Os Irmãos Cavalcanti: Rendida romance Capítulo 8

Gabriela

Mal me contive esperando ansiosa pela hora que viesse me buscar. Meu Deus do Céu, que loucura!!

Sim, é loucura mesmo! Me entreguei a um desconhecido, um desconhecido que despertou em mim coisas anormais e absurdas! Deus! Nunca imaginei poder sentir o que senti por aquele homem.

Entre nós a tensão é sempre palpável! Como se nunca fosse possível nos olharmos nos olhos e o ar não ficar carregado de tesão! E sim, devo admitir, quando a química é boa, a física é sensacional!!

Cometi uma loucura e faria tudo de novo, sem trocar um ponto sequer! Tanto que continuarei fazendo por mais seis dias!

Mexo nas mãos inquietamente.. o que for para acontecer depois acontecerá! Mas no momento eu procuro não pensar sobre isso. Estou tendo a minha aventura! Ele significa a minha saída da linha, o meu viver sem preocupações, usando meu livre arbítrio e definitivamente a coisa mais louca que fiz em toda minha a vida! Ah mas eu não paro de pensar nele nem por um segundo.. desde o primeiro dia que pus os meus olhos nele.. foi como se me comandasse ou que o meu corpo estivesse agindo sozinho..

Ohh, o que será de mim??

Parecia que as malditas 18h nunca mais chegavam! Ansiava vê-lo, sentir seu toque na minha pele e o sabor dos seus lábios..

Ohh seria possível tamanho desejo?

Minha boceta palpita só de pensar nele e em estar com ele. É tão pecaminoso e ao mesmo tempo tão delicioso! Na verdade, é o facto de ser pecaminoso que o torna tão fodivelmente perfeito!!

Seu olhar é sombrio, como se dissesse que faria mil e uma coisas comigo e ao mesmo tempo me mandasse ficar longe. Aquele quarto me mostrou o que ele poderia fazer comigo! Estaria eu louca por não me aguentar no lugar só de pensar em fazer tudo aquilo com ele? Realizar seus desejos e deixar que me possua como lhe agradar!

É maluquice sim, mas o pensamento me excita bastante!

- Um centavo pelos seus pensamentos? - Priscilla estala os dedos em frente a minha cara e só então desperto. - Está pensando em dar né? Quenga!

Rio audivelmente.

- É, isso mesmo! Eu juro que eu nunca pensei que seria assim!! - digo.

- É, também aquele Deus Grego, quero nem pensar em como deve ter sido. - fala rindo e tapando a cara.

- Melhor nem pensar mesmo! Senão você se amaldiçoaria por ficar tanto tempo sem transar. - debocho.

- É quenga mesmo! Vá se foder que estou vendo que é o melhor que você faz! - me joga uma almofada na cara e eu gargalho.

Olho as horas e falta tão pouco para as 18h, apenas alguns minutos, então me dirijo ao hall do hotel, vestida de um vestido soltinho azul marinho fraquinho e uma sandália de salto preta.

Não demora para que o veja entrar pelas grandes portas, roubando toda atenção das mulheres aqui presentes. Algumas suspiram alto e cochicham entre si.

Ele me fita fixamente nos olhos, não quebrando o contacto por um segundo sequer, enquanto caminha até mim.

Senti como se fosse sua presa e ele viesse me devorar! E na verdade era isso mesmo que aconteceria.

Me senti humedecer, me excitei com seu olhar e estremeci no meu lugar. Mais ainda quando tocou na minha mão me ajudando a levantar.

Levou-a aos seus lábios e depositou um beijo quente e molhado, que me fez soltar um gemido quase inaudível, mas que o fez sorrir de lado.

Então inesperavelmente ele beija meus lábios, em meio a vasta plateia.

Meu Papai do Céu o que é isso? Aii monamuu me seguraaaa!!

- Linda, absolutamente linda! - elogiou com admiração e então completou no meu ouvido. - E absurdamente gostosa pra caralho! Vamos.

Colocou a mão no fundo das minhas costas e me guiou para fora do hotel. Abriu a porta de passageiro do seu Cherokee e com maestria deslizou no assento do condutor.

Senti borboletas no estômago quando me olhou minuciosamente, avaliando cada canto do meu corpo e rosto.

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