Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 93

Orlando nunca foi uma pessoa bondosa, pelo contrário, ele era um verdadeiro demônio.

Luna, parada atrás de Orlando, estava com medo de falar.

Ela baixava a cabeça, amaldiçoando na sua mente a estupidez do servo diante dela.

O servo continuava a chorar ruidosamente, fazendo barulho, e rapidamente dois seguranças entraram e a arrastaram para fora, passando ao lado de Luna. Ao passar, o servo tentou agarrar a roupa de Luna em busca de ajuda.

Luna, cerrando os dentes, moveu-se discretamente para o lado.

Do lado de fora do corredor, Astrid aproveitou o momento em que os dois seguranças abriram a porta para passar rapidamente e dar uma olhada para dentro. Em um instante, a sua visão foi bloqueada.

A criança estava deitada na cama de hospital, a sua visão não era clara, ela só conseguia ver o contorno do rosto da criança. Ela franziu a testa, lembrando-se do encontro no aeroporto, o que reforçou sua intuição. Ela estava convencida de que não estava enganada, aquela criança era idêntica a Daniel, era o seu filho.

Não, ela tinha que encontrar outra maneira de verificar novamente.

Orlando limpou o sangue que tinha espirrado nas suas mãos e pessoalmente serviu um copo de água morna para Helios, cuidando para que ele bebesse.

O mocinho também estava ferido, com uma faixa aderida à parte de trás da cabeça. Devido à doença, o rosto do mocinho estava pálido, o que o tornava ainda mais digno de pena.

“Papai...” a voz rouca de Helios chamou Orlando.

“Hmm, como você se magoou na cabeça?” Orlando perguntou com a voz grave.

Antes que Helios pudesse responder, Luna adiantou-se: “Orlando, fui eu. Naquele momento, Elios mordeu minha mão, doeu tanto que, sem pensar, eu empurrei Elios, que perdeu o equilíbrio e acabou batendo levemente a cabeça. A culpa foi minha.”

Orlando estava de costas para Luna, que não podia ver a expressão no rosto dele, então continuou: “Naquele momento, eu queria levar Elios ao hospital, mas ele correu descontroladamente. E eu, preocupada com você, fui te procurar às pressas, então mandei um empregado procurá-lo.”

Enquanto falava, ela despejou a sopa em uma tigela pequena, tentando alimentar Helios.

Helios virou a cabeça, claramente resistindo: “Eu não quero.”

Luna continuou: “Elios, beba um pouco. Você está doente, não pode ficar sem comer.”

Orlando achou que Luna tinha razão, estar doente significa que se deve comer para recuperar as forças. Então, ele pegou a sopa das mãos de Luna, pronto para persuadir Helios a beber, mas no momento em que pegou, sua expressão escureceu.

O olhar frio se voltou para Luna: “Esta sopa está fria, você a dá para ele beber?”

O rosto de Luna empalideceu.

A sopa tinha sido trazida de manhã pelos servos para elas beberem. Na pressa de encontrar uma desculpa para segui-lo, ela simplesmente despejou a sopa de volta no recipiente térmico e a trouxe.