Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 947

"Cleiton, eu estou prestes a morrer, por favor, me deixe em paz..."

Ao ouvir isso, Cleiton pensou que Rafaela estava ameaçando deixá-lo através da morte mais uma vez.

Ele não olhou para a expressão de Rafaela, mas segurou-a firmemente e continuou andando para frente.

"Eu sei que você me odeia. Você pode me xingar, me bater, até mesmo me matar com uma faca, mas você não está autorizada a me deixar, Rafaela. Eu disse, nunca na vida vou permitir que você me deixe novamente."

As lágrimas caíam como pérolas.

Rafaela já tinha ouvido essas palavras muitas vezes, e Cleiton cumpriu sua promessa.

Ela fugiu por toda a vida, mas no fim, não conseguiu escapar das mãos de Cleiton.

Mas desta vez era diferente.

Ela estava realmente morrendo...

Rafaela lentamente fechou os olhos, Cleiton, você me aprisionou por uma vida inteira, desta vez, finalmente posso escapar de você de verdade.

...

O médico que examinou Rafaela por coincidência era Danilo Cerqueira. Quando Cleiton viu Danilo, sempre ficava na defensiva.

Ele detestava Danilo; embora tivesse expulsado Danilo da capital anos atrás, ele não conseguiu expulsá-lo do coração de Rafaela.

Cleiton queria trocar de médico, mas ao ver o semblante de Rafaela, ele se conteve.

A espera pelos resultados foi longa.

Cleiton enviou alguém para comprar café da manhã, Rafaela não deu atenção a ele, mas Cleiton era insistente, não importava quão duro Rafaela fosse com ele, ele não se afastava, nem perdia a paciência. Pelo contrário, implorava e persuadia Rafaela a comer algo.

Quando os resultados chegaram, a expressão de Danilo estava sombria. Rafaela recusou o pedido de Cleiton para acompanhá-la à sala de consulta.

"Você não vai chamá-lo para entrar?" Danilo perguntou, vendo a expressão desconfortável de Rafaela, com uma profunda preocupação em sua testa.

Rafaela sentou-se e balançou a cabeça. "Não é necessário."

Tudo sobre ela, viver ou morrer, ela não queria mais contar a Cleiton.

A mão de Danilo tremia enquanto segurava os resultados. Um silêncio pesado e opressivo preencheu a sala de consulta.

Rafaela olhou para Danilo e murmurou com os lábios, "Você pode me dizer diretamente, não há nada que eu não possa aceitar."

"Você... você já sabia, não é?"

Ela estava tão doente, Danilo não acreditava que ela não tivesse percebido.

Rafaela assentiu, forçando um sorriso mais doloroso que chorar.

Danilo sentiu seu coração apertar ao ver Rafaela assim. Ele se levantou e virou-se de costas, sentindo um nó na garganta e os olhos umedecendo. Ele respirou fundo várias vezes para segurar as lágrimas.

Rafaela, olhando para Danilo de costas, baixou seus olhos. "Você só precisa me dizer quanto tempo eu ainda tenho."

Rafaela já tinha aceitado seu destino. Ela sabia bem o estado de seu corpo.

Ela não temia a morte. Sua vida não tinha sido feliz; a morte poderia ser uma libertação.

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