Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 857

Rodrigo moveu-se desconfortavelmente, ignorando-a completamente.

Lúcia, com o coração acelerado, apertou o cobertor, incerta se havia imaginado coisas, mas parecia ter realmente ouvido a voz de Dina. Com medo, estendeu a mão para pegar o celular que estava ao lado.

Ao ligá-lo, um rosto vermelho sangue saltou na tela.

“Ah!”

Lúcia soltou um grito agudo, lançando o celular para longe.

Rodrigo sentou-se, perguntando com desagrado, “O que você está fazendo no meio da noite?”

“Tem um fantasma, um fantasma no celular.” Lúcia, agarrando o cobertor e cobrindo o rosto, tremia inteira.

Rodrigo franzindo a testa, olhou para o celular de Lúcia, mas não viu nada de anormal, “Que fantasma? Você deve estar sonhando.”

Lúcia, tremendo, não ousava levantar a cabeça, “É real, é real, eu ouvi algo na porta agora mesmo.”

Rodrigo, acordado no meio da noite por Lúcia, estava com dor de cabeça, “Que barulho? Vá dormir logo.”

“É verdade, eu realmente ouvi, era a voz da Dina, de verdade...”

Rodrigo sentiu um arrepio, “Você está louca? A Dina está morta.”

“É verdade, eu juro que ouvi, bem ali na porta...”

Enquanto ouvia, ele também olhou inconscientemente para a porta, mas não ouviu nenhum som.

Não acreditando nessas superstições, Rodrigo levantou-se para verificar.

“Rodrigo, não vá.”

Vendo Rodrigo sair, Lúcia ficou ainda mais apavorada, encolhendo-se e olhando ao redor no quarto espaçoso, sentindo como se houvesse olhos a observando por todos os lados.

No momento seguinte, um som estranho ecoou, e Lúcia estremeceu. Ao olhar para a janela, viu uma sombra branca passar rapidamente.

“Ah, ah, ah, é um fantasma...”

Lúcia gritava desesperadamente.

Com um rangido, a porta que Rodrigo havia fechado ao sair se abriu de repente.

Passos foram ouvidos, e Lúcia sentiu algo se aproximando. Com toda a coragem que pôde reunir, levantou a cabeça e viu uma cabeça sinistra espiando pela janela, com a pele pálida, o rosto coberto de sangue, e os olhos vazios fixos nela, abrindo e fechando a boca, que parecia esboçar um sorriso macabro.

O coração de Lúcia apertou, e seu rosto empalideceu ao encarar a figura na janela, sentindo-se como se algo estivesse apertando sua garganta, sem conseguir emitir som algum.

E aquela face era, de fato, a da falecida Dina.

“Dina, Dina voltou, ah, ah, ah, não me procure, não foi minha culpa, não foi minha culpa, por favor, não venha atrás de mim, por favor, ah, ah, ah...”

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