Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 463

Karina não disse nada, apenas acenou com a cabeça para que a empregada se afastasse.

Sem ter outra opção, a empregada recuou, e nesse momento, sua coxa esbarrou na bolsa volumosa de Luna.

A empregada sentiu uma dor aguda e fixou o olhar na bolsa de Luna, murmurando para si mesma, "Tão pesada, o que diabos ela está carregando?"

Luna empurrava Karina para fora, naquele momento, o céu já estava completamente escuro, e quase todos estavam jantando. Além disso, como estava prestes a chover muito, havia poucas pessoas nas ruas, o que tornava tudo extraordinariamente silencioso.

Enquanto empurrava a cadeira de rodas de Karina, Luna falou de forma melancólica, "Senhora, você pode me dizer por que agora todos estão do lado da Astrid? É porque ela deu à Família Capelo dois filhos?"

Karina suspirou, ouvindo a voz de Luna que parecia tão frágil que poderia quebrar a qualquer momento. Sua voz também suavizou um pouco, tentando acalmá-la gentilmente,

"Luna, você deveria parar de insistir com Orlando, o que passou, passou. Nós não deveríamos nos apegar ao passado, você e Orlando simplesmente não são possíveis, você precisa seguir em frente, viver a sua própria vida."

Karina estava de costas para Luna, incapaz de ver a expressão feroz no rosto dela, "É mesmo? Mas minha vida foi destruída pelo seu filho e pela Astrid, como você espera que eu viva bem?"

O corpo de Karina estremeceu ao ouvir isso, descontente.

Como assim Orlando e Astrid destruíram a vida dela?

"Luna, você não pode falar assim. Se não fosse por você ter feito o mal primeiro, Orlando nunca teria agido dessa forma. Você ainda tem coragem de culpar os outros?" Karina repreendeu com voz firme.

"Sim, é claro." Luna riu friamente, continuando a murmurar para si mesma.

Karina achou o riso de Luna um tanto assustador. Uma brisa úmida soprou, fazendo com que ela tremesse levemente, antes de perceber que a escuridão ao redor já era total.

Luna empurrava sua cadeira de rodas sem um destino claro.

Essa área, sendo um novo condomínio de luxo, com vários prédios ainda desabitados e sem luzes de rua.

"Luna..."

De repente, Luna parou, virando a cadeira de rodas de Karina para enfrentá-la.

Ela olhou para Karina com os olhos cheios de raiva, "Mas você sabe, Senhora? Orlando foi tão cruel, ele me torturou por causa daquela mulher, você tem ideia do que passei nesses últimos meses?"

Com ninguém por perto e Karina se sentindo um pouco amedrontada pela aparente instabilidade de Luna, ela tentou acalmá-la, "Luna, escute, está muito escuro aqui, vamos voltar. Podemos conversar sobre isso com calma, pode ser?"

"Falar com calma? Haha." Luna riu friamente, continuando a empurrar a cadeira na direção da escuridão, "A Senhora está com medo?"

Luna observou-a friamente, sem realmente querer matá-la.

Ela tinha um objetivo hoje: Astrid. Ela iria queimá-la até a morte.

Ninguém poderia impedi-la.

Luna deixou Karina para trás e saiu, virando a esquina.

Ao virar, esbarrou de frente com alguém. Luna levantou a cabeça e viu o rosto delicado sob um boné preto.

Era ela, seu alvo da noite — Astrid!

Astrid!

“Astrid, sua miserável, te encontrei.”

Luna rugiu, tirando da bolsa a gasolina que havia preparado antecipadamente e, aproveitando o momento de desatenção da mulher, jogou-lhe gasolina em cima sem hesitar.

Enquanto jogava, gritava loucamente, “Miserável, morra, morra, eu vou te queimar até a morte.”