Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 468

Orlando abaixou os olhos para ela, o fundo de seus olhos pretos estava cheio de uma frieza gélida. "Você acha mesmo que eu acreditaria em você?"

Luna estremeceu, lágrimas giravam em seus olhos, a falta de confiança a desmoronava.

"Eu não estou mentindo, por favor, acredite em mim desta vez, não tenho motivo para mentir, é a verdade..."

Luna lamentava não ter guardado provas naquele momento.

Ela levantou a mão, erguendo três dedos. "Eu juro, eu aposto minha vida nisso, foi realmente a Astrid quem fez isso, se houver uma única mentira no que eu disse, você nem precisa fazer nada, eu mesma darei um jeito de morrer, tá bom?"

Luna olhava fixamente para Orlando, precisando desesperadamente que ele acreditasse em suas palavras.

Astrid havia cometido um erro, um erro fatal, e Luna não poderia deixar passar essa oportunidade.

Ela tinha que fazer Astrid sentir a dor que sofreu.

Luna, com a cabeça erguida, implorava amargamente, "Orlando, se você não acredita, então espere a Senhora acordar, você mesmo pode perguntar a ela, tá? Depois de eu ter dito isso tudo, você acha mesmo que eu estaria mentindo?"

Orlando, com os olhos baixos, cheio de um frio indiferente, simplesmente não acreditava nela e, sem piedade, afastou sua mão.

"Ela não faria tal coisa, mas você, eu te mandei para tratamento, quem permitiu que você saísse? Quem permitiu que você fosse até lá causar confusão?"

"Eu..." Luna de repente não encontrou razões.

"Você quer jogar a culpa em cima dela? Luna, você acha que todo mundo aqui é idiota? As câmeras mostraram que foi você quem levou minha mãe, enquanto Astrid estava tentando salvá-la. Agora você diz que foi ela quem prejudicou minha mãe, você nem se deu ao trabalho de preparar uma mentira?"

Orlando, com palavras afiadas e frieza, a interrogava.

"Sim, fui eu quem levou a Senhora, isso eu admito, mas foi realmente Astrid quem a esfaqueou, eu não estou mentindo, de verdade."

Ela segurava a mão de Orlando com força, até que seu próprio corpo, de tão tenso, começou a tremer.

Orlando, friamente, afastou sua mão. "Luna, eu não acredito em uma palavra do que você diz."

Luna cobria o peito, chorando, ela estava prestes a desmoronar. O que mais ela poderia dizer para que acreditassem nela?

Ela gritava emocionada, "É verdade, por que você simplesmente não pode acreditar em mim uma vez? O que ela tem de tão bom que você confia tanto nela?"

Luna, como uma louca, gritava para todos ao redor, enquanto os muitos jornalistas presentes gravavam sua aparência feroz e distorcida.

O casal Sara e Ricardo Teixeira corria para lá, ao ver sua filha enlouquecendo na multidão, seu grito desesperado era como o de uma lunática, nada restava da postura de uma dama.

Com jornalistas ainda segurando câmeras ao redor, Sara rapidamente foi abraçar Luna. "Luna, Luna, se acalme um pouco."

Luna simplesmente não conseguia se acalmar.

A inesperada acusação de Orlando fez com que Luna instantaneamente apertasse a palma da mão, "Eu... Eu fui lá..."

Luna abriu a boca, mas não conseguiu encontrar uma explicação.

"Não consegue dizer, é? Então, deixe-me dizer por você, você queria prejudicá-la, acabou encontrando minha mãe, que te impediu, e no auge da sua raiva, decidiu que se não podia vencer, levaria todos consigo, ferindo minha mãe e depois indo atrás de Astrid por vingança, certo?"

Luna, incapaz de admitir, balançava a cabeça veementemente, as lágrimas desenhavam uma curva clara no ar.

"Não é isso, definitivamente não é isso, eu não feri a Senhora, eu realmente não fiz, Orlando, por favor, espere a Senhora acordar, você pode perguntar a ela. Você não acredita em mim, mas as palavras da Senhora, você deve acreditar, certo?"

Luna continuava desesperadamente tentando fazer com que Orlando acreditasse nela.

Nesse momento, Orlando a observava, sem um pingo de emoção em seu olhar, "Então me diga, onde Astrid foi? Seguindo sua lógica, por que Astrid desapareceria?"

"Ela fugiu! Ela definitivamente fugiu!" Luna afirmou categoricamente.

"Ah." Orlando soltou uma risada fria, "É mesmo? Então você calculou mal, porque ela estava ao telefone comigo o tempo todo, havia sons de luta ao fundo, e agora ela desapareceu, foi sequestrada."

"Não! Isso é um teatro que ela está montando, ela está fingindo para te enganar!" Luna gritava enquanto as lágrimas escorriam, segurando o braço de Orlando com mais força.

Orlando apertou os lábios, seu semblante se tornou ainda mais sombrio, e com um gesto brusco, afastou-a, "Guarde essas palavras para você mesma."