura.

Às vezes, a morte não é o pior. Pior do que morrer é viver um tormento.

Ao verem os instrumentos afiados, os homens não puderam evitar sentir medo. Sabiam que esses objetos, se usados neles, os fariam se arrepender de terem nascido.

Marcelo falou, tentando convencê-los: "Melhor confessarem logo. Se sofrerem primeiro, ainda terão que confessar depois."

Os homens cerraram os dentes, mantendo uma postura desafiadora. "Vamos lá, estou neste ramo há anos, não há ferida que eu não tenha suportado. Não tenho medo de vocês, vocês não conseguirão arrancar nada de mim."

Um sorriso frio e cortante surgiu nos lábios de Orlando, que fez um gesto com a mão.

Logo, gritos estridentes ecoaram pela sala.

Orlando olhou brevemente para trás, para a mulher que observava a cena sem expressão alguma, fria, sem sequer piscar.

Outras mulheres teriam chorado ou desviado o olhar diante de tal cena sangrenta.

Mas ela parecia já estar acostumada.

Os olhos de Orlando se estreitaram, questionando se ela estava agindo assim por ódio ou por já estar habituada.

Depois de quase quinze minutos de açoites, os homens estavam quase sem fôlego, e foram trazidos de volta à consciência com um balde de água.

Marcelo o puxou para cima. "Fale, depois você se livra disso."

O homem hesitou por um momento, mas a dor física acabou destruindo sua vontade. "É... é alguém chamado... chamado Orlando, que nos mandou fazer isso..."

A expressão no rosto de Orlando se tornou ainda mais fria e aterrorizante.

Astrid, cujo olhar já era frio e sem qualquer traço de calor, voltou sua atenção para Orlando.

Marcelo sentiu um calafrio, se aproximou e chutou a perna do homem. "Fale a verdade."

Essas pessoas não sabiam que o homem diante delas era, de fato, o Orlando de quem falavam.

Sob dor, o homem respirou fundo, forçando a voz. "É... a verdade, nossa ordem veio... veio com o nome do empregador sendo... Orlando..."

O olhar frio de Orlando fixou-se nele, soltando uma risada fria. Após tanto esforço, a ironia era que a investigação os levou a acusá-lo como o criminoso.