Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 453

Orlando nem sequer lançou um olhar àquela xícara de chá, ignorando-a completamente.

Luna saiu para o exterior, sentindo uma inquietação incessante em seu coração, mas a raiva fervente a impelia a buscar vingança a qualquer custo.

Ela foi forçada a isso por eles.

Quando Orlando finalmente terminou o que estava fazendo, já eram mais de nove horas. Astrid havia mandado uma mensagem meia hora antes dizendo que levaria mais uma hora para chegar.

Orlando fez uma ligação, que tocou sete ou oito vezes antes de ser atendida do outro lado.

A voz sempre indiferente da mulher soou, “Alô.”

“Você ainda está no escritório? Eu vou te buscar.”

“Não precisa vir, eu trouxe meu carro. Caso contrário, teria que deixá-lo no escritório e seria um incômodo amanhã.” Astrid recusou prontamente, “Só falta um pouco para eu terminar aqui. Se você vier me buscar, acabarei tendo que esperar por você, então não se incomode.”

A recusa foi completa, sem deixar margem para argumentos.

Orlando arqueou as sobrancelhas e sorriu, fechando os documentos que havia revisado e se dirigindo para fora, “Tudo bem, dirija com cuidado.”

“Pode deixar.”

A mulher desligou o telefone imediatamente.

Orlando olhou para o celular em sua mão, um sorriso ligeiro brincando em seus olhos escuros, antes de voltar ao quarto e entrar no banheiro.

Luna não tinha ido embora, permanecendo no térreo. Ao ouvir o som suave da porta se fechando no andar de cima, ela tomou coragem, levantou-se e subiu as escadas, olhando para os lados para garantir que ninguém a notasse, e entrou cuidadosamente no quarto de Orlando.

E tudo isso foi observado por Velho Sr. Capelo.

Tendo vivido a maior parte de sua vida, Velho Sr. Capelo viu através das intenções de Luna num instante.

Saulo também franziu a testa ao lado, “Velho Senhor, devemos pedir para alguém conduzir a Srta. Teixeira para fora?”

Esta Luna definitivamente não era alguém que sabia ficar em seu lugar.

Depois de ser tão severamente repreendida, ainda ousava provocar Orlando. Era realmente ignorar o perigo.

“Não é necessário,” disse o Velho Senhor, erguendo a mão, “Astrid está a caminho, não está?”

“Hoje é o dia do tratamento do jovem senhor, a Srta. Freita também deve estar chegando.”

Os olhos de Velho Sr. Capelo se estreitaram um pouco, “Hmm, deixe Luna em paz. São apenas pequenas intrigas, nada que vá causar grandes problemas.”

Ele não forçaria mais Orlando a se casar com Luna. Muitas das ações dela mostraram a ele que ela era demasiado mesquinha, definitivamente não adequada para ocupar a posição de matriarca na família Capelo.

Por exemplo, a questão de competir pelo salão de banquetes, que era algo trivial, mas ela insistia em incomodar os outros com isso.

Era de uma estupidez extrema, fazendo até mesmo a família Capelo perder a face.

Mas o Velho Sr. Capelo não se importava que Orlando tivesse mais uma mulher. Chegando à posição de Orlando, além de dinheiro e poder, nunca faltariam mulheres, mais uma Luna não fazia diferença. Ele até preferia que houvesse outras mulheres ao redor dele, contanto que não se apaixonasse, qual seria o problema?

Eram apenas distrações.

A presença de Luna para distanciá-lo de outros afetos era, na verdade, bem-vinda pelo Velho Sr. Capelo.

Portanto, ele permitiu que Luna entrasse e ficasse.

...

Astrid franzia a testa.

Era o cheiro de um perfume sedutor.

Algo familiar sobre esse aroma fez Astrid sentir-se estranha.

Ela era sensível a aromas de ervas e especiarias, e aquele era o mesmo cheiro que Neva Freitas havia usado no quarto do hotel, direcionado a ela.

Assim, Astrid o reconheceu imediatamente; o efeito afrodisíaco daquele perfume não era leve. Naquele dia, ela mal ficou alguns minutos no quarto e seu corpo sentiu-se extremamente quente e desconfortável.

Qualquer um com um pouco menos de autocontrole teria dificuldades em se manter lúcido.

Uma suspeita desagradável cruzou a mente de Astrid.

Ao abrir a porta um pouco mais, a expressão no rosto de Astrid congelou.

Parecia que a pessoa dentro do quarto já havia se arrumado em grande parte. Luna estava sentada na cama, vestindo lentamente seu sutiã. Ao ver Astrid, ela tentou inutilmente cobrir seu peito, depois desceu da cama, pegou suas roupas do chão e olhou para Astrid com um sorriso provocador.

Luna tinha um corpo bonito, envolto em renda preta que mal continha suas formas voluptuosas.

Ela vestiu suas roupas, uma a uma, indiferente aos olhares.

E do banheiro, vinham sons de água corrente; Orlando estava tomando banho.

Parecia... que tudo havia acabado de terminar!

Os empregados ao lado olhavam com um embaraço visível, os olhos arregalados.