Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 954

Hospital.

Quando Orlando e alguns outros chegaram à porta do quarto de Astrid, viram Rafaela, Francisco, Camila todos sentados lá fora, num ambiente muito opressivo, enquanto a porta do quarto estava firmemente fechada.

Orlando sentiu um arrepio no coração e, em poucos passos, aproximou-se, "O que aconteceu?"

Camila levantou-se, lançando um olhar para a porta fechada, "Astrid quis ficar sozinha por um tempo, pediu para voltarmos para casa."

Felipe, com um olhar sombrio, perguntou, "O que vocês disseram a ela?"

"Sobre..." Camila mordeu o lábio, "A perda do bebê..."

Era uma realidade que não podia ser escondida. Astrid, ao verificar seu próprio pulso, soube de tudo, então ninguém tentou esconder.

Orlando lançou um olhar profundo para as pessoas na porta, sem dizer uma palavra, caminhou até lá. Ele segurou a maçaneta com firmeza, sua mão tremendo ligeiramente, hesitou por alguns segundos antes de finalmente abrir a porta e entrar.

O quarto estava silencioso, um silêncio que fazia o coração se apertar.

A pessoa na cama estava de costas para a porta, encolhida sob os cobertores, o aquecedor do quarto estava no máximo, mas ela parecia não sentir o calor, quase querendo se enfiar completamente sob os cobertores.

Orlando observou o leve tremor nos ombros da mulher, um sinal de que ela estava reprimindo soluços. Seus olhos estavam úmidos, e seus cílios tremiam levemente. Sabendo que alguém havia entrado, ela não queria abrir os olhos.

Vendo isso, os olhos de Orlando se encheram de dor e culpa.

"Vocês podem voltar para casa. Eu realmente quero ficar sozinha por um tempo." Sua voz estava embargada, ela tentava ao máximo reprimir, para que sua voz não revelasse nada.

A pessoa atrás dela não a ouviu, e no segundo seguinte, um aroma familiar se espalhou, e braços fortes e seguros a envolveram, trazendo um calor suave através dos cobertores.

O corpo de Astrid enrijeceu, e uma sombra caiu sobre ela. Ela permitiu que o homem a envolvesse em seus braços, sem se mover, enquanto uma lágrima deslizava pelo canto do olho.

Orlando gentilmente enxugou a lágrima, com uma voz baixa, disse: "Só estamos nós dois aqui no quarto. Se quiser chorar, chore."

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