Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 322

O Velho Senhor, no entendimento de todos, decidiu que a melhor maneira de lidar com a situação era deixar a Família Teixeira descontar sua raiva em Astrid.

Contudo, se Orlando interviesse, a Família Teixeira não poderia tocar em Astrid.

Orlando não disse mais nada, apenas desligou o telefone.

As palavras de Aline na noite anterior haviam deixado uma espinha em seu coração.

No entanto, ele não seria tolo a ponto de confrontar diretamente o Velho Senhor sobre aquilo; essas coisas precisavam ser investigadas com calma e paciência.

Quanto à realização do teste de DNA, Orlando franziu o cenho, pensativo por alguns segundos, antes de finalmente levantar a mão.

Marcelo, que estava por perto, prontamente se aproximou, "Chefe."

"Organize para que façamos outro teste de paternidade."

Como essa não era a primeira vez que tal assunto era mencionado, Marcelo não se mostrou surpreso com o pedido de Orlando para realizar outro teste de paternidade, "Sim, chefe."

"Chefe." Um segurança, posicionado na entrada do Helios, correu apressadamente até eles, "Chefe, algo aconteceu com o jovem mestre, você precisa ir lá agora."

A expressão de Orlando mudou drasticamente, e ele rapidamente se dirigiu para o quarto de cuidados intensivos.

No quarto de cuidados intensivos, os aparelhos começaram a emitir um som agudo e persistente de alarme, e vários médicos correram para dentro.

Astrid estava praticamente colada à janela de observação, seus olhos vermelhos fixos nos médicos que tentavam salvar Helios.

Ela não se movia, parecendo uma estátua.

Temia que, se piscasse, os números no monitor voltassem a zero.

Os olhos de Orlando se contraíram ao presenciar a cena, sentindo uma dor aguda no coração.

O ambiente ao redor estava extremamente opressivo.

Orlando não sabia quanto tempo havia ficado parado ali antes de finalmente dar um passo em direção à mulher à sua frente.

Aproximando-se, ele percebeu que o corpo dela tremia levemente, suas mãos cerradas de tal forma que as unhas afiadas já haviam se cravado na palma de suas mãos.

Sua palma estava ensanguentada.

Desde o momento do incidente com Helios até agora, ela havia lidado com tudo de maneira extremamente calma, tão calma que parecia um corpo sem alma, completando as tarefas que precisava fazer.

O cheiro de desinfetante permeava a UTI, enquanto Astrid se aproximava silenciosamente da cama, observando o menino deitado ali, cuja pele estava tão pálida que parecia estar sem vida.

No quarto, além dos bips ocasionais dos aparelhos, não havia mais nenhum som.

O menino, quieto na cama, com tubos de aparelhos saindo de seu corpo e marcas de agulhas visíveis em suas mãos antes macias, cercadas por um anel de solução desidratada de cor púrpura, parecia particularmente doloroso de se ver.

Astrid tremeu os lábios, lutando contra as lágrimas nos olhos, curvou-se e sentou, estendendo a mão para segurar cuidadosamente aquela pequena mão fria, baixando a cabeça.

Helios... me desculpe...

Me desculpe...

Eu não consegui te proteger.

Se eu tivesse sido mais rápida naquele momento... talvez as coisas fossem diferentes...

Me desculpe...

Do lado de fora, Orlando observava pela janela, vendo a mulher segurando a mão do menino, com a cabeça baixa, chorando silenciosamente...