Pai em Coma romance Capítulo 1064

A voz de Ana tremia ao falar. O motorista, sem ousar perguntar mais, apenas acelerou o carro ao máximo. No entanto, para Ana, ainda parecia lento demais. Ela continuava a pressionar impacientemente, e seu rosto pálido adquiriu um tom vermelho anormal, tornando-se ainda mais sinistro.

Assim que o carro parou, Ana abriu a porta e saiu correndo. O motorista então percebeu que ela nem havia pago, mas, vendo o estado dela, decidiu não segui-la para cobrar e partiu.

Embora Ana estivesse fraca, ela correu aquele trecho rapidamente, como se estivesse esgotando toda a energia de seu corpo, indo diretamente em direção à sala de emergência.

Chegando lá, viu Ivan parado e se aproximou, agarrando seu braço.

- Como está minha mãe? Como ela pode ter se acidentado assim de repente? Ela estava bem ontem!

Ivan não sabia como explicar. Apesar de ter ressentimentos contra Ana, ele não podia se desvincular completamente do ocorrido.

- É uma longa história, mas agora o importante é assinar os papéis para que os médicos possam salvá-la rapidamente!

Ao ouvir isso, Ana olhou para o médico, que lhe entregou dois papéis: um era um aviso de risco de vida e o outro, um termo de consentimento cirúrgico.

As mãos de Ana tremiam incontrolavelmente. Ao ver as palavras "aviso de risco de vida", seus olhos ficaram vermelhos como sangue, como se fossem derramar lágrimas de sangue.

- Assine rápido, a situação dela é grave. Qualquer demora pode resultar em sequelas permanentes, mesmo que ela seja salva.

O médico, acostumado com a vida e a morte, sabia da dor de Ana, mas priorizava o procedimento.

Ivan hesitou por um momento, mas optou por não falar. Os conflitos entre a família Santos e Ana já eram suficientes, e era melhor manter isso em segredo. Embora Ana não tivesse como retaliar contra a senhora, menos problemas era sempre melhor, e segredos feios como esse deveriam ser conhecidos por poucos.

- Eu também não sei muito, só vi o que aconteceu. Já que você está aqui, vou indo, Ana. Eu já adiantei o suficiente para suas despesas médicas. O resto fica por sua conta.

Ivan, sem saber como enfrentar as perguntas de Ana, sufocou a inquietação em sua consciência, soltou a mão dela e saiu rapidamente.

Ana quis segui-lo, mas seu corpo frágil mal conseguia se mover, e ela precisava ficar ali, esperando a mãe sair da cirurgia.

Ela se sentou, desolada, aguardando o resultado da operação de Claudia. Sua aparência desgrenhada e manchada de sangue fazia com que parecesse ter escapado de um manicômio, atraindo olhares curiosos das pessoas ao redor. Mas Ana, alheia a tudo, fixava os olhos na porta da sala de cirurgia, orando para que sua mãe saísse em segurança...