Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 358

Orlando levantou sua mão elegante, e no momento em que estava prestes a pegar o documento, seus olhos se voltaram para Astrid, fitando-a profundamente, "Você ainda mantém sua afirmação anterior, acredita que o filho é meu, não é?"

"Sim."

A voz de Astrid era nem leve nem pesada, mas muito firme.

Orlando assentiu, desviou o olhar, pegou o laudo de paternidade, folheando página por página... até chegar ao final, Orlando baixou os olhos para ver o resultado do teste...

O ar ficou completamente silencioso por cinco segundos.

Orlando soltou uma risada fria, levantando a mão para beliscar a ponte do nariz.

O que ele estava esperando, afinal?

Vez após vez, ainda não perde as esperanças.

Observando a expressão de Orlando, não era de alegria, mas de sarcasmo, Astrid franzia a testa, "O que foi?"

Orlando levantou a mão para colocar o relatório de paternidade na mesa, "Veja por si mesma."

Astrid franziu a testa, deu grandes passos até lá, pegou o relatório de paternidade, folheou rapidamente até ver o resultado.

As pupilas de Astrid se contraíram bruscamente.

Sem relação de parentesco!

Como isso é possível?

Astrid segurava o relatório, "Isso é impossível, alguém deve ter mexido neste relatório."

A voz de Orlando soou profunda, "Este relatório de paternidade, desde a entrega da amostra para análise até as várias horas no centro de paternidade e até o retorno, foi vigiado de perto por pessoas especializadas o tempo todo. Se você diz que alguém mexeu nele, quem teria feito isso? Luna?"

A única pessoa que Astrid poderia pensar era Luna, mas dadas as palavras de Orlando, Luna provavelmente não teve chance.

Então quem seria?

Certamente não poderia ser os seguranças da Família Capelo ou os funcionários encarregados do teste de paternidade.

Astrid simplesmente não conseguia entender.

Orlando se levantou, olhando para a mulher à sua frente, "Por que você está tão certa de que o filho é meu? Naquela época, eu nem tinha tocado em você."

Orlando raramente voltava para casa, e as vezes que compartilharam o quarto foram poucas, nos meses antes do incidente, ele não tinha tocado nela.

Então, a única possibilidade de ela estar grávida seria aquela noite.

Aquela noite, aquele homem ainda não encontrado.

A expressão de Orlando se tornou ainda mais feia.

Astrid segurou sua testa, quase explodindo de raiva ali mesmo, "Porque na noite que Luna me drogou, a pessoa com quem dormi foi você."

As sobrancelhas de Orlando se contraíram ainda mais, "Baseado em quê?"

Astrid mordeu o lábio, "A sensação, todas as sensações que meu corpo experimentou, eram você."

"Você está tão certa de que seus sentimentos não podem estar errados?"

Naquela época, quando ele acordou, a pessoa ao seu lado era Luna, enquanto Astrid saía de outro quarto, como isso poderia ser explicado?

"Sim, tenho certeza de que meus sentimentos não estão errados, tenho certeza de que foi você." Astrid disse amargamente, forçando um sorriso.

Ela estava 100% certa, não podia estar enganada.

Seu coração parecia estar sendo apertado por uma mão, sufocando severamente.

Ele levantou a cabeça, olhando para os olhos de Astrid, misturados com dor.

Astrid arregalou os olhos, sem ousar piscar, com medo de que as lágrimas caíssem assim que o fizesse.

Ela havia feito essa pergunta inúmeras vezes a Orlando em seu coração.

Se um dia, toda a verdade viesse à tona, Orlando, o que você deve à nós três, como você pagaria?

O abortivo que ele mesmo ministrou, era para seu próprio filho.

Que ironia!

Sem ouvir a resposta de Orlando, Astrid o olhou obstinadamente, "Fale, por que você não responde? Eu te perguntei como você vai compensar? Se você descobrir que me acusou injustamente, se você matou seu próprio sangue, o que você faria? Como você pagaria?"

Pela primeira vez, Orlando descobriu que, diante de uma pergunta, ele não sabia o que responder.

Se fosse como Astrid disse, se ele realmente tivesse matado mãe e filho por um mal-entendido, se ele realmente estivesse errado, ele deveria pagar com sua vida.

"Não consegue responder?" Astrid olhou para Orlando com sarcasmo, "Quem diria que você, Presidente Capelo, também tem momentos em que não consegue responder a uma pergunta, hein..."

"Deveria pagar com a vida!"

Se na época ele realmente estivesse errado...

"Se tudo naquela época foi um erro meu, eu dou minha vida a você, para que faça com ela o que bem entender."

Astrid soltou um sorriso sarcástico, "Muito bem, se realmente chegar esse dia, eu quero que você, Orlando, sofra todas as injustiças e dores que eu sofri."