Pai em Coma romance Capítulo 1065

Não sei quanto tempo esperei aqui, mas finalmente, a porta da sala de cirurgia se abriu.

Claudia, pálida como a morte, estava deitada na cama do hospital, sendo empurrada para fora.

Ana correu trôpega até lá.

- Minha mãe, como ela está?

- Por enquanto, está fora de perigo de morte, mas sofreu um impacto na parte de trás da cabeça. Então, sobre possíveis sequelas, precisamos esperar que ela recupere a consciência. Existe uma possibilidade...

- Qual possibilidade?

Ana, nervosa, observou o médico hesitante em falar.

- Pode ser que ela fique para sempre aqui, se torne uma pessoa em estado vegetativo, sem nunca mais acordar.

Ao ouvir isso, Ana quase caiu, enfraquecida, mas foi sustentada pelo médico.

"Estado vegetativo?"

A ideia de sua mãe, que sempre sorria para ela, a acompanhava e ajudava a resolver tantos problemas da vida, pensando sempre nela, deitada para sempre na cama, fez com que Ana sentisse um frio percorrer seu corpo.

Ela piscou, segurando as lágrimas que ameaçavam cair.

- E se ela receber um bom tratamento, uma boa recuperação?

- Essas coisas são incertas, melhor esperar para ver. Não fique tão triste.

Ana só pôde acenar com a cabeça, sabendo que o médico falava a verdade. Agora, nesta casa, ela era a única que estava bem. Se continuasse se abatendo, temia que a família se desfizesse.

Por isso, mesmo com o coração despedaçado, Ana se esforçou para se manter forte e acompanhou Claudia de volta ao quarto do hospital.

Como Ivan já tinha preparado todos os procedimentos e pagado as despesas médicas suficientes, Ana não precisou correr de um lado para o outro, então ficou ao lado da cama do hospital, sem se mover, esperando por um bom resultado.

- Leve tudo embora, eu não quero comer a comida de vocês.

Pedro e Tomás tiveram outra explosão de raiva, jogando fora toda a comida enviada.

Originalmente, eles já estavam fazendo greve de fome desde ontem, mas Mariana achava que, como eram crianças, acabariam comendo se sentissem fome.

Inesperadamente, eles eram tão teimosos que nem sequer tocaram nas suas comidas favoritas que foram enviadas, jogando tudo fora numa atitude de preferir morrer a ceder.

Quanto a Leo, seu quarto estava trancado, pois ele o trancou por dentro. Não querendo sair, ninguém podia entrar, então só restava ansiedade do lado de fora.

Era inegável que a personalidade desses três era realmente hereditária, pai e filhos compartilhando a mesma teimosia.

Mas deixar Leo continuar assim também não era apropriado, então Mariana teve que bater na porta.

- Leo, quanto tempo mais você vai ficar aí dentro sozinho?